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Sistema Monetário E Inflação

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Por:   •  13/6/2013  •  3.423 Palavras (14 Páginas)  •  724 Visualizações

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SISTEMA MONETÁRIO E INFLAÇÃO

INTRODUÇÃO

O sistema monetário vigente até 1914 era o Gold Exchange (padrão-ouro): as moedas tinham lastro em ouro e eram conversíveis em ouro. Os Bancos Centrais de cada país trocavam moedas por ouro. Estavam, portanto, livres da intervenção do Estado. A exportação e a importação do ouro eram livres.

A partida da moeda de um país em relação à de outro era feita de acordo com a quantidade de ouro que elas representavam. Portanto, as flutuações monetárias eram insignificantes. Os déficits dos balanços de pagamento eram pagos com ouro.

Após a Primeira Grande Guerra (1914 a 1918), nações foram abandonando o padrão-ouro.

Após o término da Primeira Guerra Mundial, os países europeus estavam com suas economias debilitadas. Os sistemas de produção destruídos e as dívidas, decorrentes das despesas militares muito elevadas.

Vários países abandonaram o padrão-ouro, a inflação se generalizou e as taxas de câmbio ficaram instáveis. Voltaram os controles governamentais e, para se tornarem mais competitivas na exportação, muitas nações desvalorizaram suas moedas.

A política monetária é um dos meios mais importantes do controle da oferta de moeda na economia, ou seja, oferta monetária de um País. Sendo que a política monetária é um conjunto de medidas adotadas pelo Governo visando adequar os meios de pagamentos disponíveis as necessidades da economia do País.

No Brasil a política monetária constitui atualmente um instrumento de combate ao surtos inflacionários. Sua maior eficácia em relação a outras políticas econômicas deve-se a flexibilidade com que pode ser aplicada e ao conjunto de medidas práticas que põe ao alcance das autoridades desobrigando-as de submeter-se suas decisões ao legislativo. Sistema Monetário Internacional (FMI), o qual o Brasil faz parte vem de encontro com as necessidades para o qual o mesmo foi criado, para auxiliar aos países, com problemas financeiros, de forma a evitar problemas de liquidez no comércio internacional.

Na economia contemporânea, a moeda torna-se fiduciária, lastreada na economia internacional pelo dólar americano, ou seja, um papel emitido pelo governo dos Estados Unidos é por ele garantido. Assim sendo o maior demandante destes recursos torna-se o governo, que acaba tendo duas funções básicas que são de um lado o elemento garantidor da totalidade de papel moeda em circulação; e de outro, ele conforma um dos elementos constitutivos da demanda agregada, de papel moeda para fazer frente a seus gastos. Em função destes gastos surge o déficit público, inflação, que são os temas mais discutidos na atividade econômica.

Tem –se a chamada Moeda Fiduciária (de fidúcia, confiança), que elimina qualquer idéia de moeda representativa ou que tenha algum valor intrínseco. A moeda (o pedaço de papel) não tem qualquer valor em si mesma, mas este decorre da capacidade de adquirir outras mercadorias; independente do que seja a moeda, esta vale pelo seu poder de compra. Historicamente, a responsabilidade por esta forma de moeda passou definitivamente para as mãos do governo.

1.0)GOVERNO

Para abordamos o contexto monetário e inflacionário, temos que fazer uma breve sobre o papel do Governo na economia, isto é, atualmente o Governo está presente em inúmeras atividades da economia, seja ofertando e consumindo bens e serviços, seja regulamentando mercados. Por Governo entendemos apenas funções típicas do Estado: administrações diretas, judiciárias, legislativo, provisão de segurança nacional etc., que dependem de dotação orçamentária. As empresas estatais, que oferecem bens e serviços no mercado, cobrando um preço ou tarifa, não são diferenciadas na Contabilidade Nacional das empresas privadas. Logo concluímos que na esfera econômica e mister que o Governo desempenhe dupla função: de um lado ele é o elemento garantidor da totalidade de papel-moeda em curso; de outro, ele conforma um dos elementos constitutivos da demanda agregada e, nesse sentido, demanda papel-moeda para fazer frente a seus gastos. Entra na discussão do déficit público e emissão de moeda e inflação, tema este abordado do item 2.0.

2.0) CORRENTE DE PENSADORES: ORDODOXOS E HEREDOXOS.

Pensadores estes que tinham visão diferenciada sobre a política monetária sendo:

2.0.1) MONETARISTAS OU ORTODOXOS (CEPAL).

Escola econômica que sustenta a possibilidade de manter a estabilidade de uma economia capitalista recorrendo-se apenas a medidas monetárias, baseadas nas forças espontâneas do mercado e destinadas a controlar o volume de moedas e outros meios de pagamento no mercado financeiro. Para tanto, sugerem-se inúmeras políticas. Por exemplo: O governo pode comprar e vender letras de câmbio oficiais, aumentando ou diminuindo o volume de crédito no mercado financeiro. Pode aumentar ou diminuir as taxa de juros cobrada pelos bancos oficiais, para empréstimos aos bancos privados, que o repassam ao setor particular; e aumentar ou diminuir a parcela dos depósitos que os bancos privados são obrigados a manter sob guarda do Banco Central. Para os Ortodoxos é prejudicial à intervenção do Estado na expansão do desenvolvimento econômico, por meio de despesas de investimentos. Ao contrário, deve-se apenas dirigir cientificamente a evolução da massa de dinheiro em circulação para obter o desenvolvimento e a estabilidade econômica: a inflação e outros fenômenos teriam raízes puramente monetárias. Sendo que seu principal argumento que esses economistas utilizam na defesa de sua posição é a chamada equação quantitativa da moeda:

Para o motivo transacional da demanda de moeda, as pessoas reterão a moeda necessária para realizar os pagamentos para a aquisição de bens e serviços, isto é, para liquidar as transações.

A equação quantitativa da moeda fornece uma relação entre a quantidade de moeda e o valor total de transações realizadas e liquidadas em moeda, de acordo com a seguinte expressão:

MV = PT

Onde: M= quantidade de moeda

V= velocidade de circulação da moeda

. P= nível geral de preços

T= número de transações

O termo V, velocidade de circulação da moeda, mostra o “giro” de uma unidade monetária em um dado período de tempo, isto é, quantas vezes ela

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