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APLICAÇÃO TECNOLÓGICA EM METODOLOGIA EDUCATIVA

Por:   •  28/11/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.355 Palavras (22 Páginas)  •  201 Visualizações

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O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR [1]

Wisney de Oliveira Alves[2]

Maria Luiza A. A. Serra [3]

RESUMO

Permitir a entrada das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na educação, abrindo precedentes para introdução de discussões e ações a fim de proporcionar a elaboração de projetos que favoreçam os novos métodos de ensino permitindo que a educação entre em reciprocidade com as mudanças decorrentes ao longo das últimas décadas. Este é um artigo por meio do qual se avaliam projetos que cominam o emprego das TICs como bases de ações pedagógicas em conjunturas de formação arrolados com o Ensino Superior. Aborda um estudo onde se deduz que nos encontramos diante de um campo caracterizado por conflitos e incoerências diversos, pressupostos por epistemologias que, na atualidade, têm lugar no Ensino Superior a qual é atingida pelo modo como são construídas. Verifica-se ainda a necessidade de uma formação contínua e capacitação de docentes para ampliar habilidades para a utilização correta das TICs como instrumento a favor do processo de ensino e aprendizagem e, ainda, analisar a centralidade do docente no processo de ensino e aprendizagem como ponto positivo ou não.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Tecnologias da Informação e Comunicação. 2.Ensino Superior. 3.Formação.  4.Habilidades.

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1 INTRODUÇÃO

Estamos distantes do padrão hábil de inclusão digital que favoreça a todos independente da sua condição social, mas estamos avançando mesmo que em marcha lenta no que se refere à técnica de informatização do ensino. Nesse ponto de vista vale frisar as TICs à serviço de uma gestão administrativa e enquanto instrumento pedagógico para assessorar e solidificar o método de ensino e aprendizagem dos discentes.

Analisando a realidade, NUNES (2010) disse que “as novas tecnologias já fazem parte da vida de qualquer pessoa, de uma maneira geral as pessoas tornam-se dependentes dela, e isso torna a vida de qualquer um mais facilitada e proporciona muitas melhorias no seu cotidiano”. Esta referência aponta que a relação entre o ser humano e a tecnologia nunca se rompe. A educação vem utilizando a tecnologia e ganhando novas posições na aproximação entre docentes e discentes. Contudo, a tecnologia sozinha não garante o desenvolvimento do ensino. É necessário existir uma troca.

Sempre há novos instrumentos tecnológicos criados para o desenvolvimento da sociedade. Eles se dividem em dois patamares: os reais e os virtuais. Os reais são os equipamentos perceptíveis, manualmente utilizados para a prática em sala de aula, como notebooks, projetores e lousas digitais; já os virtuais podem ser conhecidos através da Internet, redes sociais, sites de geração de conteúdo e outros softwares de diversos tipos e finalidades.

O centro dessa discussão está em verificar se os docentes percebem a importância de aplicar essas novas tecnologias, lecionando e excitando seus discentes, para que estes, posteriormente, também as empreguem no exercício de diversas profissões. Cada um dos instrumentos tecnológicos se satisfaz na assertividade em modificar seus desígnios no adequado uso pelos docentes.  

2 APLICAÇÃO TECNOLÓGICA NA METODOLOGIA EDUCACIONAL

É imprescindível refletir o quanto as TICs beneficiam o procedimento educacional nas diversas áreas de aprendizagem, desde a educação primária até a formação superior. O ingresso a elas favorece ao docente e discente expandirem seus pensamentos e aumentem sua relação real e virtual. O que se vê numa sala de aula pode espontaneamente ser analisado numa dimensão maior, fazendo-se observar diferentes características desse próprio assunto. Isso se resume ao fato de que as TICs passam a ser uma ampliação da sala de aula na investigação por mais informações, já que permitem ser sugeridos novas maneiras de aprender e lecionar.

A educadora alemã Martina Roth (2011), em uma entrevista à Nova Escola, falou sobre como as TICs poderiam influenciar no processo ensino-aprendizagem:

“O docente pode usar o computador apenas para preparar o material para as aulas. Mas ele também pode se valer da tecnologia para estabelecer uma metodologia diferente, um novo tipo de relação com o aluno, muito mais personalizado, e isso me parece o mais importante. A tecnologia permite o trabalho individual e em grupo de maneira mais eficaz. (...) O estudante fica em contato com o conhecimento não apenas no período em que está na escola, mas também no restante do tempo. É claro que, no caso dos professores, há uma transformação cultural importante acontecendo e toda transformação exige algum nível de esforço. (...)”

A influência das TICs na formação do ensino superior está relacionada a teoria e desenvolvimento da comunicação e nos avanços tecnológicos. O livro também é considerado uma tecnologia. Porém, pode ser apresentada como uma tecnologia excedida. A metodologia de ensino-aprendizagem quando justaposto baseado apenas em livros transforma a aula em uma simples transposição de conteúdo na qual o docente conduz o teor e ele é meramente absorvido pelo discente, sem que haja uma interatividade. Este cenário se resume na fala da psicóloga Viviane Senna (2015) numa entrevista à BBC Brasil ao qual ela disse:

“Se pudéssemos transportar um cirurgião do século 19 para um hospital de hoje, ele não teria ideia do que fazer. O mesmo vale para um operador da bolsa ou até para um piloto de avião do século passado. Não saberiam que botão apertar. Mas se o indivíduo transportado fosse um professor, encontraria na sala de aula deste século a mesma lousa, os mesmos alunos enfileirados. Saberia exatamente o que fazer. A escola parece impermeável às décadas de revolução científica e tecnológica que provocaram grandes mudanças em nosso dia a dia. Ficou parada no tempo, preparando os alunos para um mundo que não existe mais. ”

É basicamente o método da escola bancária de Paulo Freire, onde o docente põe seu conhecimento cotidianamente no discente comparado a uma poupança e depois o angaria através de uma avaliação. O sucessor do livro (jamais substituto) é a Internet. Através dela alteram-se alguns hábitos e costumes na maneira de lecionar. BEHRENS (2010, p.71) alerta:

“O aluno precisa ultrapassar o papel passivo, de escutar, ler, decorar e de repetidor fiel dos ensinamentos do professor e tornar-se criativo, crítico, pesquisador e atuante, para produzir conhecimento. Em parceria, professores e alunos precisam buscar um processo de auto-organização para acessar a informação, analisar, refletir e elaborar com autonomia o conhecimento. (...)”

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