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QDF-DESDOBRAMENTO DA FUNÇÃO QUALIDADE

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Por:   •  6/10/2014  •  4.270 Palavras (18 Páginas)  •  613 Visualizações

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QFD – UMA ABORDAGEM DO PONTO DE VISTA DA GESTÃO DA PRODUÇÃO

Alessandra Rocha da Silva

UEFS, Administração

alessandrarochadasilva@gmail.com

RESENHA CRITICA

A presente Resenha Crítica refere-se ao artigo de ABREU, FS. QFD - Desdobramento da Função Qualidade - estruturando a satisfação do cliente. Publicada pela RAE – Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 47-55 Abr./Jun. 1997. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rae/v37n2/a05v37n2.pdf.

Fabio de Souza Abreu é mestre em Administração, pela EAESP FGV/University of Southern California USA e graduou-se em Administração de Empresas pela EAESP FGV. Lecionou em cursos de MBA e pós-graduação em Administração de Empresas nas instituições EAESP FGV, IBMEC, ESPM, São Camilo – ABRAMGE, no MBA orientado para a saúde. Fundador e atual diretor executivo da AxisMed, foi executivo de Planejamento e Recursos Humanos da Interclínicas Planos de Saúde e diretor executivo da NeoData Informática e Organização Empresarial Ltda, além disso foi consultor sênior para empresas como IBM, FGV Consult e Scania do Brasil.

Além da breve introdução, o texto é constituído de cinco pequenas partes, que aborda de forma linear o Método QFD, por meio da fundamentação em abordagens que se complementam. O autor aponta que no Brasil o QFD só começou a ser estudado no final da década de 80 e início de 90 e que em nível de aplicação industrial é ainda pouco difundido. Além disso, lança mão de exemplos, citando empresas conhecidas mundialmente que obtiveram sucesso, com a implantação da QFD.

Na parte inicial, ABREU faz um breve histórico sobre o Método QFD no ocidente, enfatizando que poucas ferramentas gerenciais desenvolvidas no Japão tiveram tanto sucesso neste continente como o QFD. Discute ainda sobre a importância para a empresa focar no cliente, atendendo às suas necessidades, como forma superar os concorrentes, em seguida aponta o método como uma importante ferramenta de gestão da produção.

A segunda parte traz uma explicação conceitual sobre o método, descrito como um conjunto de matrizes cujo objetivo é o desenvolvimento de qualidade que visa à satisfação dos clientes mediante a tradução de suas necessidades mais importantes. Destacam-se também as figuras ilustrativas que apresentam a dinâmica do QFD, cujo objetivo central é justificar ou legitimar o conhecimento científico, estabelecendo seus fundamentos lógicos e empíricos, bem como, facilitar o entendimento do mesmo.

A terceira parte trata do impacto do QFD no desenvolvimento dos produtos, enfatizando o pressuposto do QFD em entender a qualidade como um fazer certo desde a primeira vez, pois a qualidade na produção será em grande parte consequência do projeto. O uso de figuras ilustrativas enriquece e facilita o entendimento do desdobramento da função qualidade, assim como o quadro que alerta sobre as razões para o fracasso no desenvolvimento de produtos.

Na quarta parte o ABREU terce comentários para a aplicação do QFD, por meio de uma sequenciam lógica e temporal de sete fases distintas no seu desenvolvimento. Ressalta ainda que antes deste método, o desenvolvimento de produtos era visto como um esforço criativo, envolvendo um grande número de atividades não estruturadas, sujeito a certa probabilidade de sucesso.

Na parte final faz recomendações aos novos usuários do método, indicando a forma de utilização das tabelas, softwares e matrizes de acordo com o tamanho do projeto. Ressalta ainda a importância do envolvimento da alta direção, de uma cultura propícia ao trabalho em equipe, da preocupação com a qualidade e a visão de processos entre os membros da empresa, como sendo os principais facilitadores para a implantação do QFD.

ABREU discute sobre a importância para a empresa de focar o cliente e atender às suas necessidades, enfatizando que pouco se fez para mostrar como chegar a isso de forma eficiente, deixando claro que o QDF é um método que quando implementado corretamente, passa a ser parte importante da competência da empresa em entender os clientes e assim, superar os concorrentes e complementa que a pouca divulgação do método, faz sentido, por ele ser fonte de vantagem competitiva.

Segundo o autor, os resultados objetivos obtidos com as ideias da QFD nas empresas ocidentais foram tão notáveis que os conceitos foram introduzidos em cada aspecto do desenvolvimento de produtos, processos e serviços, trazendo resultados significativos como a redução pela metade (ou até um terço) dos problemas encontrados nos estágios iniciais do desenvolvimento de produtos, ao mesmo tempo em que as vendas e a satisfação dos clientes aumentaram.

No intuito de demonstrar que há um menor impacto nos custos quando as alterações no projeto são realizadas na fase de desenvolvimento, Abreu expõe gráficos de dois processos, um utilizando o processo tradicional e o outro com o processo QFD implantado, os gráficos refletem a quantidade de alterações que ocorrem na fase de desenvolvimento e o impacto nos custos além da razão do menor tempo gasto no processo, salientando que alterações nas fases iniciais de um projeto são significativamente menores que nas fases finais, demonstrando assim a importância de considerar o desenvolvimento simultâneo paralelo ao QFD.

Para o autor, as empresas ocidentais defrontma-se com mercados competitivos em que diferenciais primários (entrega, qualidade, custos competitivos etc.) já foram superados, agora a busca contínua é a satisfação do cliente através da agregação de valor mediante serviços diferenciados, produção customizada, redução dos lead times da empresa e outras abordagens que levem a empresa à frente dos concorrentes. Mas para isso, ressalta, é necessário saber ouvir o que dizem os clientes e rapidamente assimilar, sistematizar e transformar em produtos, serviços ou processos adequados aos requisitos solicitados.

Segundo ABREU, o QFD é um conjunto de matrizes cujo objetivo é focalizar e coordenar as habilidades dentro da organização para desenvolver produtos que não apenas eliminem as razões de reclamações dos clientes, mas também forneçam uma resposta ativa aos seus desejos e expectativas (inclusive aqueles que ainda não estão claros na sua mente), gerando produtos que os clientes venham a desejar comprar e recomprar. Percebe-se, portanto, neste trecho que o pensamento empreendedor está presente da filosofia deste método, sendo que estimula a capacidade de inovação das empresas.

O texto deixa claro que o QFD se estrutura para garantir que os desejos

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