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A Criminalização Da Pobreza E Da Cidadania

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Por:   •  13/11/2014  •  1.653 Palavras (7 Páginas)  •  307 Visualizações

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SUMARIO

Introdução ................................................................................................. 4

Objetivo ..................................................................................................... 6

Famílias pobres, criminalização da pobreza e direitos ........................ 7

Justiça e cidadania ................................................................................ 9

Conclusão ............................................................................................... 11

Referencias bibliográficas ...................................................................... 12

INTRODUÇÃO

A criminalização da pobreza no Brasil é um processo histórico que se enraizou ideologicamente na cultura da sociedade brasileira desde o Brasil colônia. Ser pobre neste país além de ter de enfrentar tantas dificuldades para se viver com um mínimo de dignidade. Ainda tem que carregar o estigma de criminoso, de vagabundo... De ser representado de forma temerosa e até odiada pela elite brasileira.

Instalou-se na sociedade a idéia de que moradores de áreas periféricas como: morros e favelas, são criminosos. Alvos de estigmatização, essas pessoas carregam com elas a marca de um crime, que é o simples crime de residirem num local que é tido como um antro de criminosos e ociosos. Suas formas de se expressar, de se vestir criam formas de representação em que a outra parcela da sociedade que vive do outro lado da balança, não aceita.

O que significa viver ao avesso da civilização, sendo temidos e até odiados, por simplesmente não apresentarem determinadas normas morais que são esperadas pela elite dominante. a criminalização é um processo histórico que está enraizado ideologicamente desde a invasão das Américas, quando os europeus conquistaram brutalmente o continente e trouxeram um conjunto de idéias racistas de superioridade cultural, estigmatizando os povos conquistados com representações de gente promiscua e sem alma. Da mesma forma ocorreu com os povos africanos que foram escravizados para servirem como mão-de-obra aos exploradores europeus.

A formação da nação brasileira constituiu-se exatamente da mistura destes três povos, índios, africanos e europeus. No entanto, nunca houve uma democracia racial. Os negros e os índios sempre foram tidos como gente bestial, e as miscigenações raciais não aconteceram de maneira pacífica. Índias e negras foram vítimas de estupro dos europeus. E, infelizmente foi dessa forma que se constituiu a nação brasileira, de modo violento, excludente e discriminatório. Formando uma nação dividida, de um lado, aquela tida como civilizada, e de outro, aquela perigosa com tendências ao crime.

é inevitável dizer que vivemos numa sociedade com dois pólos sociais, onde as representações de uma delas são criminalizantes. E o mais conflitando em tudo isso, é que esta idéia está enraizada em nossa cultura, em nossa própria identidade de povo brasileiro, somos frutos de um passado brutal que gerou uma forma de representação excludente e classificatória.Hoje temos a mídia que reforça ainda mais está estigmatização.

É tempo de refletirmos sobre o que somos e o que queremos ser.

OBJETIVO

O objetivo principal deste trabalho é apresentar uma visão geral sobre o tema Criminalização da Pobreza e Cidadania, nesse sentido serão enfatizados alguns aspectos importantes e relevantes do assunto, onde através de pesquisas podemos esclarecer o que é esta Criminalização da Pobreza e Cidadania, o porquê disto, as principais causas, conseqüências, os dados estatísticos significativos e as possíveis soluções. E assim por meio de toda esta analise conseguir agregar mais conhecimento sobre determinado tema, e desta maneira importar a vida.

FAMÍLIAS POBRES, CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA E DIREITOS

A família, principal responsável pela proteção social primária, especialmente no que se refere às camadas sociais mais pobres da população - as quais desenvolvem suas práticas e mecanismos de sobrevivência através da construção de redes de proteção – tem se visto diante de difíceis embates diante da posição que ocupa. No Brasil, historicamente essas redes foram determinantes para a construção do aparato nacional de proteção social. Com isso, quero mostrar que as famílias pobres, diante de toda a ordem de privações que sofrem no campo econômico, social, cultural, político; ou resumindo: no campo dos direitos; procura enfrentar toda esta série de dificuldades através da construção de formas de sociabilidades próprias e dentro dos limites que lhes são impostos cotidianamente. A criminalização da pobreza é também intrinsecamente ligada ao recrudescimento da exclusão social causada pela implementação do neoliberalismo. A desigualdade social aliada à instauração de uma sociedade de consumo e à ausência de políticas públicas; e de acesso aos direitos, são fatores que certamente repercutem atualmente no aumento da criminalidade. No entanto, a criminalidade assumiu feições que hoje são praticamente ‘indiscutíveis’ na sociedade: ser jovem, negro e de baixa escolaridade – quase que generalizadamente.

Criminalizar, como a própria palavra indica, significa configurar uma ação, seja ela individual ou coletiva, como um crime. Esse processo de criminalização da pobreza, quando generalizadamente constrói a visão da comunidade pobre como um grupamento de criminosos traz consigo uma

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