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Síntese do Livro Planejamento Social, intencionalidade e instrumentação de Myrian Veras Baptista

Por:   •  17/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.074 Palavras (9 Páginas)  •  8.411 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho é uma síntese do livro Planejamento Social, intencionalidade e instrumentação, de Myrian Veras Baptista. O texto trata do planejamento como processo técnico-político, abordando seus elementos constitutivos: construção do objeto, estudo de situação, definição de objetivos, planificação, implementação, implantação, controle, avaliação e retomada do processo.

Nesse contexto, analisa a trajetória para tomada de decisões, suas técnicas e instrumentos.

PLANEJAMENTO SOCIAL: intencionalidade e instrumentação – Myrian Baptista

Myriam Veras Baptista concebe o planejamento como um processo permanente e metódico, de abordagem racional e científica, supõe uma sequencia de atos decisórios, ordenados em momentos definidos, baseados em conhecimentos teóricos, científicos e técnicos. O planejamento diz respeito à seleção de atividades necessárias, a decisão sobre caminhos a serem percorridos pela ação, acompanhamento da execução e avaliação para redefinir a ação. Organiza-se o planejamento com reflexão, decisão, ação e retomada da reflexão.

A reflexão concerne o conhecimento dos dados, análise e estudo de alternativas; a decisão é a escolha das alternativas, determinação dos meios e definição dos prazos; a ação está relacionada à execução das decisões, é o foco central do planejamento; a retomada da reflexão é a operação crítica dos processos e efeitos da ação planejada, com vistas ao embasamento do planejamento das ações posteriores.

O planejamento como um processo político se caracteriza por ser um processo contínuo de tomada de decisões, inscritas na relação de poder envolvendo uma função política. Tradicionalmente dava ênfase ao elemento técnico, atualmente a ênfase é dada também ao elemento político.

Hoje se tem a certeza de que, para que o planejado se efetive na direção desejada, é fundamental que, além do conteúdo tradicional e de leitura da realidade para o planejamento da ação, sejam aliadas à apreensão das condições subjetivas do ambiente em que ela ocorre: o jogo de vontades políticas dos diferentes grupos envolvidos, a correlação de forças, a articulação desses grupos, as alianças ou incompatibilidades existentes entre os diversos segmentos ( BAPTISTA, 2007, p.18 ).

Podendo ter viabilidade ou não na proposta. Esse planejamento como processo político também deve ter equacionamento, sendo que este é um conjunto de informações significativas para a tomada de decisões, que são encaminhadas pelos técnicos de planejamento ao centro decisório. Decisão, que é a escolha entre as diferentes opções, fazer escolhas que serão necessárias no decorrer do processo e atentar para o jogo do poder.

A operacionalização é o detalhamento das atividades a serem realizadas, que foram anteriormente decididas, desmembrando-se em planos, programas e projetos e por fim a ação, que será as providencias que transformarão em realidade o que foi planejado, sendo esta o foco central do planejamento.

O desdobramento do planejamento como processo técnico-político se faz a partir do reconhecimento da necessidade de uma ação sistemática perante a questões ligadas à pressões ou estímulos determinados por situações que, em um momento histórico, colocam no imediato da prática.

Nesse processo de construção, tendo por objetivo a explicitação e a superação dinâmica do objeto, o planejador vai apreendendo suas diferentes dimensões e detectando espaços de intervenção que irão permitir uma ação mais efetiva sobre a problemática, e a partir de sua problematização, sobre as questões que o determinam.

Na prática, a (re) construção do objeto de ação profissional é um processo que envolve operacionalização das demandas institucionais, pressão dos usuários e das decisões profissionais, (BAPTISTA, 2007, p.32).

O objeto do planejamento é a intervenção profissional (ação) em um segmento/situação da realidade que lhe é posto como desafio.

O objeto de intervenção nunca estará perfeitamente delineado, delimitado, ele vai se construindo e se reconstruindo no decorrer de toda a ação planejada.

A reconstrução do objeto profissional efetua um tríplice movimento: de crítica, de construção de algo novo e de nova síntese do plano, no conhecimento da ação em movimento que vai do particular ao universal e retorna ao particular em outro patamar, desenhando um movimento que traduza relação ação/conhecimento (teoria/prática).

Para Baptista, o estudo de situação é a caraterização, a compreensão e a explicação de uma determinada situação, tomada como problema para o planejamento.

No início, a realidade apresenta-se como uma imagem caótica, depois vai sendo substituída por apreensões mais precisas e mais complexas, esse é o processo de reflexão da realidade.

O estudo da situação se faz por aproximações intencionais, que aspectos destacaremos e que deixaremos de fora. O motor da construção do objeto é a intencionalidade.

O estudo de situação deverá ser considerado um conjunto de informações constantemente alimentado durante todo o processo de planejamento, esse conjunto de informações deverá se constituir em insumos permanentes para o planejamento da ação e consiste ainda, na reflexão e na compreensão, na explicação e na expressão de juízos ante os dados coletados.

Segundo a autora, o estudo de situação se configura tendo por base as seguintes configurações: levantamento de hipóteses preliminares, construção de referenciais teórico-práticos, coleta de dados, organização e análise ( descrição/interpretação/compreensão/explicação dos dados obtidos), identificação das prioridades de intervenção, definição dos objetivos e estabelecimento de metas e análise de alternativas de intervenção.

A planificação, no processo de planejamento, é realizada no momento em que, após a tomada de um conjunto de decisões, definidas em face de uma realidade determinada, inicia-se o trabalho de sistematização das atividades e dos procedimentos necessários para o alcance dos resultados previstos. Essas decisões são explicitadas, sistematizadas, interpretadas e detalhadas em documentos que representam graus decrescentes de níveis de decisão: planos, programas e projetos (BAPTISTA, p. 97).

Sintetizando, a planificação é um trabalho de sistematização das atividades e dos procedimentos necessários para o alcance dos resultados previstos, que geralmente tem-se em documento preliminar, que receberá a sanção dos centros

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