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FICHAMENTO DO TEXTO CONCEITOS E HISTÓRIAS - Livro: Teoria do Jornalismo. Autor: Felipe Pena

Por:   •  2/9/2017  •  Resenha  •  1.897 Palavras (8 Páginas)  •  1.132 Visualizações

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FICHAMENTO DO TEXTO CONCEITOS E HISTÓRIAS

Livro: Teoria do Jornalismo

Autor: Felipe Pena

Fichamento apresentado ao Professor Diêgo Raniery

Da disciplina de Gêneros Jornalísticos e Técnicas de Entrevista.

1º Semestre, noturno, do curso de Comunicação Social – Jornalismo da Faculdade Unime.

Itabuna - BA

2015

Segundo o autor Felipe Pena, a natureza do jornalismo está no medo. O medo do desconhecido, que leva o homem a querer exatamente o contrário, ou seja, conhecer. E assim, ele acredita que pode administrar a vida de forma mais estável e coerente, sentindo-se um pouco mais seguro para enfrentar o cotidiano aterrorizante do meio ambiente. Mas, para isso, é preciso transpor limites, superar barreiras, ousar. Entretanto, não basta produzir cientistas e filósofos ou incentivar navegadores, astronautas e outros viajantes. Também é preciso que eles façam os tais relatos e reportem informações a outros membros da comunidade que buscam a segurança e a estabilidade do “conhecimento”. A isso, sob certas circunstâncias éticas e estéticas, posso denominar jornalismo. (Pág. 23)

Quando o homem fala, há um componente sinestésico tanto na emissão quanto na recepção. Ao ouvir alguém em uma praça pública, por exemplo, não utilizamos apenas a audição. Vemos os gestos, empregamos o tato para nos apoiar em algum banco ou ficar em pé, sentimos o cheiro no ar e o paladar de nossa última refeição ou da fome que se aproxima. Todos esses componentes influenciam a mensagem. São parte dela. (Pág. 24)

O fato é que os relatos orais são a primeira grande mídia da humanidade. (Pág. 24)

Na Inglaterra, havia cafés especializados em informações específicas. Os primeiros jornais saíram desses cafés por volta de 1609, quando tipógrafos mais atrevidos começaram a recolher informações, fofocas e discussões políticas nos próprios cafés, depois imprimindo tudo. (Pág. 25)

Ou seja, além da passagem de uma cultura oral para a escrita, é a invenção dos tipos impressos que vai possibilitar o advento do jornalismo moderno. Entretanto, a oralidade continuará sendo protagonista do processo jornalístico, não só na relação com as fontes como na configuração de novas tecnologias midiáticas, como o rádio e a televisão. (Pág. 25)

A escrita mudou radicalmente nossa forma de pensar. É uma revolução no processo cognitivo humano. Há uma grande diferença entre ouvir alguém falar e ler o que essa pessoa escreve. A distância do emissor da mensagem inibe nossa percepção sinestésica sobre a emissão. (Pág. 26)

Na verdade, não é só a escrita, mas toda nova forma de linguagem/tecnologia provoca reações contrárias. (Pág. 27)

As linguagens são molduras que configuram, conferem uma imagem ao mundo e a nós mesmos. Com o aparecimento de cada nova técnica [...] é uma habilidade ou poder humano em nível individual que se desloca [...]. Nesse deslocamento, o homem transitoriamente perde uma parte de si, a imagem que tem de si e do mundo. (Pág. 27)

Mesmo com a perene desconfiança em torno da inovação tecnológica, a escrita se propaga pelo mundo. Mas o alfabeto não modifica apenas a forma de pensar. Muda também a transmissão do pensamento. As informações passam a vir em suporte físico e não mais biológico. (Pág. 27)

Junto com o papiro e o papel, a grande revolução na propagação da cultura escrita foi a invenção da imprensa. O primeiro livro impresso conhecido é do ano 868 e a invenção do tipo móvel foi aproximadamente em 1040. Ambos em território chinês. Isso sem falar no processo de impressão em xilogravura, cujo exemplar conhecido mais antigo é japonês e tem data de 764 antes de Cristo. (Pág. 28)

Gutemberg ficou conhecido no mundo ocidental como o grande revolucionário da impressão porque uma de suas primeiras obras impressas foi a Bíblia, no ano 1456. Entretanto, é inegável a sua vital importância na história da sociedade que ele influenciou. (Pág. 28)

Mas mesmo antes de Gutemberg as notícias já circulavam. De forma esporádica na Idade Média, mas consolidada nos séculos XIV e XV. Eram as informações manuscritas, que cresceram durante o desenvolvimento do comércio e da vida urbana. (Pág. 28)

Entretanto, apesar da razoável difusão quantitativa das notícias manuscritas, a impressão é realmente a verdadeira revolução da história do jornalismo. (Pág. 28)

A famosa opinião da coletividade também depende da ideia que ela faz do espaço em que seus pressupostos são construídos. As características inerentes à burguesia ascendente ocuparam o espaço público e viabilizaram a consolidação da imprensa moderna. Estratégias de mercado aos poucos substituem o espaço das causas públicas e dos valores éticos. Da ideia de cidadania presente nas praças atenienses à noção de publicidade dos tempos atuais, que está condicionada pelas famigeradas leis do mercado. (Pág. 29)

A mídia (a imprensa como parte dela) assumiu a privilegiada condição de palco contemporâneo do debate público. Na contemporaneidade, as representações substituem a própria realidade. Um assunto exposto na esfera pública não é necessariamente de interesse público. Ele pode ser forjado nos esquemas de marketing que visam moldar o gosto do público e agendar seus debates. É o caso, por exemplo, das celebridades instantâneas. (Pág. 29)

Mais do que se identificar, o espectador se reconhece na figura da estrela instantânea. A mídia cria um sentido de auto-semelhança. (Pág. 30)

Da mesma forma, o modo de apropriação do conteúdo midiático também é socializado. A audiência da TV é coletiva. O aparelho é colocado na sala, de frente para a porta, e os vizinhos têm livre acesso ao sofá. (Pág. 31)

A mudança estrutural da esfera pública é, ao mesmo tempo, causa e consequência da evolução da imprensa. Claro que é preciso separar os conceitos de mídia e imprensa. Mas como a imprensa está no interior da mídia, sendo também uma de suas manifestações, as influências são mútuas. O jornalista não pode ignorar esses conceitos. O homem comum não se informa mais pelos relatos da praça, mas sim pelo que os mediadores do novo espaço público trazem até ele. Daí a nossa responsabilidade. (Pág. 31)

Na história da imprensa, os críticos costumam fazer uma divisão cronológica em modelos explicativos, que refletem as transformações do espaço público.

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