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MESA REDONDA E FALACIA

Por:   •  22/5/2016  •  Resenha  •  617 Palavras (3 Páginas)  •  260 Visualizações

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No centro da roda, O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello, é questionado a respeito da crise política no Brasil, se a tentativa de impeachment a presidente Dilma Rousseff pode ser classificada como golpe, se o ex-presidente Lula poderia assumir o ministério da casa civil, dentre outros. O convidado teve como entrevistadores: Jose Nêumanne, André Guilherme Vieira, Gisele Vitória, Maria Cristina Frias, Murilo Ramos e Augusto Nunes.

O programa foi marcado pelas ariscas perguntas com furioso de Jose Nêumanne a Marco Aurélio e pela declaração polêmica do ministro que afirmou que via algo errado com a quantidade de delações premiadas. Os participantes da roda viva esbanjam do bom português utilizando palavras com um teor sofisticado, mas mesmo assim foi possível notar algumas falácias em seus dizeres.

Com menos de dez minutos de entrevista, e com a primeira investida de Jose Nêumanne, o ministro do STF comete uma falácia em sua argumentação. Quando questionado a respeito do foro privilegiado, e quão vantajoso este recurso é para os acusados, Marco Aurélio discorda do entrevistador com o argumento do mensalão, utilizou somente este caso, uma manifestação clara da “falácia indutiva”, que é aquela em que o sujeito generaliza de forma precipitada algo, parte de uma única amostra (no caso o mensalão, ignorando casos como o de Eduardo Cunha e Renan Calheiros que são réus do STF porém nunca foram julgados e nem há previsão ou certeza se isso irá acontecer), para tentar provar que está certo. Logo em seguida, e em cima deste argumento Nêumanne Pinto refutou o argumento central que, de acordo com o diagrama de Graham, é a mais “limpa” forma de argumentação, dizendo que de todos os condenados no caso mensalão, apenas dois continuam presos e por motivos específicos, provando assim a ineficácia do STF e desvalidando a resposta dada pelo ministro anteriormente.

Outra falácia encontrada nas declarações do ministro, e dessa vez mais grave, foi quando André Guilherme apresentou uma série de casos em que os réus acusados em outras operações acabaram impunes, e , em seguida, perguntou ao ministro se isso não o preocupava, em resposta Marco Aurélio afirma que as instituições pátrias estão funcionando bem e que estamos obtendo resultados que levarão a um avanço cultural, resposta essa que ignora todos informações dadas por André e os outros entrevistadores que provam exatamente o contrário, esse caso de falácia é denominada de “dissonância cognitiva” que é aquela em que o indivíduo possuí uma posição, e quando são apresentados argumentos suficientes para provar que sua opinião não condiz com a realidade dos fatos, começa a criar situações e memórias para continuar acreditando em sua ideia, é a recusa em aceitar que se estava errado.

Mais um exemplo de falácia apresentada pelo ministro é a “falácia argumentativa” ou “falácia do espantalho” em que, tentando rebater um argumento, o interlocutor cria uma situação extrema e completamente desanexada das respostas dadas pelo “adversário” para tentar enfraquece-las. A situação em que o ministro utilizou essa forma errônea de argumentação foi enquanto Jose Nêumanne apresentava uma série de fatos contra uma resposta dada por Marco Aurélio, então o ministro como resposta disse a seguinte frase: ” então você quer um paredão na praça

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