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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RÊCONCAVO DA BAHIA. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO CULTURAL

Por:   •  25/10/2020  •  Resenha  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  147 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RÊCONCAVO DA BAHIA. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO CULTURAL.

1° Semestre

Disciplina: Teorias socioculturais e patrimônio cultural.

Docente: Dr. Professor Carlos Alberto Santos Costa.

Mestrando: Husani Kamau Antonio.

QUINCY, QUATREMERE DE. Cartas a Miranda. Sobre o Prejuízo que o Deslocamento dos Monumentos da Arte da Itália Ocasionaria às Artes e à Ciência. Editora. Ateliê, São Paulo, 2016. Tradução; KUHL, Beatriz Mugayar; KUHL, Paulo Mugayar.

Resenha crítica: Cartas a Miranda de Quatremere de Quincy.

A presente resenha do livro Cartas a Miranda de Quatremere de Quincy, apresenta seu diálogo com seu amigo Miranda por via de cartas de correspondência acerca das obras de arte e seu papel importante para construção de uma identidade de um país, sua defesa é na preservação, restauração e devolução das obras que se encontra dentro do museu da França que são pertencentes ao território italiano. No mesmo, o Quatremere formula um debate teórico e crítico sobre as implicações causadas na retirada das obras de arte do seu local de pertencimento para outro, e no que isso pode acarretar em sua estética, pesquisa e bem público.

O livro cartas para Miranda tem nove capítulos, contendo uma breve apresentação da obra e do autor, os dois primeiros capítulos são escritos pelos tradutores do livro; Paulo Mugayar Kuhl que traz no capitulo um texto de sua pesquisa, com o título Transferindo Obras de Arte. Paulo contextualiza o pensamento de Quatremère sobre transferência de obras e ao mesmo tempo trabalha com outro autor chamado Le Breton, que diferente de Quatremère que é contra a retirada de obras de seus respectivos lugares pois podem perde seu significado, para Le Breton a obra pode adotar novos significados e transformações por suas transportações, isso mostra o dualismo dos autores e suas contribuições. A continuidade do outro capítulo; Quatremère de Quincy: As Cartas a Miranda e seu Papel Precursor em Temas de Prervação é feita pela tradutora Beatriz Mugayar Kuhl, que faz um panorama sobre a importância da obra de Quatremère e a continuidade que teve de seus estudos no futuro da ciência e do conhecimento, do que conhecemos sobre o patrimônio cultural, museu, resguardo e restauração. Beatriz mostra quem era a pessoa que estava sendo destinada as Cartas e o cenário político da Europa. Miranda que era destinatário das cartas, um general que enquanto Quatremère cuidava das preocupações artísticas das obras ele cuidava do aspecto político no debate sobre as artes da Itália que estavam indo para França e de quanto essa perca era valiosa.

As cartas de Quetremère escritas para Miranda é divido em sete capítulos, cada capítulo é uma carta que foi enviado para seu amigo, a primeira carta o autor se desdobra em explicar a importância de suas conversas para a ciência e para a arte, pensa no melhor para a sociedade como um todo e na civilização. A segunda carta o debate é sobre a importância de Roma e como foi feita a preservação e preocupação das obras antigas, enquanto outros países não se importavam com suas antiguidades, Roma fazia esforços financeiros para o resguardo de seus objetos e exaltação de seu passado histórico. O autor defende que esses esforços do passado devem ser mantidos, em troca é contra a cobiça de outros países que não tiveram a mesma preocupação com suas artes e que querem toma de Roma a sua herança. Terceira carta Quatremère trabalha com a ideia de que Roma é um próprio museu, a defesa é de que as obras não podem ser retiradas da Itália, pois ali teve uma própria forma de criação e de seleção natural da arte, que em nenhum outro lugar existe, o próprio território faz um diálogo com as criações e com os criadores da arte. A quarta carta destinada ao seu Amigo Miranda, tem como objetivo elucidar sua preocupação com a arte e seu posicionamento que é apenas como um mero admirador da arte, deixando para o seu amigo o debate mais político. Essa quarta carta se fez necessária para debater como é importante manter as obras de diferentes níveis de beleza no seu devido lugar, por se contra ao deslocamento das artes, para Quatremère o deslocamento das obras poderia enfraquecer outras obras de menor prestigio que coexistiam com as demais obras de maior prestigio. A Quinta carta de Quatremère mostra a preocupação com a ciência e o desenvolvimento artístico, para ele a retirada da arte pode tirar a inspiração de novos artistas. O deslocamento de diferentes obras de um mesmo artista para diversos lugares, dificultaria o entendimento de uma obra como um todo, não ajudando pesquisadores no aprofundamento das obras de determinados artistas, o exemplo dado é as obras de Rafael e as escolas de arte. Sexta carta é uma continuidade do debate, a defesa da Itália e de suas obras e da importância de manter e recuperar obras já retiradas. Sexta e última carta é uma reflexão dos debates feitos ao longo das outras cartas, sobre o museu, ciência e a importância da recuperação dos objetos e das obras de arte, exaltando a Itália, o comercio feito com o desenvolvimento da preservação histórica de uma memória positiva da Europa.

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