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RESUMO POR QUE DEMOCRACIA?

Por:   •  15/11/2018  •  Resenha  •  913 Palavras (4 Páginas)  •  194 Visualizações

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ROTEIRO DE LEITURA 1

Aluna: Juliana Guimarães Rosa

UFSB – Campus Sosgíneses Costa

Componente Curricular: Temas e Questões do Brasil Contemporâneo

Professor: Márcio José Silveira Lima

Tharles Silva (Estagiário – Doutorando do PPGES)

Título: Por que democracia?

Autor: Francisco Weffort

De acordo com o texto “Por que democracia?” escrito em 1983, o autor Francisco Weffort mostra claramente a situação limítrofe em que se encontrava o Brasil, perante a catástrofe da economia frente ao fracasso do Plano Cruzado, mas também a esperança dos “derrotados de 64 e 68” da mudança do regime, os “adversários do regime” acreditavam nos ideais do socialismo. Continua, esclarecendo os “inúmeros equívocos” com o uso das palavras, onde os conceitos eram baseados na elite política sempre conservadora em nossa sociedade tanto que naquela época e ainda hoje, o “realismo político” apresenta a política como “aquilo que se faz para conquistar (ou manter) o poder, e o poder é o Estado”. O cinismo proveniente desta relação entre poder e política pregada pela elite conservadora, conseguiu enganar até a esquerda que se via como mensageira da democracia como instrumento, mas esta se mostrou como uma armadilha para aquela que nela acreditou. Interessante como o autor relaciona a burguesia de Marx, que teve origem na propriedade privada e na renda com a nossa burguesia, oriunda de oligarquias senhoriais de proprietários de terra, afirmando que a dominação burguesa agrária de nossa sociedade foi ditatorial e não democrática, a democracia para nós se apresenta como “rebeldia popular”. Com a prática do golpe instituída usando a usurpação como procedimento padrão, o autor nos revela o surgimento do “aparelhismo” como prática habitual tanto da esquerda quanto da direita e também define como “revolução”, o uso tradicional da violência para romper as leis e instituir o golpe de Estado. Prosseguindo o autor questiona os rumos da caminhada “democrática “do país exaltando o frágil, duvidoso e precário “realismo tradicional” que poderia facilmente mudar a compreensão inicial. Porém alimenta a idéia de crença na democracia como razão da vontade popular. A transição política iniciada em 1974 e que continua de acordo com o autor (1983) está garantida e sua lentidão se justifica por estar nas mãos de governos autoritários e conservadores, ficando a vontade popular renegada e marginalizada, mas atendendo às elites da época e também aos interesses de um grupo que tinha em comum com o governo a preocupação em eliminar o terror que poderia ameaçar a lenta “abertura política”. Nessa fase fica claro que havia conciliação entre os grupos dominantes e a esquerda, e que essa não tinha poder nem vontade de “virar a mesa”, flertavam com a possibilidade de uma saída através da democracia. Naquele tempo a população vivia amedrontada com toda forma de violência cometida pelos últimos governos militares, em especial os anos de terror de Médici. Mas a violência não foi aparato exclusivo da ultra-direita, também a esquerda utilizou técnicas violentas e em ambos os casos foram deletérias para os fins políticos a que se propunham, resultando no esfacelamento político e social. Em meio a essa confusão generalizada ressurgia, em todos os campos políticos, a idéia do “restabelecimento do estado de direito”

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