A FAMÍLIA NO COTIDIANO ESCOLAR

A FAMÍLIA NO COTIDIANO ESCOLAR

Eneide Leão de Almeida

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – PEDAGOGIA/2019

RESUMO

O tema escolhido para esse trabalho à família no cotidiano escolar teve como objetivo geral compreender a relevância da participação da família no processo de ensino-aprendizagem, a necessidade de amparo e afeto por parte dos responsáveis para um melhor desempenho das crianças, além da importância de ações no âmbito escolar que possam contribuir com a mudança de posturas da escola e dos responsáveis a cerca desse problema. Esse levantamento foi feito numa turma de alfabetização na rede municipal de ensino, localizada no município de Vila Velha. Essa pesquisa investigou como as famílias de hoje participa na educação escolar de seus filhos e como essa parceria família/escola influencia no desenvolvimento educacional do aluno e na sua formação como sujeito. A análise de dados foram coletados através dos seguintes instrumentos: observação do cotidiano escolar e entrevistas com professores, coordenador pedagógico e pais de alunos. Essa coleta de dados se caracterizou de forma qualitativa e descritiva sendo de cunho bibliográfico tendo como referencial teórico autores como, ARCKERMAM (1980, MARQUES (2000), TIBA (1996), e outros que discutem essa temática).

Palavras-chave: FAMÍLIA, ESCOLA, A CRIANÇA.

INTRODUÇÃO

A importância da escolha desse tema se deu a partir da necessidade em buscar dentro de referenciais teóricos um melhor entendimento pela falta de apoio por parte dos responsáveis das crianças no seu desenvolvimento durante o processo de ensino-aprendizagem, e como esses conhecimentos poderão contribuir indo de encontro de solucionar esses desafios, estabelecendo assim uma parceria que venha favorecer tanto o educando quanto à escola.

Sabemos que a família é o primeiro mediador entre o homem e, sociedade, segundo MARQUES (2000), ela é a matriz da unidade da reprodução do ser humano nas suas condições materiais, na existência sociocultural e na qualidade de sujeito em processo de singularização desde a segurança afetiva, a participação da família no cotidiano escolar é de grande importância para a escola.

Devemos considerar que quando a criança vai para a escola leva consigo uma história e um aprendizado que adquiriu durante seu convívio social estimulado pela

família, e que na escola esse estímulo, ou a ausência, continua influenciando na sua vida escolar.

A escola segundo FREIRE (1996), é concebida como um espaço de relações, que está ligada a sociedade que a mantém e ao mesmo tempo fator produtivo da sociedade.

Ao perceber a sociedade podemos reconhecer que existem famílias de muitas formas, apenas um tutor, pai, mãe, duas mães, dois pais, crianças criadas pelos avós, tios, tias. Essa mudança do conceito de família e a insistência da escola em permanecer percebendo a família com pai, mãe e filhos, me intrigaram a ponto de pensar em escrever sobre esse tema.

Se temos hoje vários tipos de famílias, como estas têm participado do cotidiano escolar de suas crianças? Para tanto, apresentamos o seguinte problema de investigação: como a família participa do cotidiano escolar dos seus filhos?

Como objetivo, busquei compreender como a família de hoje tem participado do cotidiano escolar de seus filhos no ensino fundamental I, a partir da concepção dos pais e responsáveis, em uma escola localizada no município de Vila Velha.

Como objetivos específicos busquei compreender como em uma sociedade tão corrida e complexa a família tem lugar para a escola; analisar compreensivamente a participação da família na escola; perceber os vários desenhos de família, descrever como a família participa do desenvolvimento escolar dos seus filhos.

Algumas hipóteses foram levantadas quando pensamos no tema, como a ideia de que o desenvolvimento do sujeito está ligado à dinâmica familiar; que a formação do indivíduo depende da parceria família/escola; que a participação dos responsáveis na escola melhora o desempenho dos alunos, e que os problemas de aprendizagem dos alunos estão fortemente ligados à realidade familiar e a participação da família no processo de ensino-aprendizagem.

No que se refere à natureza do problema, trata-se de uma pesquisa qualitativa, que busca compreender a participação da família na escola e o quanto isso afeta no processo de ensino-aprendizagem das crianças do ensino fundamental, em especial das escolas de Vila Velha. Segundo GIL (2001), a pesquisa qualitativa considera a relação existente entre o mundo e o sujeito. Para isso, não é necessário o uso de coletas de dados já que a subjetividade do sujeito não pode ser traduzidas em números. GIL (2002), ainda afirma que os focos principais de abordagens desse tipo de pesquisa são o processo e seu significado.

A pesquisa foi realizada em uma escola do ensino fundamental I com uma turma do primeiro ano e, teve como sujeitos, as famílias dos alunos e a equipe pedagógica da escola.

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto e como instrumento de coletas de dados foram realizados questionários com os responsáveis e entrevistas com a equipe pedagógica, além de observação no cotidiano escolar.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1. A FAMÍLIA

Uma boa relação família e escola deve elencar qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo o aluno. A escola deve por sua vez manter uma reciprocidade com os responsáveis pelas crianças, discutindo, informando e orientando sobre todos os aspectos a cerca do desenvolvimento e da contribuição para a sua formação global como descreve (PIAGET, 2007 p.50) [...] se toda criança tem direito a educação, é evidente que os pais também possuem o direito de serem, senão educados, ao menos, informados no tocante à melhor educação a ser proporcionada a seus filhos.

É importante que a família aproveite esses momentos que a escola propicia em participar da intimidade dentro do contexto escolar. Quanto maior for essa parceria, melhores serão os benefícios para ambas às partes. [...] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo, no entanto, as famílias têm suas particularidades, que a diferenciam da escola e suas  necessidades que aproximam dessa instituição.

A escola tem sua metodologia filosofia, no entanto ela necessita da família para concretizar seu projeto educativo. [PAROLIM, 2003, p.99]. Essa mudança do conceito de família, os vários desenhos atuais de família e a insistência da escola em permanecer percebendo a família como pai, mãe e filhos, me intrigaram a ponto de pensar em escrever sobre isso.

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