TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Tocqueville: A sociedade moderna como "democracia"

Por:   •  6/6/2016  •  Resenha  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  687 Visualizações

Página 1 de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESTADO MODERNO E CAPITALISMO

DCP 023

Tocqueville: A sociedade moderna como "democracia"

Alexis de Tocqueville (1805-1859) foi um escritor, pensador político e historiador francês, nascido em família aristocrática da nobreza francesa.

Autor do livro “Democracia na América” (1835), cujo esboço foi escrito durante viagem aos Estados Unidos da América, em 1931. Inicialmente esta viagem teria como objetivo a realização de uma pesquisa sobre o código penal americano. A primeira parte do livro, publicada em 1935, contém reflexão sobre as instituições e a sociedade americana, e considera este país como representante da democracia emergente. Em 1940, Tocqueville publica a segunda parte de sua obra literária, tratando de questões sobre igualdade e versus liberdade dos indivíduos. Segundo ele, a revolução americana era mais genuína em relação aos desejos populares do que os movimentos revolucionários de seu próprio país. Neste sentido, descreve a democracia como algo que não tem volta e os EUA representam a democracia emergente.

No contexto de transição da sociedade aristocrática para democrática, algumas características apresentam sentidos opostos.

Na sociedade aristocrática a estética é o centro, podemos entender isso visualizando os castelos da época, seus jardins, músicas e eventos da nobreza, etc. Na educação os gênios prevalecem, as virtudes são heroicas, as ações grandiosas e hediondas, temos uma sociedade brilhante com força e glória nacional.

Em sentido contrário, a sociedade democrática leva a economia para o centro, a vida material e o bem-estar “geral” torna-se uma meta, sobre a genialidade prevalece a razão, o objetivo de educar o maior número de pessoas prevalece sobre a qualidade do ato de ensinar, os hábitos são tranquilos, a sociedade próspera e o bem-estar individual (proteção contra a miséria) é o objetivo maior.

A mercantilização foi fundamental para o processo transitório de sociedade aristocrática para democrática pois promoveu o enriquecimento da burguesia e paralelamente a falência de nobres aristocratas. Havia, na sociedade aristocrática, uma estratificação estamental (nobreza e plebe), ou seja, a estratificação social era por nascimento, porém, na sociedade democrática, deu lugar a uma estratificação social baseada na economia. Houve também a substituição da política dinástica pela política “plebléia”, com princípios de igualdade política, soberania popular e sufrágio universal, valores iniciais que foram se afirmando através dos séculos.

No entanto, a massificação da sociedade democrática fez emergir o “político profissional”. Surgem os partidos como “máquinas” eleitorais para a disputa dos votos, a competição pública pelo poder político e a conversão impessoal “burocrática” do poder.

Max Weber escreve, em 1918, o livro “A Política como Vocação” tratando da especialização profissional da política.

Para Weber, a expansão do mercado promoveu o desenvolvimento de uma sociedade mercantil, “plebeia” e anti-aristocrática, uma sociedade complexa, de larga escala e massificada decorrente de uma maior concentração populacional, onde tudo é muito mais urbanizado, onde o caos é instalado e qualquer característica de aristocracia vai desaparecendo. Nada mais

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.7 Kb)   pdf (66.8 Kb)   docx (11 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com