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Resenha “Transformações da política na era da comunicação de massa”, Wilson Gomes

Por:   •  28/7/2017  •  Resenha  •  1.303 Palavras (6 Páginas)  •  1.136 Visualizações

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Comunicação e política: uma relação em constante transformação e seus interesses estáticos

Nesta resenha, iremos analisar o capítulo I do livro “Transformações da política na era da comunicação de massa”, tendo em vista a importâncias e relação deste com a profissão do jornalista e a situação atual do país. Usaremos os conceitos abordados durante a leitura dos outros capítulos do livro, das aulas do semestre e suas falas.

O livro de 2004 foi escrito por Wilson Gomes, professor de Teoria da Comunicação, Mestre e Doutor em Filosofia e graduado em Teologia. O livro se divide em introdução seguida por 8 capítulos, nos quais a relação entre comunicação e política será analisada levando em conta épocas, fases e transformações, com a pretensão de servir como guia para os estudantes da área.

Os capítulos I, II e VIII foram escritos com o proposito do livro. O III foi reelaborado de um livro antigo do autor e o IV foi tirado de um antigo texto, enquanto o VII é a mistura de dois textos antigos. O que torna o livro uma espécie de compilação, com ideias novas e velhas.

De maneira geral, podemos categorizar, segundo leitura e palavras do autor, sobre o que cada capítulo trata: o capítulo II trata do jogo político e como ele é caracterizado, o III traz os interesses empresarias que não podem ser isolados da esfera politico-comunicacional. O IV e V capítulos se diferenciam dos demais, pois o autor traz o desmonte e analise de questões normativas do jornalismo. O VI analise a politica de imagem e a espetacularização da politica, na disputa pela imagem (podemos lembrar da eleição Collor X Lula). No VII a analisa da politica de espetáculo continua, mostrando como a politica se tornou uma espécie de teatro. O VIII e último capítulo analisa a transformação politica em sua totalidade.

Capítulo I – O que há de comunicação na comunicação politica?

Muitos assuntos são abordados neste primeiro capítulo, portando, irei cita-los e depois nos aprofundaremos nos temas mais importantes e que provocaram indagações.

Gomes abre o capítulo falando sobre a intersecção entre politica e comunicação e de como a separação destes dois assuntos atrasou as pesquisas deste novo campo de interações (havia pesquisadores de política e pesquisadores de comunicação, cada um estudando o seu campo e não compreendendo muito bem o outro). Depois disto ele começa a relatar as mudanças pelas quais o jornalismo passou, desde o seu inicio, atrelado a burguesia, com o jornalismo de opinião, partidário, até o jornalismo empresarial, junto com a indústria de informação, o anunciante e o nascimento da necessidade de credibilidade, onde esse “meio” passa a ter a valiosa atenção do público.

“Como muitas instituições sociais, o jornalismo conheceu muitas fases, (...). De todo modo, chegou um momento em que o jornalismo é socialmente reconhecido como um sistema de princípios, de valores, de relações objetivas e de distribuição de reconhecimento, um campo social.”

Com isso se dá sua formação como campo social, onde passa a ter o controle sobre uma espécie de poder simbólico. A partir daí, vemos narrados alguns processos jornalísticos e como ele funciona em uma versão microscópica, com suas relações internas e a busca por legitimidade e reconhecimento dos próprios jornalistas. O autor pede que deixemos de ver a comunicação como algo que pode ser moldado pelo Estado e sim como um campo social possuidor de regras próprias, que moldam seus participantes (uma crença da Teoria Organizacional e valores-notícia).

O autor então cita razões para não citarmos mais comunicação e cultura de massa como meios, mas as vermos como ambientes que se constituíram autônomos, porém reconhece a dificuldade de reconhecer quem opera e quem é operado, quem é o meio e quem decide sobre ele.

Agora, gostaria de aprofundar mais algumas destas questões, tendo em vistas situações particulares de nosso país.

“Por fim, conhecemos no Brasil uma forma em que, de algum modo, colocam-se os campos em suspensão para tornar os meios de comunicação disponíveis para a circulação de mensagem política.”

Na páginas 53, 54 e 55, o autor fala sobre a detenção de poder simbólico e distribuição de poder material e seus desdobramentos. Ele faz esta avaliação de uma maneira microscópica, a levando para dentro do funcionamento da cadeia estrutural de um jornal. Eu gostaria de leva-la para uma analise macroscópica, avaliando como esta distribuição de poder simbólico afeta as decisões politicas de um jornal e de um país. Ao avaliarmos o Brasil, por exemplo, podemos notar sua grande relação com a mídia. Existe uma mídia dominante que é determinada por interesses privados e seu legado de seguidores. Esta mídia detém poder simbólico e sua distribuição, uma vez que tem a capacidade de escolher quais assuntos irão fazer parte do dia a dia do público brasileiro. Para isto, esta mídia

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