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RESUMO DA OBRA DE HUMBERTO ECO: O QUE É UMA TESE E PARA QUE SERVE

Por:   •  30/5/2022  •  Resenha  •  2.585 Palavras (11 Páginas)  •  130 Visualizações

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RESUMO DA OBRA DE HUMBERTO ECO: O QUE É UMA TESE E PARA QUE SERVE

INTRODUÇÃO

O que é uma tese? Para que ela serve? Fica evidente que essas questões precisam ser discutidas, uma vez que elas são primordiais para um doutorando. Por isso, pensar para além de trazer uma contribuição inédita, se faz necessário o contato com autores e obras clássicas, afim de construir um caminho acadêmico que possa entre outros provocar o debate entre os indivíduos.

Assim não é surpreendente, considerar que o autor italiano Umberto Eco romancista renomado em sua obra “O que é uma tese e para que serve”, seja um clássico bastante provocativo para o exercício da reflexão do que é uma tese e a sua originalidade, e a metodologia de um doutor e a perspectiva do seu trabalho.

Eco é bastante conhecido por ter realizado a sua primeira provocação no meio acadêmico ao publicar uma obra chamada “Obra Aberta”, nela ele discutiu sobre os Limites da Interpretação, e a relação do autor no que ele desperta ao receptor que segundo ele é livre na sua interpretação. Outro clássico muito conhecido do autor foi um romance do best-seller “O Nome da Rosa” publicado em 1980, um romance que atingiu a venda de milhares de exemplares e foi traduzido em várias línguas.

A sua história é marcada pelas suas publicações e as críticas que realizava observando o cenário europeu marcado pelo surgimento da ciência e a construção da verdade relacionadas a religião e os questionamentos da doutrinação, as mentiras construídas em um cenário de regimes políticos totalitários, as suas manipulações e a falta de ética e conhecimento cientifico.

Além da sua personalidade marcante, o renomado autor sempre manteve a sua originalidade para abordar sobre diversos temas, que misturavam a realidade e ficção e os contrastes. Nessa direção ao escrever a obra Como se faz uma tese com características bastante metodológicas se tornar um livro até engraçado em certo ponto, mas bastante atemporal para os dias atuais.

Os dois capítulos iniciais apresentam conceitos de uma forma bastante acessível, cheia de exemplos que nos permitem entender o que é uma tese e o tema escolhido, aliados ao compromisso e a maturidade para desenvolver uma tese.

1.1 PORQUE SE DEVE FAZER UMA TESE E O QUE ELA É

O primeiro capitulo inicia com as características do que é uma tese, sua extensão média e abordagem do estudante frente a um problema relacionado ao seu campo de estudos ao qual ele pretende formar-se.

Situando-se a sua época e realidade, o autor explica como era o funcionamento na Itália, um modelo muito semelhante ao que utilizamos na atualidade com o doutorando, um relator e dois contra relatores que contribuem para a tese, embora também explica detalhadamente sobre as diferenças que existiam entre as universidades da Itália e as estrangeiras.

Na sequência ele difere a licenciatura que segundo ele encaminha o aluno para o exercício da profissão, contrário ao Doutorado que o encaminha para a atividade acadêmica e carreira universitária. Destaca que a originalidade faz parte da proposta de pesquisa a ser investigada e o estudante precisa ser estudioso dedicando-se com intensidade e maturidade ao longo do processo.

O autor explica que na maioria das vezes o Doutorado é buscado em uma fase mais madura da vida com mais idade, sem pronunciar que existem estudantes mais jovens, mas dá ênfase no saber distinguir que existem dois tipos de pesquisa. A tese de compilação baseada em documentos e trechos de autores a respeito de determinado assunto de forma aprofundada, por outro lado descreve a tese de pesquisa que segundo ele na maioria dos casos acaba sendo mais longa. Todavia, conforme assinala o autor existem teses de pesquisa feita às pressas e sem qualidade

Na sequência o autor também lembra que a questão de escolha do tipo de pesquisa está estreitamente ligada a capacidade de trabalho e comprometimento do doutorando. Outro fato a se considerar é de que nem todos os estudantes conseguem se dedicar exclusivamente a pesquisa tendo em vista fatores econômicos podem prejudicar a sua dedicação.

A Itália daquela época já discutia sobre acesso à educação e titulações, finalizando com votos de que restava fazer votos para que os estudantes conseguissem chegar a uma boa tese.

1.2 A QUEM INTERESSA ESTE LIVRO

Nesse contexto, Eco faz uma leitura do estudante que busca preparar uma tese de forma apressada com pouco tempo para a sua conclusão. Ele evidencia então que este livro não é indicado para quem busca esse tipo de urgência, reconhecendo que pessoas com essa necessidade devem seguir seus conselhos ditos como ilegais, primeiramente pagando para que outros façam ou ainda copiar uma tese pronta de outra Universidade e sem aproximação com o relator e contra relatores.

Na esteira dessas ideias, diante desse cenário o livro é dedicado para aquele que vai se dedicar a uma rotina de estudos e que encaram a sua tese como uma satisfação intelectual e que tenha sentido mesmo depois do título ou formatura (expressão utilizada pelo autor da prática italiana).

1.3 COMO UMA TESE PODE SERVIR TAMBÉM APÓS A FORMATURA

Assim o autor evidencia duas maneiras para que a tese se torne útil e que seja uma experiência para além. Sendo a primeira a possibilidade de uma pesquisa mais ampla que pode ocorrer nos anos seguintes, ou ainda construir um objeto que possa servir aos outros sem deixar de se servir da experiência da sua tese.

O conhecimento vai amadurecendo e coisas novas vão surgindo, mas a forma que vamos trabalhar diz muito da primeira forma que a realizamos. Ainda segundo ele, a forma de trabalho e o método podem se sobre sair ao tema que estudamos. O próprio trabalho e o método tornam a tese em algo de valor que esteja altura de fazer e finaliza chamando a atenção para a revisão de utilidade, atualidade e empenho dos temas abordados em teses.

1.4 QUATRO REGRAS ÓBVIAS

Por todos esses aspectos, e advertindo o candidato de que ele não pode se deixar ser induzido pelo relator de forma que se desaproxime do seu interesse de pesquisa. Para isso ele sugere quatro regras:

1) Que o tema esteja afinado com os seus interesses;

2) Que as fontes sejam possíveis;

3) Que as fontes estejam alinhadas a sua realidade cultural;

4) Que a metodologia esteja de acordo com as suas experiências.

Assim o candidato

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