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Resumo do Artigo Fundamentos da Sociologia e Antropologia

Por:   •  6/1/2022  •  Resenha  •  1.109 Palavras (5 Páginas)  •  98 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Fundação Instituída nos termos da Lei nº 5.152, de 21/10/1966 – São Luís - Maranhão.

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA

DISCIPLINA:  Fundamentos da Sociologia e Antropologia

CURSO: Odontologia

Aluna/e/o: Ana Catarina Lage

Normas: O texto pode  ser digitado (em formato Times New Roman, espaçamento 1,5, fonte 12) ou manuscrito. O arquivo deve ser nomeado com o nome do aluna/e/o e sua respectiva turma ( Ex.:  edilmanascimento.fundame.ondonto). A atividade deve ser enviada por e-mail até a data 20/12/2021.

Atividade avaliativa ( 2ª nota)

A partir do texto de Langdon e Wiik(2010), dissertem sobre os diálogos pertinentes do conhecimento antropológico aos profissionais do campo das ciências da saúde.

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Ao tecer a leitura do artigo selecionado pela disciplina, podemos perceber a importância dos conhecimentos antropológicos para nortear os profissionais do campo das ciências da saúde a cerca dos processos de saúde e de doença que integram a cultura de diferentes grupos sociais. Nesse sentido, inter-relacionam cultura e saúde em diversos âmbitos, como através do estereótipo do “bom paciente”, o qual seria dotado de cultura, conhecimento teórico sobre diversas áreas e advindo de uma elite; e, o “paciente ruim” que seria um indivíduo sem cultura, ignorante, guiado por superstições e com dificuldade para entender e aplicar as diretrizes de um profissional. Desse modo, a desmistificação desses conceitos vêm sendo realizados paulatinamente ao compreender que as noções de saúde e doença variam para pessoas de diferentes culturas, a exemplo dos cidadãos que vivem em áreas rurais, urbanas ou em comunidades indígenas, já que vivem em contextos sociais divergentes entre si.

Assim, é válido ressaltar que todos os seres humanos têm cultura e é através dela que definem as particularidades de cada ser. Nesse viés, a saúde e a doença devem ser analisadas com base no contexto sociocultural que as pessoas vivem logo, profissionais, como odontólogos, médicos e enfermeiros devem empregar métodos e técnicas qualitativas nas pesquisas em saúde, em especial, o método etnográfico. Esse método consiste na imersão do pesquisador no universo sociocultural cotidiano das comunidades e grupos sociais para entenderem de forma mais adequada e aprofundada sua realidade sem assumir posturas etnocêntricas.

Nessa vertente, segundo os antropólogos Esther Jean Langdon e Flávio Braune Wiik, a cultura é como um conjunto de elementos que mediam e qualificam qualquer atividade física ou mental, que não seja determinada pela biologia, e que seja compartilhada por diferentes membros de um grupo social. Sendo assim, por intermédio da cultura que se constroem ações e interações dotadas de significado, valores, normas e símbolos, as quais regem um grupo. Dessa forma, a cultura deve ser apreendida, compartilhada e padronizada. Ela é apreendida quando as ações comportamentais não são justificadas pela biologia ou por teorias genéticas, mas sim pela vivência com a comunidade. É compartilhada quando as pessoas comunicam suas experiências, seu cotidiano e particularidades das atividades inteligíveis através de geração em geração. É padronizada, pois cada agrupamento possui símbolos e uma linguagem que a caracteriza de maneira específica.

Nesse ínterim, como cada comunidade possui suas particularidades e diferentes padrões culturais, os conceitos de saúde, doença, higiene e limpeza são variáveis. Sob tal ótica, conceitos, como alimentação são relativizados para cada cultura, pois na sociedade brasileira alimentos, a exemplo do arroz e feijão, são considerados uma refeição completa, mesmo que não haja proteínas. Já para os norte-americanos, durante o período diurno deve ser realizado apenas um lanche rápido, como “fast food” para desenvolver melhor as habilidades ao longo do dia. Sendo assim, é notável que a noção de refeição saudável e que garanta saciedade são variáveis para cada agrupamento social, pois cada um possui uma lógica própria, uma experiência integradora e de pertencimento, no qual podem compartilhar os valores e ensinamentos que a permeiam.

Nesse meandro, nota-se que cada ser humano possui uma cultura específica que determinará seu idioma, quais atividades irá desempenhar, a mobilidade social e o seu papel variando conforme o sexo e a idade. Assim, ao longo da vida os indivíduos irão se socializando gradativamente e terão contato com os padrões culturais vigentes para incorporar hábitos, como comportamento, alimentação, higiene, vestimentas e técnicas para diagnosticar e tratar as enfermidades.

Desse modo, cada cultura possui um conceito sobre saúde e uma visão sobre sua origem, suas causas, e de como devem ser realizados os tratamentos para patologias e as medidas profiláticas a fim de garantir a manutenção ou restauração da saúde. Nesse sentido, as questões relativas aos hábitos de saúde, rituais, técnicas de atenção e cuidado, restrições sobre uso de terapias devem ser realizadas de maneira diferenciada para cada comunidade, pois ao ter contato com uma sociedade complexa, como a brasileira nota-se que existem grupos sociais muito diferentes, no que se refere a suas crenças e seus costumes. Assim, sua cultura interfere diretamente nas decisões que se toma a cerca de temáticas importantes, a exemplo do aborto, métodos contraceptivos, limpeza, transfusão sanguínea ou doação de órgãos. Dessa forma, é imprescindível que os profissionais da área da saúde relativizem as técnicas e os mecanismos para conduzir o tratamento devido o mosaico sociocultural brasileiro.

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