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RESENHA: “PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO: O DILEMA INSTITUCIONAL BRASILEIRO”

Por:   •  21/12/2022  •  Resenha  •  405 Palavras (2 Páginas)  •  72 Visualizações

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RESENHA:

“PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO: O DILEMA INSTITUCIONAL

BRASILEIRO”

Em 1988, o cientista político Sérgio Abranches escreveu o artigo

“Presidencialismo de Coalizão: O Dilema Institucional Brasileiro”, publicado na

revista Dados. O termo “Presidencialismo de Coalizão” foi originalmente cunhado

para descrever o desenho institucional do sistema político brasileiro. A principal

característica desse modelo, que combina proporcionalidade, pluripartidarismo e

presidencialismo, é a organização executiva baseada na grande coalizão. Na época,

o autor baseava-se na experiência democrática da Segunda República (1946-1964).

Os argumentos apresentados partem da ideia de que a adoção de um

sistema multipartidário teria um enorme potencial para ampliar o escopo do conflito

em torno da base social de apoio político, especialmente quando as posições

ideológicas e pragmáticas dos parceiros da coalizão estão distantes do apoio

político do governo. Abranches enfatizou que o principal dilema do sistema

presidencialista brasileiro é a necessidade de institucionalizar mecanismos

pragmáticos de negociação e resolução de conflitos entre o Executivo e o

Legislativo.

Abranches usa uma combinação de federalismo, representação proporcional

de lista aberta, sistema multipartidário, bicameralismo e uma presidência forte e

minoritária para definir o que ele chama de presidencialismo de coalizão. Este é um

tipo de presidencialismo diferente do que pode ser encontrado nos Estados Unidos

ou nos parlamentarismos europeus que utilizam coalizões multipartidárias para

compor seus governos. Em seu artigo, Abranches argumenta que o

presidencialismo brasileiro continha muitas diferenças em relação ao modelo

norte-americano, formando esse novo tipo de presidencialismo.

segundo Abranches, isso se dá porque o Brasil da “Nova República” e o que

se previa a partir das obras constituintes e do formato institucional que desemboca

na constituição de 1988, seria a única democracia contemporânea que poderia

definir seu sistema político a partir da ligação de um “presidencialismo imperial”, ao

estilo americano; um modelo multi ou pluripartidário de organização dos partidos

políticos; e um sistema de representação proporcional para a composição de

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