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Resumo O Capital

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Por:   •  14/3/2015  •  915 Palavras (4 Páginas)  •  282 Visualizações

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I. A mercadoria

A riqueza das sociedades capitalistas configura-se segundo Marx em “imensa acumulação de mercadorias”, e a mercadoria, vista de forma isolada, é a forma elementar dessa riqueza. A mesma é um objeto externo, ou seja, uma coisa que por suas propriedades, satisfaz as necessidades humanas, seja quais forem essas necessidades.

Cada coisa útil pode ser considerada sob duplo aspecto, segundo a qualidade e quantidade. A variedade dos padrões de medida das mercadorias decorre da natureza diversa dos objetos a medir e também da convenção. A utilidade de uma coisa faz dela um valor-de-uso, o mesmo só se realiza com a utilização ou o consumo. Os valores-de-uso constituem o conteúdo material da riqueza, independente da forma social dela. Na sociedade capitalista, os valores-de-uso são, ao mesmo tempo, os veículos materiais do valor-de-troca. Como valores-de-uso, as mercadorias são, antes de qualquer coisa, de qualidade diferente, como valores-de-troca, só há diferenciação na quantidade. Portanto, a mercadoria é caracterizada por seu valor de uso e valor de troca.

Um valor-de-uso ou qualquer outro bem só possui valor, porque nele está corporificado trabalho humano abstrato, ou seja, a mercadoria é produto do trabalho. O que determina a grandeza do valor de uma mercadoria é a quantidade de trabalho socialmente necessária ou o tempo socialmente necessário para a produção da mesma. De acordo com Marx “como valores, as mercadorias são apenas dimensões definidas do tempo de trabalho que nelas se cristaliza.” Entretanto, uma coisa pode ser útil e fruto do trabalho humano sem ser mercadoria. Quem produz algo para sua própria necessidade gera valor-de-uso, mas não mercadoria. Para criar mercadoria, é necessário não só produzir valor-de-uso, mas produzi-lo para outros, dar origem a valor-de-uso social.

Para que haja efetivamente a produção de mercadorias, é necessária a divisão social do trabalho, porém, a produção de mercadorias não é condição necessária para a existência da divisão social do trabalho. O trabalho é indispensável à existência do homem, em qualquer sociedade. As mercadorias são, portanto, conjunções de dois fatores matéria fornecida pela natureza e trabalho. A força humana de trabalho em ação ou o trabalho humano puro e simples cria valor, mas não é valor. Torna-se valor, quando se cristaliza na forma de um objeto, seu valor é, portanto, uma realidade apenas social, só podendo manifestar-se, evidentemente, na relação social em que uma mercadoria se troca por outra. As mercadorias possuem forma comum de valor, que se contrasta com a heterogeneidade de sua utilização, de seus valores-de-uso. Essa forma comum é a forma dinheiro do valor. Existem dois pólos da expressão do valor: A forma relativa do valor e a forma equivalente. Uma mercadoria se encontra sob a forma relativa do valor ou sob forma oposta, a de equivalente, de acordo com a posição que ocasionalmente ocupa na expressão do calor, se é mercadoria cujo valor é expresso ou se é mercadoria através da qual se expressa valor. Há também, a forma quantitativa do valor na forma relativa, ou seja, para expressar o valor de uma dada mercadoria nos referimos a uma quantidade de objeto útil. Essa quantidade de mercadoria contém uma quantidade determinada de trabalho humano. A forma do valor tem de exprimir não só o valor geral, mas o valor quantitativamente determinado na produção de uma mercadoria. A mercadoria assume a forma de equivalente,

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