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Resumo Sociologia: O QUE É SOCIOLOGIA?

Por:   •  26/4/2016  •  Resenha  •  1.434 Palavras (6 Páginas)  •  666 Visualizações

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RESUMO DA PRIMEIRA LEITURA

O QUE É SOCIOLOGIA?

INTRODUÇÃO

A sociologia é um conjunto de conceitos, técnicas e métodos de investigação que foram produzidos para explicar a vida social. Apesar de ser muito mais que uma simples tentativa de reflexão sobre a sociedade moderna, durante todo seu histórico ela esteve tentando dialogar com a civilização capitalista, em suas diversas fases.

CAPÍTULO PRIMEIRO: O Surgimento

A sociologia foi elaborada por vários pensadores que objetivavam compreender o fim do feudalismo e a solidificação do capitalismo. As duas revoluções que ocorreram naquela época (industrial e francesa) constituíam os dois lados da instalação definitiva da sociedade capitalista. Devido a profundidade dessas transformações, a sociedade foi colocada em um plano de análise pois esta passava a ser um objeto que precisava de investigação.

O surgimento da sociologia deu-se pelas novas condições geradas com a revolução industrial e pelas modificações das formas de pensar. Desde o século XVI, o pensamento vinha deixando a visão sobrenatural para explicar os fatos e usando cada vez mais a indagação racional. Dessa forma, com uma grande acumulação de conhecimentos da natureza, foi possibilitado o controle e domínio da mesma. Os racionalistas representaram um grande avanço nessa transição.

Entretanto, foram os pensadores franceses do século XVIII que buscaram transformar não somente as formas de pensar, mas também a própria sociedade. Os iluministas nessa época eram extremamente contrários ao feudalismo e às regalias de sua classe dominante. Eles analisaram vários aspectos da sociedade utilizando a razão e a observação, objetivando mostrar às instituições da época o quão irracionais e injustas eram. Além disso afirmavam que elas impediam a total liberdade do cidadão, e portanto deveriam ser eliminadas. Essa interpretação crítica da realidade alimentou os ideais revolucionários burgueses, que conseguiram tomar o poder no final desse século.

Ao adentrar no século XIX, novos problemas surgiram na recém criada sociedade industrial francesa. O desenvolvimento causado pela industrialização trazia aos operários miséria e desemprego, além da utilização em excesso de mão-de-obra barata de mulheres e crianças e a precariedade na moradia dos novos habitantes que migraram desordenadamente do campo para a cidade. Com isso surgiu a luta de classes, tornando então necessário que a sociedade fosse reorganizada, dando à sociologia a tarefa de estabilização da nova ordem. Não será essa sociologia que estará do lado do proletariado, mas sim o socialismo, que defenderá os interesses da classe trabalhadora.

CAPÍTULO SEGUNDO: A Formação

A sociedade capitalista, extremamente contrastante, deu margem ao surgimento de sociologias distintas. Uma delas defende o sistema instalado pelo capitalismo, e afirmavam que o impacto da Revolução Francesa era um castigo de Deus à humanidade. Defensores das instituições religiosas, monárquicas e aristocráticas que estavam perdendo poder, alegavam que para haver coesão social era necessário autoridade, hierarquia e tradição para conservação da ordem.

Esses ideais dos ''profetas do passado'', como eram chamados, foram ponto de referência para os interessados na preservação da nova ordem econômica. Eles estavam cientes de que não havia maneira de volta à antiga sociedade feudal, portanto fizeram modificações nas convicções dos conservadores. Os positivistas Auguste Comte, Emile Durkkheim e Saint-Simon admiravam os estudos dedicados à manutenção da ordem e utilizaram-nos como base para defender os interesses da sociedade capitalista.

Saint-Simon (1760-1825) foi pioneiro no socialismo e no positivismo. Apesar das influências iluministas, também era conservador e acreditava que a restauração da ordem era o maior problema a ser solucionado. Tal solução se daria pelo progresso econômico, que acabaria com os conflitos sociais e traria segurança para os indivíduos. Para ele, a ciência estabeleceria verdades que deveriam ser aceitas por toda a sociedade, antiga função do clero no

feudalismo, e os comerciantes e banqueiros substituiriam os senhores feudais. Essa nova elite estaria no comando dos trabalhadores. Apesar do otimismo em relação ao industrialismo, ele admitia a existência de conflitos entre os que tinham e os que não tinham, e alegava que a elite era responsável por gerar iniciativas de melhoria de vida.

Auguste Comte (1798-1857) era um pensador totalmente conservador, e via as sociedades européias em profundo estado de caos social. Em sua visão, nem as crenças religiosas nem os ideais iluministas trariam de volta a ordem social, mas sim um conjunto de valores comuns a todos os homens. A ordem e o progresso eram dois elementos fundamentais, sendo a primeira ponto de partida para a construção da nova sociedade e a segunda que viria progressivamente como consequência da primeira.

Emile Durkkheim (1858-1917) preocupou-se com a questão da ordem social e focou em estabelecer o objeto de estudo e métodos de investigação sociológicos, possibilitando assim a entrada da sociologia no meio acadêmico. Ele afirmou que a falta de uma moral que orientasse a conduta dos indivíduos era a raiz dos problemas, pois assim como Saint-Simon via os valores morais como um elemento eficaz contra as crises. Com isto, buscava mostrar que os programas de mudanças dos socialistas que defendiam redistribuição da riqueza, não resolveriam os problemas da época. Durkkheim acreditava que o comportamento e a maneira de sentir e ver a vida eram estabelecidos pelos outros, pois o indivíduo ao nascer já encontra a sociedade pronta e age de acordo com as regras aprovadas socialmente. Portanto para restabelecer a saúde da sociedade, se fazia necessária a criação de novos hábitos e atitudes para o cidadão. O positivismo durkheimiano influenciou fortemente a sociologia comtemporânea.

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