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Resumo Escola e Democracia

Por:   •  10/3/2023  •  Resenha  •  2.141 Palavras (9 Páginas)  •  47 Visualizações

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Resumo

Dados apontam que em 1970 50% dos alunos de escolas primárias se encontravam em situação de semianalfabetismo ou de analfabetismo potencial na américa latina, isso sem contar com as crianças em idade escolar sem estarem sequer matriculadas.

Podemos observar com isso a marginalidade no fenômeno da escolarização, e para isso existem duas teorias educacionais, uma onde a educação é vista como um fator a auxiliar na superação da marginalidade e a teoria de que a educação é um instrumento de discriminação social, portanto um fato de marginalização.

As teorias não-críticas - Com a ascensão da burguesia ao poder após a revolução industrial, o estado passa a preocupar-se com a educação para todos, não apenas para a nobreza como anteriormente. A educação passa então a ser um instrumento para combater a ignorância e marginalização da sociedade.

O modelo então proposto na época era de um professor expondo suas lições aos alunos, porém a proposta não obteve o êxito esperado, visto que nem todos ingressaram nas escolas e alguns dos ingressantes não conseguiam acompanhar o método proposto, começa assim uma busca por novas teorias da educação.

As críticas à essa pedagogia tradicional que começaram a ser publicadas no final do século passado foram aos poucos dando espaço para outra teoria educacional.

Nesse novo modelo acreditava-se que o mesmo seria uma ferramenta para a equalização social, porém para isso seria necessário uma reformulação nas escolas. O modelo visava um novo papel para o professor, para que o mesmo estimulasse os alunos a buscar o aprendizado, mostra-se a prática, mas que a iniciativa viesse do aluno, além de um ambiente melhor preparado e com mais material de apoio.

O modelo não obteve sucesso, por ser de um custo muito mais elevado que as demais, e foram incorridos como núcleos raros, se tornando um modo de ensino elitizado e indo contra a partida da ideia de equalização social e não auxiliando no fim da marginalização.

Com isso tem início novamente a busca por um novo método educacional, surge por exemplo a “Escola Nova Popular”, que segue ideologias como a de Paulo Freire e Freinet, porém ficava mais preocupante a situação da eficiência instrumental, visto que as duas teorias não possuíam o mesmo suporte financeiro, assim surge a pedagogia tecnicista.

Essa pedagogia tem como base a eficiência, racionalidade, produtividade e entre outros que a tornem operacional, semelhante ao modo de trabalho.

Saviani discute a relação entre a educação e a democracia, afirmando que a escola é um espaço privilegiado para a construção da cidadania e para o exercício da democracia. Ele defende que a escola deve ser democrática em sua organização e em suas práticas pedagógicas, para que possa formar cidadãos críticos e participativos.

Além disso, é analisada a relação entre a educação e a sociedade capitalista, afirmando que a escola deve formar cidadãos críticos que sejam capazes de compreender a realidade social em que vivem e de transformá-la. Para isso, é necessário que a escola seja orientada por uma concepção crítica e transformadora da educação, que questione as desigualdades sociais e promova a emancipação humana.

A escola não deve ser apenas um espaço de reprodução dos valores e da cultura dominante, mas sim um espaço crítico e reflexivo, capaz de formar cidadãos autônomos e conscientes de suas escolhas, é necessário que a educação contemple tanto os aspectos cognitivos quanto os afetivos e éticos, buscando formar cidadãos completos e capazes de lidar com as complexidades do mundo contemporâneo.

Todavia, a prática pedagógica deve estar fundamentada em uma teoria crítica da educação, que considere as relações sociais e a luta por uma sociedade mais justa e igualitária, defendendo que ela deve ser reflexiva, ou seja, os professores devem analisar constantemente a sua prática e buscar aprimorá-la.

O texto traz a definição do termo “violência simbólica”, que é retratada como a violência material (dominação econômica) exercida pelos grupos ou classes dominantes sobre grupos ou classes dominadas. A partir desse termo, busca-se explicar a ação pedagógica (AP) como imposição da cultura (também arbitrária) dos grupos ou classes dominantes aos grupos ou classes dominadas.

Entretanto, para essa imposição se exercer, implica-se necessariamente a autoridade pedagógica (AuP), que é o poder arbitrário reconhecido como autoridade legítima. Assim, a AP, que se exerce através da AuP, se realiza através do Trabalho Pedagógico (TP), entendido como um trabalho que deve durar o bastante para produzir uma formação durável, ou seja, é um hábito vindo do arbitrário cultural capaz de se perpetuar os princípios do arbitrário interiorizado após o término da AP.

Há uma diferença entre TP primário (educação familiar) e TP secundário, que é institucionalizado como trabalho escolar (TE). Assim, define-se que a função da educação é a de reprodução das desigualdades sociais. Pela reprodução cultural, ela contribui especificamente para a reprodução social.

O texto também coloca a definição de marginalizados, que seriam os grupos ou classes dominados - marginalizados socialmente, porque não possuem força material (capital econômico), e marginalizados culturalmente, porque não possuem força simbólica (capital cultural). E a educação, nesse quesito, entra não como um fator de superação da marginalidade, e sim um elemento reforçador da mesma.

A Teoria da Escola como Aparelho Ideológico (AIE) é dividida em Aparelhos Repressivos do Estado (o Governo, a Administração, o Exército, a Polícia, os Tribunais, as Prisões, entre outros - que funcionam massivamente pela violência e, secundariamente, pela ideologia) e os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE - que são: religioso, escolar, familiar, jurídico, político, sindical, da informação e cultural, e funcionam massivamente pela ideologia e, secundariamente, pela repressão).

A escola é definida como AIE dominante, sendo o instrumento mais acabado de reprodução das relações de produção de tipo capitalista. Para isso, ela toma a si todas as crianças de todas as classes sociais e coloca durante anos a audiência obrigatória “saberes práticos” envolvidos na ideologia dominante. Uma grande parte, como operários e camponeses, cumpre a escolaridade básica e é introduzida ao processo produtivo; outros avançam, mas interrompem para integrar os quadros médios, os “pequenos burgueses”; e, por fim, poucos atingem o vértice da pirâmide escolar e vão ocupar os postos próprios de “agentes da exploração”

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