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Processo Que Processo

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Por:   •  19/11/2014  •  665 Palavras (3 Páginas)  •  3.863 Visualizações

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[V] A responsabilidade nasce de um apelo ético do rosto do outro que se mostra. Então, não é a liberdade de um eu que escolhe ser responsável por outrem, mas é o outro que me apela à responsabilidade. Dar-se conta do apelo por responsabilidade, advindo do rosto do outro, torna-se possível num sujeito sensível que se faz humano ao responder eticamente tal interpelação.

[F] Um dos aspectos mais importantes do pensamento de Levinas é a possibilidade de uma reciprocidade como condição da ética: eu sou inteiramente responsável por outrem porque o outro também será inteiramente responsável por mim (tal como um pai que cuida bem do seu filho porque espera assim ser bem cuidado quando chegar à velhice).

[V] No vídeo de apresentação sobre a ética da alteridade foi narrada a história de um casal em que um sempre deu ao outro o que julgava ser o melhor para si (no exemplo do café que era servido). Segundo a narrativa, nunca faltou amor de um para com o outro, pois cada um amou ao outro como a si mesmo. Considerados os estudos, é possível dizer que a ética da alteridade é diferente de uma moral do “amar ao próximo como a si mesmo”. Isso se justifica pela radicalidade com que Levinas traz a ideia de diferença: o outro é inteiramente outro e não cabe transpor a ele quaisquer valores, verdades ou gostos que se mostrem os melhores para mim. Daí que, mesmo numa situação de sincero amor e dedicação, tal como o relato mencionado, pode não estar presente uma relação verdadeiramente ética.

Questão 3

No documentário Lixo extraordinário, de 2010, Vik Muniz dá voz e rosto a catadores de lixo que vivem no aterro do Jardim Gramacho. Numa das abordagens, Muniz justifica a um dos trabalhadores o que pretende: "O catador, como o lixo que está aqui, é uma pessoa que ninguém conhece". Considerando os estudos sobre a ética da alteridade, analise o documentário e os questionamentos que se seguem. Quais são os rostos de quem recolhe e de quem seleciona o lixo que produzimos, de quem varre as ruas da cidade, de quem limpa os banheiros das repartições públicas, de quem aplica o asfalto nas estradas? Muitas vezes são rostos invisíveis para a maioria das pessoas. Por que essa invisibilidade existe?

A partir desta análise organize um breve texto que, a partir dos estudos de ética, responda à seguinte questão: como as ideias levinasianas de rosto e de diferença nos subsidiam para pensarmos uma responsabilidade para com cada outro relegado à invisbilidade?

Sugere-se que o texto estenda-se por aproximadamente 10 linhas.

Para Emmanuel Levinas, a tomada de consciência de minha responsabilidade é dada pela relação com o outro. Ou seja, o outro deve ser o critério para minhas tomadas de decisões. E pensar no outro, significa ser ético. Se não for ético, não é humano. Sendo assim, deve haver um despertar ético quando estamos frente ao outro.

Assumir a diferença (o outro como inteiramente outro) como critério para a tomada de

decisão, implica em não olhar para o outro a partir das minhas expectativas postas sobre

ele, mas assumir uma responsabilidade desde o outro mesmo.

Como foi apresentado no vídeo, os catadores de lixo são

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