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Democracia: horizontes nas sociedades modernas

Por:   •  17/10/2016  •  Dissertação  •  724 Palavras (3 Páginas)  •  279 Visualizações

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Dissertação: “Democracia: horizontes nas sociedades modernas” DEMOCRACIA substantivo feminino 1. 1. governo em que o povo exerce a soberania. 2. 2. sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas. Antes do surgimento da democracia, o regime político da Grécia era controlado por grandes proprietários de terra, tal privilégio tinha como critério somente o laço de sangue do futuro herdeiro. Com o surgimento do ideal “democrático”, a minoria rica perdeu seu lugar para a figura de um cidadão capaz de argumentar, fazer escolhas, criticar concepções e defender perspectivas. Entretanto, a democracia como conhecemos hoje surgiu apenas com organizações de moradores da Grécia antiga, e para eles, a noção de democracia era bastante diferente da que hoje experimentamos e acreditamos ser “única”. Lá, a condição de cidadão era somente dada a moradores financeiramente abastados ou influentes na sociedade, o que excluía grande parte da população que não poderiam participar de nenhuma das questões políticas de seu tempo: Mulheres e crianças (pois eram consideradas “naturalmente inferiores”) Escravos (por serem marginalizados durante toda sua vida e não terem o preparo intelectual necessário para exercer a política) Estrangeiros (não nascidos na Grécia, pois aqueles que não compartilhavam dos mesmos costumes de Atenas não poderiam ter a compreensão necessária para escolher o melhor para a Pólis) Diferente dos dias atuais, essa opção não envolvia nenhum tipo de interesse político, mas refletiam diversos valores que eram anteriores ao início do ideal democrático. Deve-se também levar em conta que o ideal democrático foi influenciado pelas discussões políticas dos intelectuais que defendiam os ideais burgueses do movimento iluminista no século XVIII. Neste período surgiram os sofistas que criticavam duramente os pensadores cosmologistas (que tinham a preocupação de explicar racionalmente as origens do mundo, a personalidade do homem e a ordem da natureza) e ignoravam toda a lógica dos filósofos, afirmando que o convencimento das ideias era o que importava. Tal concepção oferecida pelos sofistas se tornou importante durante o início da democracia, pois as assembleias eram baseadas em discussões onde os próprios cidadãos decidiam a aprovação das leis para os cidadãos. Atualmente, ao tentar definir a democracia ( “governo” –cracia– e “do povo” –demo–) falamos que o “governo pertence ao povo” e a grande maioria da população entende que tem o direito de participar do cenário político de seu país: ao tomar nosso país (Brasil) como exemplo, pode-se dizer que a nossa democracia permite que a grande maioria exerça seus direitos políticos: uma parte dos menores de 18 anos (à partir dos 16 anos) tem permissão para voto, permite que pessoas com mais de 70 anos continuem a exercer seu direito de votar e analfabetos que antes eram vistos como “inaptos”. Nossa constituição também não prevê nenhuma obstrução religiosa, política, étnica ou econômica para quem deseje votar. Por outro lado, a velha mídia tradicional brasileira continua a manter-se firme quanto à democracia, mantendo ideais antigos que remontam ao ditatorialismo: não se ancora em empresas públicas e sim privadas, buscando somente retorno econômico (o que faz com que ela dependa não do leitor, ouvinte ou telespectador, mas sim de grandes empresas); pode-se dizer que da capa até a ultima página, a visão e opinião dos donos da publicação pode ser encontrada em cada palavra, não deixando, assim, espaço para interpretações, mas sim adestrando seu leitor. Uma mídia que tenta classificar quem é democrático – partidos, governantes, governos e etc. – é ditatorial e autoritária, que escolheu ignorar a nova opinião política da maioria, que elegeu e reelegeu partidos de esquerda, expressando somente a opinião e os interesses da minoria burguesa direitista do país. Portanto, a imprensa falida brasileira não é democrática, é apenas um resquício sobrevivente do passado oligárquico que o país viveu, que começou a ser superado por governos a que, obviamente, essa mesma imprensa se opõe. A democratização do Brasil começou pelas esferas econômica e social, mas precisa agora chegar às esferas políticas e, claro, à velha imprensa. Um país democrático não é aquele que só distribui de forma igualitária os bens que a sociedade produz, mas aquele que tem representações políticas eleitas pela vontade popular, e nunca pela vontade do dinheiro; que forma suas opiniões de forma pluralista e não oligárquica. Um país democrático não é aquele em que o oprimido deixa de falar, mas sim o que todos falam para e por todos

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