Resumo sobre As Favelas e a metáfora da Guerra

Introdução:

O documento estudado “Da “metáfora da guerra” ao projeto de “pacificação”: favelas e políticas de segurança pública no Rio de Janeiro”, escrito por Márcia Pereira Leite aborda o tema sobre as favelas como o território da violência na cidade do Rio de Janeiro, abordadando dois contextos:

        O primeiro que vai de 1990 a 2000, caracterizada pela promoção do estado de uma guerra aos traficantes, marginalizando a favela, vista como um lugar de traficantes como se não houvesse pessoas honestas a morar por lá. (segrega a favela de outras partes da cidade).

        O Segundo a partir de 2008 visto com “pacificação das favelas” por meio da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (seguido pelo programa municipal UPPSocial) com o objetivo de “civilizar” os moradores para serem entregados ao resto da cidade.

        Esteriótipo da favela: Vista como marginal, violenta, insegura.

        Esteriótipo de favelado: marginal, vagabundo, pobre, sem educação e não se enquadra na vida social da cidade.

Dos dispositivos de produção das favelas como território da violência e da marginalidade no Rio de Janeiro

“A invenção da favela” é uma das obras mais importantes sobre as favelas do rio de janeiro, nesse livro podemos ver a história das favelas desde seu surgimento até os dias de hoje, vemos as representações das favelas e dos favelados.  O texto mostra duas referencias analíticas. Uma é a de favela e favelado, que são repreendidos como categorias de nominação. Para o autor as praticas e tecnologias de identificação são uma relação entre quem estabelece a identidade com aqueles que são “objetos de seus empreendimentos” (sentido apontado por Noiriel). Outra referencia analítica (Foucault) é que a favela é vista como um lugar completamente diferente de outros espaços, vista como um heterotopia.

São examinados alguns dos motivos do porquê as favelas são vinculadas a violência, mesmo as consideradas pacificadas. São considerados a margem da sociedade, um território de violência e oposta às normas da população dominante. São vistos como quem não tem lugar na cidade.

Qual a importância da obra “A invenção da favela”?

-Uma das obras mais importantes sobre as favelas do rio de janeiro.

-Podemos ver: a historia das favelas, desde seu surgimento até os dias de hoje.

- vemos as representações das favelas e dos favelados.

Quais são as referencias analíticas que o texto apresenta?

1ª: de favela e favelado.

-são repreendidos como categorias de nominação.

-“objetos de seus empreendimentos”.

2ª: heterotopia

-a favela e é vista como um lugar completamente diferente de outros espaços.

Como a favela e os favelados são vistos?

As favelas:

-São vinculadas a violência, mesmo as consideradas pacificadas.

-São considerados a margem da sociedade, um território oposto às normas da população dominante.

Os favelados:

- São vistos como quem não tem lugar na cidade.

Favela e favelado como modalidade de identificação:

1ª pergunta: De que forma os favelados são, ou foram, visto no meio social?

Quando os trabalhadores começaram a ocupar os morros próximo às fábricas, por falta de dinheiro para passagem casa-trabalho-casa, ele (os trabalhadores) começaram a ser visto como um problema para a cidade. Os morros começou a ser conhecido como o centro da pobreza e da marginalidade, trazendo junto à esse pensamento, estereótipos das pessoas moradoras dali, estereótipos tais como malandros, prostitutas, pessoas moralmente degradadas e que não aceitava as normas sociais.

2ª pergunta: Os favelados são conhecidos por serem "marginais" ou classes "manipuláveis"/"sem oportunidades"?

A partir por volta do ano de 1950, os cientistas sociais decidiram estudar e chegaram a propor uma nova forma de vermos a pobreza urbana. Com isso, as massas pobres, principalmente os moradores de favela, deixaram de ser conhecido apenas por pessoas “perigosas” para serem conhecida como pessoas “manipuláveis”. Porém, em 1970/1980 ocorreu uma operação chamada “anti-favela” e o motivo foi a percepção dos favelados como fruto de um processo marcado pela marginalidade.

3ª pergunta: Como é o modo de identificação da favela e como é a prestação de serviço nesse local?

Depois de tudo isso, favelado e favela caracterizam um grupo e espaço específico, na qual não se pode fazer parte da cidade ou do meio social. Por serem identificados assim, houve uma época conhecida como “era das remoções”, no qual removeram todas as pessoas que se encaixava nessas características e removeram dos grande centros urbanos, levando para os lugares mais afastados da cidade, conhecido como subúrbios.

Mesmo sendo implementadas, a partir de 1980, as políticas de urbanização das favelas, hoje em dia, os equipamentos de serviços públicos não foram universalizados e é pior do que nós outros bairros da cidade

4ºQual é a importância da cultura dos favelados como identidade? A cultura não somente serve para demonstrar a condição estrutural das favelas mas também o meio social em que os favelados vieram ser construídos com sujeito. A cultura guarda a identidade do grupo, somente ela consegue guarda a história de um grupo,o que permite diferenciá-los, e ela serve como arma para a aceitação social dos favelados como grupo.. 5ºComo a violência que se origina nas favelas afeta a cidade? O crescimento das favelas teve como principal consequência o drástico aumento da violência e criminalidade que afeta diretamente os cidadão comum, constantemente penalizado tendo a perda de sua liberdade, com os riscos presentes no cotidiano, com a menor oferta de empregos e com a deterioração dos serviços públicos. Para as famílias, a perda de um dos pais deixa uma legião de órfãos. Para o Estado, a violência urbana representa a perda de recursos como da saúde, educação e saneamento básico para financiar a infra-estrutura penitenciária, o combate ao crime organizado e o tráfico. 6ºComo o estigma das favelas funciona como suporte para as remoções? O estigma de que as favelas são locais de péssima condição de vida vida e com um alto grau de violência, serve para legitimar os Programas de remoções, usando a proposta de trazer melhores condições de vida para os favelados e uma forma de controlar a crescente violência vinda das favelas, acaba tendo o apoio da população que constantemente bombardeada com o esteriótipos das favelas pela mídia.

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