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A VISÃO DOS FUTUROS EDUCADORES SOBRE AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NA ÓTICA DA FORMAÇÃO DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Por:   •  29/10/2019  •  Artigo  •  5.618 Palavras (23 Páginas)  •  279 Visualizações

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A VISÃO DOS FUTUROS EDUCADORES SOBRE AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NA ÓTICA DA FORMAÇÃO DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Carla Moraes Lêdo de Melo[1] 

RESUMO

O estudo remeteu a importância do curso de formação do programa residência pedagógica para os residentes, com duração de 100h/a, ocorrido na Autarquia Educacional de Serra Talhada/PE com o objetivo de preparar os residentes as práticas escolares e das concepções pedagógicas. O curso contou com vários eixos temáticos que tratava, dentre elas, do papel da Residência Pedagógica no contexto da Educação Regional, das contribuições das disciplinas pedagógicas na formação de professores, da didática e do uso das tecnologias a favor do processo de aprendizagem. A pesquisa se desenvolveu, de forma quali/quantitativa, por meio de questionário online. Como resultado foi destacado a importância desse curso para a formação dos residentes para o enfrentamento da sala de aula. Mais da metade dos entrevistados declararam a importância dos professores das áreas pedagógicas serem da mesma formação das suas áreas. Das experiências que a residência pedagógica proporcionou aos residentes a maioria exclamou a importância da diversidade metodológica aplicadas pelos professores-orientadores demonstrando muita dedicação com o ensino dos alunos.

PALAVRAS-CHAVES

Formação de Professores, Residência Pedagógica, Experiência Didática.

1.0 INTRODUÇAO

Este texto emerge de pesquisa e discussões ocorridas no âmbito da Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada/PE (FAFOPST) acerca da formação de professores e o trabalho interdisciplinar na atuação do docente

Ainda é bem comum nos depararmos com docentes tradicionalistas, onde o professor é considerado o responsável por ensinar e passar o conteúdo aos alunos, os estudantes são avaliados por meio de provas e trabalhos e o uso da cartilha é continuo um método "tradicional" já ultrapassado. Nesse contexto memorísticos, de perspectiva cognitiva extremamente acentuada, que tem por base a repetição, porem as informações ficam alocadas na memória de curto prazo e não tardarão a desaparecer. (OLIVEIRA, 2009, P.20.).

Ensinar, na caracterização tradicional, se dá pela transmissão de conhecimento, unidirecional, onde o professor tem a obrigação de ensinar e o aluno, de aprender. Sem, contudo, o conteúdo fazer sentido no seu universo, isto é, durante a jornada devem ser transferidos todos esses conhecimentos, que via de regra não são poucos, aos estudantes. Por essa razão, a aula tradicional visa à produtividade, no sentido de ter uma alta taxa de transferência de conteúdos simbolizando eficiência, e neste processo não é relevante fazer relações, conexões, contextualizações e significações com as experiências de vida de cada estudante. Nessa perspectiva, o professor enxerga o aluno de forma genérica, suprimindo a experiência de vida e o ambiente onde está inserido o estudante.

Nas cidades do interior pernambucano, mais especificamente, na região do sertão do Pajeú, devido às condições socioeconômicas, as escolas que suprem a demanda, em sua maioria são públicas e abrigam alunos de várias classes sociais, apresentando uma heterogeneidade em relação às exigências educacionais por parte dos pais. Para alguns pais, a educação apresenta-se com uma ideologia capitalista idealiza e incentiva o professor a utilizar, na sala de aula como referência, um padrão de comportamento, posturas e ideias que sirvam aos interesses do mercado. Para outros, a metodologia deverá ser a mais adequada o possível, no que diz respeito ao assunto que está sendo estudado, de modo que venha atender a necessidade do professor, tendo em foco a relação da teoria e a prática das disciplinas, com vista desenvolver o raciocínio lógico do aluno. E, ainda, há alguns pais, que para eles tanto faz a metodologia aplicada.pelo professor, o importante que o aluno seja aprovado, reflexo da atual dinâmica pedagógica exigida pelo governo. Diante dessa multifacetada exigência da atual conjuntura educacional, os professores estão se especializando cada vez mais nos processos metodológicos e didáticos para atingir a meta de aprendizagem e aprovação das crianças e jovens.

2.0 REFERENCIAL TEÓRICO

Em pleno século XXI, com a evolução do conhecimento científico diante das outras formas de conhecimento e as implicações devidas a esse conhecimento, o ensino de ciências tem se voltado para buscas metodológicas que promovam a aprendizagem científica de uma forma mais dinâmica e modernizada (ARMSTRONG & BARBOZA, 2012).

Na presença de todas as transformações, progresso de descobertas que ocorre no âmbito da ciência está o aluno, que anseia em compreender e descobrir o mundo que o cerca e quer se relacionar com o processo de transformação de modo ativo e participativo.

Na visão assumida pelo texto da LDB, os alunos constroem significados a partir de múltiplas e complexas interações. Cada aluno é sujeito de seu processo de aprendizagem, enquanto o professor é o mediador na interação dos alunos com os objetos de conhecimento; o processo de aprendizagem compreende também a interação dos alunos entre si, essencial à socialização. Assim sendo, as orientações didáticas apresentadas enfocam fundamentalmente a intervenção do professor na criação de situações de aprendizagem coerentes com essa concepção.

Segundo o mesmo texto (Brasil, 1997), o ensino terá como objetivo a formação básica do cidadão mediante:

  1. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura da escrita e do cálculo;
  2. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político da tecnologia, das artes e dos valores que fundamentam a sociedade;
  3. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
  4. O fortalecimento do vínculo de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Para suprir a exigência proposta pelo órgão máximo educacional e pela própria carência do aluno, a responsabilidade recai completamente sobre o professor, mas como tornarmos os professores que conseguirá transformar um processo tão complexo quanto à aprendizagem em algo simplesmente contextualizado e prazeroso de transmissão?

Segundo Vygotsky (2000), não é todo ensino que gera desenvolvimento. Isso ocorre somente por meio do bom ensino, aquele que organiza corretamente a aprendizagem. O bom ensino, nessa perspectiva, inclui não apenas o processo de internalização, mas também o processo de complexificação de operações necessárias para a compreensão de um dado fenômeno/objeto (HILA, 2011, p. 43).

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