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O DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Por:   •  21/2/2022  •  Resenha  •  684 Palavras (3 Páginas)  •  96 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CCHLA

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

CURSO DE JORNALISMO

DISCIPLINA: Cultura Brasileira

AVALIAÇÃO UNIDADE I

Resenha crítica do livro “O que é cultura?”

Nos tempos modernos, o ser humano tem buscado, cada vez mais, compreender como a humanidade se desenvolveu, com toda a sua riqueza e multiplicidade, seus modos de organização, seus costumes, tradições e valores. E, a partir desta premissa, José Luiz dos Santos trata dos conceitos de cultura, associando-os com as relações entre os homens na sociedade contemporânea.

Segundo o autor, os grupos humanos se desenvolveram a partir de um ritmo diverso e variável, como, por exemplo, os nômades, que, dependentes da coleta e da caça, passaram a se acomodar e viver em aldeias. Pode-se entender, então, que cultura é algo que vai se transformando ao longo do tempo; a cultura de um povo não permanece estagnada, pois adquire novos valores e significados de acordo com suas necessidades.

Sendo assim, verifica-se que, para entender a cultura, é preciso analisar cabalmente a humanidade com um todo, percebendo as muitas maneiras de viver, agir e de se organizar de cada grupo, tendo em vista que cada ser tem seu próprio modo de atuar e cada realidade cultural tem sua lógica interna. Por esta razão, o estudo da cultura contribui no combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito e a dignidade nas relações humanas.

Na obra em análise, o autor traz duas concepções básicas para o que venha a ser cultura: a primeira remete a todos os aspectos de uma realidade social, de uma forma mais genérica, enquanto que a segunda refere-se mais especificamente ao conhecimento, às ideias e crenças de um povo.

De acordo com o pensamento exposto pelo autor, as observações de cultura alheia se fazem segundo pontos de vista definidos pela cultura do observador, e que os critérios que se usa para classificar uma cultura são também culturais. Ou seja, segundo essa visão, na avaliação de culturas e traços culturais tudo é relativo. Dessa forma, verifica-se que as culturas e sociedades humanas se relacionam de modo desigual, e só se pode respeitar a diversidade cultural se entender a inserção dessas culturas particulares na história mundial.

O autor defende, ainda, que cultura é uma construção histórica, seja como concepção, seja como dimensão do processo social. Sendo assim, a cultura de um povo não é algo natural, pois é um produto coletivo da vida humana. Uma das características de muitas das sociedades contemporâneas, inclusive a nossa própria, é a grande diversificação interna.

Citando o marxista Edward Thompson, também entram em evidência as diferenças culturais entre classes sociais. Ao afirmar que “o ser social determina a consciência social”, o autor revela que as relações pessoais podem alterar ideias tidas como da coletividade. O permanente movimento da cultura é possível justamente por isso.

Além disso, o autor cita que algumas culturas são consideradas avançadas e outras menos, e que grande parte dos seres humanos criaram a concepção de que a cultura europeia é bem melhor e superior do que as demais. Alguns chegam a dizer que certos indivíduos não possuem cultura, mas é preciso compreender que todos nós possuímos culturas, porém o mundo foi se diversificando. Cada população se desenvolveu de acordo com as necessidades do lugar em que nasceram. Essas características comuns se refletem, por exemplo, na temperatura, que irá fazer com que o homem use determinada roupa e se alimente com os alimentos disponíveis, se adaptando ao meio em que vive.

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