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Resumo do livro - O Manifesto Comunista Karl Marx

Por:   •  14/12/2017  •  Resenha  •  2.491 Palavras (10 Páginas)  •  1.020 Visualizações

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Relatório Seminário / O Manifesto Comunista – Karl Marx

Lorran Del Antônio (graduando)

Dr André Ricardo Nogueira (professor)

Universidade Federal do Espírito Santo/ES

Instrodução:

Marx nasceu em Tréveris, cidade ao sul da Prússia, um dos muitos territórios em que a Alemanha estava fragmentada em 1818 e morre em 1883 em Londres, na Inglaterra. Marx é um dos mais influentes sociólogos de todos os tempos, um dos mais discutidos e cobrados de forma acadêmica, estudou filosofia, política, economia, sociologia entre outras áreas, foi redator de gazeta, participou da liga dos comunistas, um dos fundadores da primeira internacional, onde trabalhadores de diversos países se reuniram, um das frases marcantes foi quando disse que “ Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas formas, mas o que importa é modifica-lo”, esta adepto da filosofia aplicado a prática, obras mais notáveis : Manuscritos Econômicos do ponto de vista filosófico, A Ideologia Alemã, A Miséria da Filosofia, O Manifesto Comunista ( obra mais conhecida e acessível , escreveu para que operários com pouca formação acadêmica pudesse ler, considerado um livro claro, simples e direto e pode ser considerado porta de entrada para entender o pensamento de Marx, O 18 de Brumário onde relaciona fatos históricos aplicados a política e o principal e mais utilizado, O Capital, onde faz uma grande análise sobre todo o modo de produção econômico capitalista da Europa. Adepto da Praxis, filosofia prática, acredita que a prática não se desassocia do ato de pensar, o pensamento ganha vida no momento em que ele é aplicado a realidade. Marx usa o materialismo histórico e como a história oferece materiais para a nossa vida. Dedicou-se a temas como alienação, política, economia e utilizava o método da dialética.

Apresentação:

Em meados do século XIX, o espectro do comunismo rondava a Europa, as maiores potências da época, o czar russo, o papa, autoridades da França, Alemanha uniram-se para afastar esse “fantasma” que afrontava seus poderes. Tornou-se comum que um partido no poder insultasse seus adversários políticos de direita ou de esquerda a ofensa de “comunista”, no sentido mais pejorativo possível, o comunismo já era reconhecido como força e temido pelas autoridades europeias. Então comunistas de diversas nacionalidades resolveram se reunir em Londres e redigir o manifesto comunista a afim de estabelecer as ideias do partido, abrir ao resto do mundo a suas visões, pensamentos e objetivo, que foi publicado em diversas línguas influentes na Europa, como inglês, francês, alemão, italiano, entre outros.

        Burgueses contra proletários, o burguês define-se pela classe dos capitalistas modernos que são proprietários dos meios de produção social que empregam o trabalhador pagando-lhe um salário, já o as classes do proletariado não possuem meios de produção e são obrigados a vender sua força de trabalho (mão de obra), para aqueles que detêm os meios (burgueses), em troca de um salário para sobreviverem. (Definições de F.Engels em 1888).

        Parafraseando Karl Marx, a história da sociedade é a história da luta de classes, desde os primórdios da vida social humana há o conflito entre as classes dos opressores em oposição aos oprimidos; homens livres e escravo, patrícios e plebeus, senhores feudais e servos... Em guerra incessante, seja ela aberta e declarada ou velada. Mesmo nas mais antigas sociedades é possível verificar diversas classes distintas em sua estrutura. Na Roma antiga, patrícios e plebeus, cavaleiros, escravos, na Idade Média, senhores feudais, vassalos, mestres das corporações, aprendizes, companheiros e servos.

        A burguesia moderna que teve sua ascensão na mesma época do declínio da sociedade feudal não acabou com as divergências de classe, apenas novas classes e outras maneiras e novas condições de opressão em lugar das velhas formas que deixarão de existir. Apesar disso, a burguesia caracteriza-se por ter simplificado essa oposição, formando polos opostos, em duas classes em confronto direto: a burguesia e o proletariado.

        Dos servos da Idade Média surgiram os primeiros moradores dos burgos, chamados burgueses. A descoberta da América, viagens em torno da África foram fatores que abriram um novo campo de ação e propiciaram o crescimento da burguesia emergente, com a colonização da América, o mercado das Índias orientais e da China, e o crescimento dos meios de troca e das mercadorias em geral aplicaram ao comércio, a indústria e a navegação um estímulo sem precedentes, e por consequência desenvolveram-se rapidamente e transformaram a sociedade feudal. Novos mercados surgem, o sistema de organização feudal da indústria que eram corporações fechadas já não satisfaziam as necessidades, a manufatura, os mestres das corporações e suas oficinas não suportaram e foram ultrapassados pelo vapor e a maquinaria que revolucionaram a produção industrial. A grande indústria moderna engoliu a manufatura e os pequenos e médios burgueses manufatureira foram substituídos pelos grandes da indústria, chefes de verdadeiros exércitos industriais, os denominados burgueses modernos. A grande indústria criou o mercado mundial, o mercado acelerou o desenvolvimento do comércio, da navegação, dos meios de comunicação que por consequência refletiu no crescimento da indústria, a medida a indústria, o comércio, a navegação, as vias férreas se desenvolviam, também crescia junto a burguesia e o seu capital. A burguesia moderna é fruto de um longo processo de desenvolvimento e de inúmeras transformações na forma de circulação e produção de mercadorias. A burguesia crescia economicamente e politicamente, com o estabelecimento da da grande indústria e do mercado mundial, conquistou soberania politica no estado representativo moderno. O poder executivo no estado moderno é um comitê para administrar os negócios comuns da classe burguesa.

        A burguesia não existe sem constantemente revolucionar os instrumentos de produção, e por consequência os modos de trabalho, as relações de produção e com isso, todas as relações sociais. A burguesia contribuiu muito para a urbanização, atraindo pessoas para a cidade em busca de trabalho ao mesmo tempo que limita cada vez mais a dispersão dos meios de produção e da propriedade, concentrando-se cada vez mais as propriedades privadas em poucas mãos.

        Surge também com o desenvolvimento da burguesia sua classe antagônica , classe do proletariado, os operários modernos o qual trabalham para o aumento do capital burguês, são de certa forma obrigados a vender sua força de trabalho, são como mercadorias, e como tal estão sujeitos oscilações da concorrência e todas as variações do mercado. Com o aumento do emprego de máquinas, o operário passa a ser cada vez mais “mecanizado”, passa a ser como se fosse apenas mais uma engrenagem, mais uma peça desse maquinário, a ele basta apenas a manipulação simples e monótona, de forma que qualquer um pode fazer, reduzindo o seu custo, sendo-lhe oferecido o mínimo para se sobreviver e se perpetuar, o modo de produção das grandes industrias pode ser comparado a formação de um exército de soldados enfileirados, sendo fiscalizados e subordinados por seus oficias superiores, escravos da máquina, tudo visando o lucro do proprietário do maquinário, o burguês.

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