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A Publicidade Infantil Abusiva

Por:   •  8/3/2021  •  Artigo  •  2.636 Palavras (11 Páginas)  •  163 Visualizações

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1. Introdução

Nossas vidas giram em torno de um sistema econômico muito opressor,

onde todas as saídas nós vemos um cunho comercial, nossas crianças não

fogem dessa realidade, podendo assim ter seu potencial desenvolvimento

abalados por certas influências.

O intuito da publicidade é promover ideologias ou incitar desejos em seus

consumidores, pela grande veiculação de publicidade por todos os meios de

comunicação. Nossas crianças já nascem em contato com muita tecnologia e isso

pode ser algo negativo para elas, gerando, desde a infância um desejo

consumista muito grande, algo que poderia ser evitado com uma legislação mais

rigorosa e um acompanhamento mais próximos de pessoas responsáveis a

educá-las.

Infelizmente muitas crianças no Brasil acabam pulando uma fase muito

importante em suas vidas, a fase de brincar, não ter que se preocupar com

responsabilidades e coisas do tipo, isso se dá pelo movimento de adultização

precoce, proveniente da grande agitação que nós vivemos nos dias de hoje.

Todas as nossas relações acabam sendo muito rasas em função do pouco

tempo, ninguém vive com intensidade do momento, todos estamos sempre

correndo, mas quando vemos, nossas vidas já passaram.

2. Indústria Cultural

O conceito de indústria cultural nasceu a partir dos pensamentos e

conclusões de Theodor Adorno com a necessidade de catalogar a produção de 1

massa no capitalismo industrial. O intuito desse conceito foi denominar a

produção de conteúdo voltada para o lucro e consumo excessivo da massa. Isso

1 ADORNO, T. W. e HORKHEIMER, M. “ Dialética do Esclarecimento ”, 1944.

2

foi um denominador importante na produção da publicidade, no início do intitulado

Capitalismo Industrial.

A partir do conceito de indústria cultural podemos dizer que dessa forma o

capitalismo atinge todas as classes sociais e todas as faixas-etárias com todos os

tipos de publicidade possíveis (Somos bombardeados todos os dias com milhares

de peças publicitárias, anúncios nas redes sociais, comerciais de televisão, email

marketing, entre outras formas de divulgação), no pressuposto de engajamento

com o produto e/ou a marca a ser veiculado na propaganda.

A idéia de que o mundo quer ser enganado tornou-se mais

verdadeira do que, sem dúvida, jamais pretendeu ser. Não somente os

homens caem no logro, como se diz, desde que isso lhes dê uma

satisfação por mais fugaz que seja, como também desejam essa

impostura que eles próprios entrevem; esforçam-se por fecharem os

olhos e aprovam, numa espécie de autodesprezo, aquilo que lhes ocorre

e do qual sabem por que é fabricado. Sem o confessar, pressentem que

suas vidas se lhes tornam intoleráveis tão logo não mais se agarrem a

satisfações que, na realidade, não o são (Adorno, Indústria Cultural,

1967).

A grande massificação através da indústria cultural se dá em boa parte

pela padronização do consumo na vida cotidiana, ponto explorado pelos meios de

comunicação que não medem esforços ao induzirem o consumo exacerbado.

Com o surgimento das novas tecnologias a forma de divulgação e

veiculação de propagandas se tornou mais simples, para o capitalismo o quão

mais pessoas forem atingidas pelos seus interesses de consumo, melhor será o

seu lucro, por isso então que o capitalismo e suas corporações não medem

esforços para incentivar a compra de produtos e agregar valor a suas empresas.

Porém a informação veiculada não é absorvida da mesma forma por

todos, pois os indivíduos carregam um pertencimento cultural diferente de cada

outro indivíduo da sociedade independente de idade ou classe social, por isso os

produtores de mídia precisam saber exatamente qual será o público alvo, e

entender como a mensagem será absorvida por todos que poderão entrar em

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contato com suas propagandas, para que não haja nenhum tipo de má

interpretação ou algo do repousa não intencional. Tal caso aconteceu com a

propaganda da Lilica Ripilica (Use e Lambuze - Abr.2008), que ao vincular uma

propaganda, sua peça foi descrita como “ possuindo cunho erótico”, por conta de 2

gestos, frases, entre outros motivos que proporcionaram uma erotização dos

atores (todos menores de idade) forçando uma atuação não condizente com a

faixa etária proposta.

2.1. Sociedade de consumo

A construção do indivíduo é um reflexo da sociedade onde ele vive, e

quem dita as regras em uma sociedade capitalista sempre é que possui mais

valor agregado, e essas corporações

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