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Resumo "Familias Populares E Instituição Escolar: Entre Autonomia E Heteronomia", De Daniel Thin.

Trabalho Universitário: Resumo "Familias Populares E Instituição Escolar: Entre Autonomia E Heteronomia", De Daniel Thin.. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/11/2014  •  981 Palavras (4 Páginas)  •  505 Visualizações

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Documento de Identidade

Uma introdução ás teorias do Currículo

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução ás teorias do currículo. Belo Horizonte, MG: Autentica, 2009.

As relações de gênero e a pedagogia feminista

A palavra gênero foi utilizada pela primeira vez num sentido contemporâneo pelo biólogo estadunidense john Money em 1955 especificamente para designar os aspectos sociais do sexo. A palavra gênero também foi usada na gramática, designando “sexo” dos substantivos. Porém opondo-se a sexo, o conceito de gênero refere-se aos aspectos que são socialmente construídos do processo de identificação social, enquanto sexo é um termo usado para determinar a identidade biológica do sujeito.

O feminismo surge mostrando que cada vez mais, as linhas de poder da sociedade se situavam para além do capitalismo, perpassando o domínio do homem no poder. Havia, entretanto uma disparidade muito grande entre homens e mulheres em todos os aspectos: de ordem social, educacional, profissional, inclusive curricular. As mulheres são tratadas então como inferiores de modo que os homens apropriavam-se de grande parte dos recursos matérias e simbólicos da sociedade.

O grande ponto é a desigualdade social, mas a análise da dinâmica do gênero em educação preocupava-se com o acesso. O nível de educação das mulheres era mais baixo do que dos homens, consequentemente o acesso às instituições educacionais também era desigual. Mesmo nos países que proclamavam a igualdade social, os currículos eram divididos por gênero e determinadas matérias eram destinadas apenas aos homens, enquanto outras eram especialmente para mulheres além de que também, certas profissões eram taxadas como masculinas inadequadas para as mulheres.

As próprias instituições de ensino faziam essa diferenciação entre o trabalho masculino e feminino, rebaixando este último ao poder masculino. O próprio currículo educacional fazia com que fosse refletido e reproduzido o estereótipo da sociedade. As mulheres eram relegadas a profissões e ainda são á algumas outras. O estereótipo de gênero estava infiltrado em toda sociedade, fazendo parte integrante da formação que era oferecida pelas instituições educacionais. Isso fazia com que o currículo difundisse essa diferença na sociedade em geral. Esse tipo de preconceito partia dos próprios professores que mantinham uma expectativa diferenciada entre os gêneros, reproduzindo inconscientemente as desigualdades entre os dois.

De acordo as análises feministas de gênero, o mundo social foi elaborado conforme os interesses e formas masculinas de pensamento e do próprio conhecimento. Uma possível reivindicação de igualdade de gênero poderia “transgredir” as normas impostas.

O que poderia mudar é a forma que o currículo trata dessa questão, fazendo uma reflexão levando em consideração que homens e mulheres podem e devem ter o mesmo direito perante a sociedade, sendo a forma e o conhecimento passado igual para todos sem distinção de raça, gênero ou sexo.

A perspectiva feminista acarretou uma transformação epistemológica, fazendo que ela tornasse importantíssima para a teorização curricular. Sendo currículo é um reflexo do conhecimento dominante, tornando-o nitidamente masculino, o currículo oficial dá valor à separação entre o sujeito e o conhecimento, o domínio e o controle, a lógica e a racionalidade, a ciência e a técnica, o individualismo e a competição. Tudo isso é o reflexo dos interesses masculinos e suas experiências, que desvaloriza o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido.

“É essa reviravolta epistemológica que torna a perspectiva feminista tão importante para a teoria curricular. Na medida em que reflete a epistemologia dominante, o currículo existente é também masculino. Ele é a expressão da cosmovisão masculina. O currículo oficial valoriza a separação entre sujeito e conhecimento, o domínio e o controle, a racionalidade e a lógica,

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