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Resumo: Etnia e Indígenas - Saúde, Minorias e Desigualdade

Por:   •  21/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  729 Palavras (3 Páginas)  •  731 Visualizações

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Resumo: Etnia e Indígenas - Saúde, minorias e desigualdade: algumas teias de inter-relações, com ênfase nos povos indígenas no Brasil

Minorias, saúde e enfermidade

        Quando se fala de análises sobre raça/etnia e saúde estamos nos referindo a negros e/ou mestiços, sendo assim, pouco se demonstra empiricamente a existência da associação da importância da etnia/raça na produção de enfermidade.  A relação entre saúde/enfermidade e minorias étnico-raciais pode ser abordada sob duas vertentes: saúde e enfermidade como resultante de desigualdades sociais e/ou discriminação étnico-racial e saúde e enfermidade como resultante de fatores biogenéticos.

        A discriminação étnico-racial experimentada por membros de minorias pode ter grande impacto sobre o indivíduo ou grupo, gerando estresse e enfermidades. Vivenciar situações de discriminação pode ser, por si, um elemento desencadeador de doenças, tornando-se mais grave quando é experienciada em um contexto destinado a serviços de atenção à saúde, o que gera fortes emoções, que vão do medo e desconfiança à raiva e frustração, comprometendo, não somente a qualidade e a credibilidade dos serviços prestados, mas a própria saúde do indivíduo. Seja uma discriminação expressa de forma subliminarmente, tanto direto quanto indiretamente.

        Do ponto de vista epidemiológico, um importante estudo de Wood & Carvalho (1994) sobre mortalidade, a difusão de novas tecnologias médicas, aliada à melhoria do padrão de vida, explicaria a queda acelerada da mortalidade verificada no Brasil, principalmente a partir da década de 1970. Porém, como o acesso às tecnologias e a melhoria relativa das condições de vida não se deram por igual, é preciso  considerar o efeito do desenvolvimento desigual segundo a região do país no plano macro e da marginalização e discriminação étnico-racial na determinação das diferenças observadas

entre brancos e não-brancos, no micro. Neste último, o nível educacional de mulheres e disponibilidade de água encanada nos domicílios  mostra a existência de forte desigualdade, revelando que a raça da mãe continua associada à mortalidade infanto-juvenil, mesmo depois de remover os efeitos dos determinantes socioeconômicos (renda, nível educacional e acesso à água potável).

        Há os poucos estudos sobre saúde e raça/etnia na América Latina e que tratam de populações urbanas. São raros os casos em que a população indígena é incluída nas análises no Brasil, mas demonstra que se mantêm predominantemente rurais apesar de uma tendência à urbanização indígena. Os poucos trabalhos publicados sobre populações indígenas no Brasil demonstram de maneira contundente uma situação de enorme desvantagem e marginalização, refletindo em má qualidade de vida, enorme dificuldade de acesso aos serviços em geral e indicadores de saúde abaixo das médias nacionais e regionais.

Desigualdade, saúde e os povos indígenas

        Com base nas informações demográficas e epidemiológicas disponíveis atualmente no Brasil, não é possível traçar um panorama minimamente confiável acerca das condições de saúde das populações indígenas e, muito menos, conduzir discussões produtivas quanto às interfaces entre saúde e desigualdades sociais. Mas restam poucas dúvidas que as condições de saúde dos povos indígenas são precárias, colocando-as em uma posição de desvantagem em relação a outros segmentos da sociedade nacional.

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