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Socialização das Perdas

Por:   •  16/4/2015  •  Ensaio  •  908 Palavras (4 Páginas)  •  1.712 Visualizações

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Socialização das Perdas (revisão)

PERÍODOS DE RETRAÇÃO DO MERCADO EXPORTADOR, GRUPOS CAFEEIROS PRESSIONAM O GOVERNO PARA DESVALORIZAR A MOEDA.

  • Governo desvaloriza a moeda. A queda dos preços é compensada pela maior quantidade de mil-réis que os fazendeiros recebem.
  • A renda e o poder dos fazendeiros se mantêm no plano interno.
  • As perdas são repassadas às massas consumidoras nacionais, dependentes dos produtos importados pelos quais passam a pagar preços mais altos.
  • A baixa brusca do preço internacional do café acarreta queda do valor externo da moeda, que traz alívio para o setor cafeeiro, mas perdas para o conjunto da coletividade.
  • Com a atenuação dada pela depreciação, o empresário continua produzindo, gerando nova queda de preços e nova depreciação, agravando a crise.
  • O instrumento comercial, dessa forma, não era efetivo, pois o preço abaixava demais! Era necessário impedir que os estoques pressionassem mais os mercados. A única solução para não abandonar as colheitas era financiar a retenção dos estoques, com recursos do próprio país.
  • Washington Luís não assume o grande prejuízo, mantendo sua política de estabilização monetária iniciada em 1926.
  • Getúlio Vargas vai assumir o governo e ordena a queima de estoques de café, elevando os preços e normalizando o setor.

Política Cafeeira do Governo Provisório

  1. Baseou-se na compra de estoques pelo governo federal,
  2. Compras financiadas pelos créditos do Banco do Brasil e por taxação das exportações,
  3. O Instituto de Café de São Paulo foi gradualmente marginalizado do processo decisório relativo à política cafeeira e substituído por órgãos federais: Conselho Nacional do Café e Departamento Nacional do Café.

Meados de 1931: início da destruição de estoques. Por quê? Diferença entre o nível dos estoques e capacidade de absorção do mercado.

1933: A política do café foi organizada em bases mais permanentes. Padrão definido até 1937. Foram fixadas parcelas da colheita de 33/34 que seriam destruídas (40%), retidas (30%) e de livre negociação (30%), bem como os preços diferenciados de compra.

CELSO FURTADO

A política de defesa do setor cafeeiro nos anos da depressão foi um verdadeiro programa de fomento da renda nacional. Política anticíclica. Era um subproduto da defesa dos interesses cafeeiros. Sobre o desequilíbrio estrutural entre a oferta e a demanda de café, ver cap.30.

• Ao mesmo passo que protegia os plantadores, o governo começou a incentivar uma despolarização da economia em volta do café.

 • O governo passou a incentivar a indústria.

  • Nível de emprego é mantido. Nos anos seguintes, a produção só cresce por efeito da plantação dos anos anteriores, e não de novas. Começava a industrialização nacional.
  • Até então o que prevalecia era a lei de say que a oferta cria sua própria demanda. Keynes prioriza a demanda efetiva.
  • Esta nova orientação econômica representou o deslocamento do eixo dinâmico; de um modelo agro-exportador para um urbano-industrial.

Política de Defesa do café dos anos 30: Pré-Keynesiana?

• Interpretação tradicional – ao gerar déficits fiscais para comprar a produção excedente de café, o governo teria adotado políticas pré-keynesianas de sustentação da renda.

Revisionistas – pelo contrário, a política econômica de Vargas teria prejudicado a retomada do nível de atividade econômica, já que objetivavam o equilíbrio fiscal do governo (eram ortodoxas).

• Dados mostram que o maior nível de gastos do governo influencia positivamente o nível da renda.

• Acomodação do choque fiscal via aumento do déficit público permite afirmar que SIM, a política econômica do Governo Provisório foi pré-keynesiana.

Reorientação da demanda – Causas:

• Desequilíbrio do BP exigiu medidas.

• As medidas foram o controle de importações e a desvalorização cambial.

• Resultado: expansão do saldo comercial.

• Consequência: reorientação da demanda para a produção doméstica.

Grande Depressão – 1930

Maria da Conceição Tavares:

  • Crise gerou efeitos negativos no Brasil, mas de menor intensidade e duração do que em outros países, pelo fato de o governo ter adotado uma política ortodoxa.
  • Política ortodoxa adotada: – MANUTENÇÃO DA RENDA
  • Política de defesa do café (desvalorização cambial e compra e queima de estoques). Financiada, em parte, com crédito e emissão de moeda doméstica.
  • Grande Depressão - 1930 – DESLOCAMENTO DA DEMANDA.
  • Desvalorização cambial – a aumento do preço dos produtos importados.
  • Início do processo de substituição.
  •  Demanda deslocada: de produtos importados para nacionais.

Processo de ISI

  1. Estrangulamento externo (ex: queda no valor das exportações) Demanda interna aumenta, gerando escassez de divisas.
  2.  Governo toma medidas para o controle da crise, protegendo a indústria nacional.
  3. Geração de onda de investimentos nos setores substituidores de importação. Produz-se internamente o que antes era importado.
  4. Aumento da renda Nacional e da demanda interna.
  5. O total importado não muda, mas sim, o perfil dos produtos importados.
  6. Em função do crescimento da demanda, observa-se novo estrangulamento externo, que se traduz em aumento das importações.
  7. Nova crise. Reinício do processo.

Industrialização por Etapas

  1. Bens de consumo não-duráveis (calçados, têxteis, alimentos).
  2. Bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, automóveis, etc).
  3. Bens intermediários (ferro, aço, cimento, petróleo, químicos, etc).
  4. Bens de capital (máquinas, equipamentos).

Bancos comerciais

Em contraste com o que aconteceu na Alemanha e nos EUA, os bancos comerciais brasileiros resistiram bem à crise.

Eles foram amparados por políticas acomodadoras que procuravam reforçar a confiança no sistema bancário. Que são:

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