UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

JOÃO PAULO SILVA SANTANA

Durante a sua obra vida Paulo Freire, foi um grande crítico do sistema de educação brasileiro se opondo ao tipo de ensino tradicional , onde o educador é o que sabe, e os educandos os que não sabem de nada, sendo assim, o professor que transmite a informação e o aluno que recebe.

Tendo sido um dos idealizadores das escolas rurais, que se adequam a realidade das pessoas, para que filhos de agricultores possam assim receber a educação adequada que lês é de direito, para que também possam passar os ensinamentos adquiridos na escola para a sua família os ajudando gradativamente se tornando assim uma rede de saberes entre a população.

Sendo assim, durante a sua vida o mesmo foi exilado do Brasil, indo morar no Chile onde escreve o livro “Extensão ou comunicação”, onde em 1998 o Chile passa por um processo de reforma agrária, gerando diversas reflexões no mesmo, durante esse processo ou a divisão de dois grupos, os dos engenheiros agrônomos e dos trabalhadores rurais, que tinham ideias opostas em sua grande maioria, já que os engenheiros agrônomos tinham como ideia a orientação do agricultor o levando assim a sua modernização e desconsiderando as suas tradições que em suma foram passadas de geração a geração, não tendo o cuidado com o ser desconsiderando ainda os processos antropológicos da região, esse procedimento de introdução de técnicas é visto como uma invasão de cultura ou até uma manipulação, já que o trabalho do extensionista não esta ligado a substituir esses valores, mas sim o de levar novas ideias e formas de harmonizar os costumes.

Logo o respectivo livro trata dessas relações do agrônomo com o homem do campo, porem em si a grande problemática abordada seria a grande falta de diálogo e comunicação entre esses dois, que em si acaba se perdendo no orgulho de ambas as partes, sendo o agrônomo que estudou durante anos, não quer ver ser ego ferido por um camponês e um camponês, que tem anos de prática no campo não quer que seu ego seja ferido, se adentra a extensão freiriana, onde o camponês não e alvo dessas transições de informações, diferente da antiga extensão onde só se tinha a via de mão única, se tornando assim a comunicação das pessoas ou a troca desses saberes, unindo assim o popular como o técnico cientifico, “A comunicação, pelo contrário, implica numa reciprocidade que não pode ser rompida.”, (FREIRE, 1969).

Toda via as ideias de Paulo Freire se tornam bastante significativas, para a construção de uma nova extensão, que de certa forma seja capaz de satisfazer tanto o produtor rural quando o técnico responsável.

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