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Trabalho Qualitativo e Quantitativo

Por:   •  17/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.743 Palavras (7 Páginas)  •  392 Visualizações

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Difíceis e Possíveis Relações entre Métodos Quantitativos e Qualitativos nos Estudos de Problemas de Saúde

Maria Cecília de Souza Minayo e Carlos Minayo-Gómez

CARLA PEREIRA DE ANDRADE – B551HC-1


Difíceis e Possíveis Relações entre Métodos Quantitativos e Qualitativos nos Estudos de Problemas de Saúde

Fichamento

Inicialmente, as autores se posicionam mediante uma introdução, para situar o leitor do tema a ser abordado, de forma clara e objetiva.

“Pretendemos discutir especificamente questões metodológicas, entendendo que este foco de debate só tem sentido quando não se dissociam teoria e método. Por isso teremos como parâmetro, em primeiro lugar que, pelo menos teoricamente, já existe no campo acadêmico da saúde coletiva a compreensão compartilhada de que, saúde e doença, por significarem processos complexos e apresentarem múltiplas dimensões, devem ser abordadas por meio da contribuição de conceitos e categorias de várias disciplinas. Em conseqüência, tanto o ato da pesquisa como as práticas sanitárias necessitam ter em conta, também, a busca de adequação de várias e diferenciadas abordagens metodológicas. Para aprofundar esta reflexão, partiremos da crítica interna da prática de investigação em ciências sociais e como isso repercute no debate teórico do campo da saúde. E por fim, trataremos especificamente das relações entre quantitativo e qualitativo nas abordagens epidemiológicas e de ciências sociais e saúde.”

Inicialmente, os autores se posicionam mediante uma introdução, para situar o leitor do tema a ser abordado, de forma clara e objetiva. Explícita a importância da junção entre teoria e método, e complementação dos dois aspectos para compreensão dos parâmetros a serem abordados ao longo do capítulo. As facetas dos conceitos de qualitativo e quantitativo serão abordadas no campo da saúde, portanto, cabe a apresentação conceitual como o feito, de saúde e doenças como complexos e opostos significados, acentua a necessidade de compreensão em vários aspectos e teorias, para assim, poder interliga-los à dimensão qualitativa e quantitativa das pesquisas. Logo após o trecho acima mencionado, é apresentada uma breve descrição das ideias, de bibliográficas, escritas em parceria das duas autoras acerca do tema, e ainda uma breve síntese de suas ideias a respeito, bem como de suas semelhanças e diferenças, seguidas de uma pauta de como os assuntos serão abordados em ordem cronológica no texto.

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O primeiro Subcapítulo começa tendo como tema a “Oposição entre Métodos Quantitativo e Qualitativo em Ciências Sociais”, iniciando-se com uma breve pauta história e menção de alguns autores e obras acerca do tema. Menciona ainda que as duas referidas formas de abordagem se darão como polêmica, o que talvez, posas instigar o leitor na leitura e compreensão da tese.

No decorrer do primeiro subcapítulo, os autores apresentam de forma histórica, e ainda em cronologia, os fatos que influenciaram para a ascensão das duas matrizes de abordagem, sem ainda, correlaciona-los com a saúde, fato esse, que, embora importante, pesa a leitura, por conter somente fatos narrados historicamente, em a relação com a atuação profissional.

Apresenta como marco, uma divisão de ideias dos pesquisadores da época, entre as duas formas de abordagem. Enquanto alguns se afeiçoavam pela ordem numérica dos fatos, outros partiam para ordem teórica, e ainda outros, pensavam nas duas esferas como complementares e não excludentes, porém, a abordagem qualitativa, foi reduzida á simples pesquisa exploratória, e na confusão das duas modalidades, a pesquisa quantitativa perdeu sua força.

“Uma das características da produção dessa época foi, de um lado, a aversão dos pesquisadores a teorias, de outro, sua identificação com o formalismo matemático. O pensamento dominante pontificava que as teorias são idéias a serem testadas por estudos estatísticos e que, ‘após uma exploração qualitativa’, é sempre necessária uma ‘pesquisa quantitativa’. Todos os aspectos levantados sobre essa conjuntura que lhe foi totalmente adversa fizeram que a prática da abordagem qualitativa ficasse reduzida à noção de ‘pesquisa exploratória”{...}

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Somente nos anos 60, o método qualitativo, volta a ganhar espaço no antro das pesquisas. E segundo os autores, esse renascimento surgiu, não isolado, mas complementar á pesquisa qualitativa, ou seja, quando ele sita, que a abordagem qualitativa, ressurge para justificas o teor cientifico, subentende-se que a os números, e a análise estatística dos dados, características da pesquisa quantitativa, viriam pra reafirmar os dados teóricos obtidos na pesquisa qualitativa.

A década de 60 marca o início do retorno com a discussão do espaço específico, do sentido e da utilidade do método qualitativo na pesquisa social. Por ter sido e ainda se constituir no foco preferencial do positivismo sociológico, a história da decadência e do reflorescimento da abordagem qualitativa na américa do norte chama mais atenção do que nos outros centros de pensamento do mundo ocidental. Mas o revival se deu como um processo muito mais universal (...) Esse renascer da pesquisa qualitativa atuou exatamente nos pontos fracos da primeira fase, ou seja, dando consistência a todas as etapas do processo de trabalho e justificando seu teor científico. {...}

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Remarcam assim, na década de 70, um renascimento, em diversos aspectos da sociedade civil, economia de mercado, politica, e dessa forma a amplificação de pesquisas e estudos nesses ramos. E assim, a pesquisa qualitativa ressurge, e recupera seus real significado, e perde a falsa idealização criada sobre ela como pesquisa exploratória, e agora ganha o teor de pesquisa cientifica.

“A década de 70 foi particularmente próspera, sobretudo a partir da sua segunda metade. Tratava-se de um tempo novo marcado pela crise dos modelos ‘totalitários’ na ciência e na política. A revalorização da antropologia para o conhecimento não só das comunidades ditas ‘primitivas’, mas também das sociedades complexas em seu pluralismo e multiculturalidades, a força da sociedade civil advogando o papel positivo das diferenças, a relevância do conhecimento dos indivíduos e grupos até para impulsionar o mercado, a propaganda e o marketing contribuíram para a redescoberta do sentido dos estudos qualitativos. E assim, um movimento cultural, ao mesmo tempo interno ao campo acadêmico e externo a ele, furou o bloqueio da ‘maldição ontológica’ relativa à inferioridade científica da metodologia qualitativa. Abriu-se uma perspectiva em larga escala no pensamento ocidental, para a aproximação de uma multiplicidade de assuntos teóricos e de temas de interesse social e bem para o encontro entre abordagens metodológicas. A partir de então começaram a se multiplicar estudos qualitativos em todas as disciplinas do social, incluindo-se, dentre outras, a economia, a administração e a ciência política.”

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