Teoria Comportamental - ADM

Teoria Comportamental da Administração

Também conhecida como Teoria Behaviorista, trouxe nova concepção e novo enfoque para a teoria administrativa com a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. Continua dando ênfase às pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo.

Origens da Teoria Comportamental

1. Oposição obstinada e definitiva da Teoria das Relações Humanas em relação à Teoria Clássica, seguindo para a teoria Comportamental, tentando sintetizar a teoria da organização formal focada nas relações humanas.

2. Apesar de compartilhar alguns dos conceitos da Teoria das Relações Humanas, usando-os como inspiração, reformula-os e rejeita-lhes as concepções românticas e ingênuas.

3. Crítica à Teoria Clássica e seus autores por sua rigidez e mecanicismo.

4. Incorporou-se a Sociologia da Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa.

5. Em 1947, surge o livro O Comportamento Administrativo de Herbert A. Simon, que marca o início da Teoria Comportamental e da Teoria das decisões.

6. No final da década de 1940 surge a Teoria Comportamental redefinida, reagrupando as abordagens das teorias anteriores, ampliando seus conceitos e diversificando sua natureza.

Novas Proposições sobre a Motivação Humana

Fundamentando-se no comportamento individual das pessoas, usando o estudo da motivação humana, a Teoria Comportamental explica o comportamento organizacional onde os autores entendem que para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações, o administrador precisa conhecer as necessidades humanas, compreendendo-lhes o comportamento e usando-lhes a motivação.

Hierarquia das Necessidades de Maslow

As necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, obedecendo a uma hierarquia de importância e influencia. Representada por uma pirâmide, onde em sua base estão às necessidades mais baixas e no topo as mais elevadas.

1. Necessidades fisiológicas – É o nível mais baixo e o mais vital. Sobrevivência e preservação. Instintivas e inatas. Se uma delas não estiver satisfeita, domina a direção do comportamento.

2. Necessidades de segurança – No segundo nível das necessidades humanas, tem grande importância no comportamento humano porque funcionam como elementos organizadores quase exclusivos do comportamento.

3. Necessidades Sociais – Se as necessidades sociais não estão satisfeitas o indivíduo torna-se resistente, antagônico e hostil em relação aos demais que o cercam. O afeto é uma força motivadora muito importante.

4. Necessidades de Estima – Relacionadas a maneira como o individuo se vê e se avalia. A frustração dessas necessidades pode levar ao desânimo ou atividades compensatórias.

5. Necessidade de autorrealização - No topo da hierarquia, são as mais elevadas. Relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo.

Teoria dos dois fatores de Herzberg

Para explicar o comportamento humano em situações de trabalho, Frederick Herzberg formulou a teoria dos dois fatores que são independentes e não vinculadas.

1. Fatores Higiênicos – ou fatores extrínsecos – Administradas e decididas pela empresa, fora do controle das pessoas. Esses fatores apenas evitam a insatisfação, mas não provocam satisfação. Também chamados fatores insatisficientes.

2. Fatores motivacionais – ou fatores intrínsecos – Relacionados com o conteúdo do cargo e a natureza das tarefas que a pessoa executa. Quando os fatores motivacionais são ótimos, provocam a satisfação nas pessoas, mas quando são precários, evitam a satisfação, por isso, são também chamados satisficientes.

Estilos de Administração

A administração das organizações em geral é condicionada pelos estilos com que os administradores dirigem o comportamento das pessoas. Cada teoria administrativa baseia-se em convicções sobre o modo que as pessoas se comportam dentro das organizações.

Teoria X e Teoria Y

McGregor compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar, sendo um deles baseado na teoria tradicional e o outro baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano.

Teoria X

Estilo administrativo rígido e autocrático. Obriga o trabalho dentro de esquemas e padrões para alcançar os objetivos da organização, as pessoas são vistas como meros recursos e meios de produção. É o típico estilo da Administração Científica de Taylor, da Teoria Clássica de Fayol e da Teoria da Burocracia de Weber, baseada em convicções errôneas sobre o comportamento humano:

1- As pessoas são naturalmente indolentes e preguiçosas. Trabalham em troca de recompensas salariais ou materiais.

2- Não são ambiciosos, não assumem responsabilidade e são dirigidos. Egocêntricos com objetivos pessoais que se opõem aos da organização.

3- Por natureza resistem às mudanças em busca de segurança. Não assumem riscos que as colocam em perigo.

4- Sendo dependentes são incapazes de autocontrole e autodisciplina.

Características da administração, segundo a Teoria X:

Promove os recursos da empresa no interesse de seus objetivos econômicos; controla o comportamento das pessoas para atender às necessidades da empresa, usam persuasão, recompensas e punições - remuneração -padronizando-as dirigindo-as em função dos objetivos da empresa.

Teoria Y

É a concepção moderna de administração conforme a Teoria Comportamental, sem preconceitos com a natureza humana. Estilo aberto e democrático para criar oportunidades, encorajar o crescimento individual e orientar quanto aos objetivos. Participativo, baseado em valores humanos e sociais.

1- As pessoas não têm desprazer inerente em trabalhar. Se voluntário, dependendo de certas condições, o trabalho é prazeroso. Quando é evitado sempre que possível pode ser fonte de punição.

2-