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A FILOSOFIA DAS REDES SOCIAIS

Por:   •  11/9/2019  •  Artigo  •  1.373 Palavras (6 Páginas)  •  363 Visualizações

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  • “AS REDES SOCIAIS PAULATINAMENTE ESTÃO SUBSTITUINDO OS MEIOS OFICIAIS DE DIVULGAÇÃO DA NOTÍCIA”. ISSO PODE SER UM PROBLEMA?

Por um lado pode ser uma boa notícia, pois tornaria o indivíduo menos "dependente" da mídia tradicional, que, afinal de contas, poderia (pode) divulgar algo com informações omitidas ou até mesmo contar um fato distorcido, e já que a emissora não tem jornais autônomos (no mesmo canal) que, competindo entre si possam estar sempre observando os erros das notícias no (jornal) concorrente, essas informações não poderiam ser transparecidas de forma mais confiável.

Desta forma, o acesso a redes sociais poderia acabar com o problema citado no parágrafo anterior, mas infelizmente isso gerou outros problemas: as fake news e uma indução à informações nas redes sociais.

A transmissão de informações de forma livre e independente (ou seja, qualquer pessoa poderá criar uma notícia) como é o caso das redes sociais, pode ter dado mais liberdade de expressão e informação, mas, em contrapartida, essas informações transmitidas pelas redes quase nunca têm fontes confiáveis, pois, muitas vezes são retiradas de blogs sem qualquer crédito na internet ou até mesmo feitas pelo próprio transmissor.

Quanto à indução à informação, refere-se ao sistema que administra uma determinada rede social. É importante pensar que esses administradores podem programar a rede com algum algoritmo para que ao usuário seja recomendado apenas assuntos de interesse do dono da rede, em outras palavras, o sistema (os donos; a administração do site) está induzindo pessoas a verem apenas o que ele (sistema) quer. Então, parece que estamos em um beco sem saída. De um lado, uma emissora que pode mostrar apenas a informação que ela quer que o indivíduo veja. Do outro lado, vemos uma rede que pode, através de algoritmos, recomendar apenas o que condiz com a ideologia dela e fazer você pensar que quer consumir aquilo.

Essa evolução na transmissão de informações é algo impossível de parar, portanto, o que resta à sociedade é tentar amenizar o problema das informações falsas nas redes sociais e dos ditos algoritmos que podem ser usados a favor da ideologia da rede. Uma resolução aceitável seria fazer campanhas contra informações falsas nas próprias redes, em sites ou nas TV’s, pedindo aos internautas que sempre duvidem das informações transmitidas, pesquisando sempre as fontes. O melhor a se fazer é o próprio indivíduo, por conta própria, pesquisar sempre em todos os sites e revistas. Assim, as fake news poderiam ser menos recorrentes.

Na verdade, não iremos escapar da manipulação, porque nós já somos condicionados a ela a partir do momento em que estamos usando a internet, não somente redes sociais. Tomemos como exemplo um motor de busca (Google Search, Microsoft Bing, etc). É realmente impossível manipular através deles? E se eles usarem, também, algoritmos (como nas redes sociais) para que, ao pesquisar algo, os sites que concordam com suas ideologias estejam no topo como ‘recomendados’?

O que vem em mente quando falamos em motor de busca? A maioria responderia “Google”. E quando falamos em assistir a vídeos online? Pensaria a maioria em “Youtube”. E quando falamos em redes sociais? Pensamos em Facebook, WhatsApp ou Instagram não é? E adivinhem? Estes três últimos são da mesma empresa. O que quero dizer é que nossa mente já está condicionada a usar apenas os mesmos meios para se obter informações, dispensando a diversidade de busca.


  • “ATÉ QUE PONTO ESSE ACESSO PRECOCE E TÃO FÁCIL AO MUNDO É BENÉFICO PARA O HOMEM, ENQUANTO SER INDIVIDUAL E PENSANTE?”

Até o ponto disso não interferir em sua relação social no mundo real. Isso pode parecer impossível, mas esse problema pode ser resolvido se a resposta para a pergunta a seguir for positiva: o caminho traçado pela sociedade, em direção à "cultura anti social" nas redes, teria um caminho de volta?

A sociedade acabou criando (sem intenção, digamos) uma outra realidade; mais atraente, com pessoas sempre felizes e sorridentes, com grandes “amizades” e aparentando não haver quaisquer tipos de problema. As pessoas trocaram o seu "eu" verdadeiro por um "eu" criado em uma rede, e quando o criador não está mais gostando deste, este "eu" simplesmente é apagado, ou melhor, substituído por outro (outro perfil). Imagine essa função de “apagar” sendo aplicada no mundo real... não, esta ,de certo modo já está sim sendo aplicada, mas apenas pela metade: o indivíduo  não gosta de si mesmo e acaba querendo ‘se apagar’, o único problema é que não há como criar outro de nós mesmos no mundo real. Essa falta de vontade de viver não necessariamente pode ser culpa da rede social em si, mas o medo do indivíduo de encarar a realidade como ela é.

O séc. XXI é o período que mais houve casos de depressão e suicídio em relação aos anteriores, teria isso a ver com o problema do "eu"?


  • UM BOM PENSADOR TEM QUE SER UM BOM SOLITÁRIO.”

É na solidão que o indivíduo produz filosofia/conhecimento. Esse tipo de solidão é diferente daquela causada pela tristeza ou depressão. A primeira citada tem como objetivo central a busca pelo "eu" verdadeiro, pois nem sempre sabemos quem somos, nós conhecemos apenas aquilo que dizemos ser. Sim, meu caro, mesmo fora da rede social, nós conseguimos criar um novo "eu" dentro de nós. No comentário anterior, eu havia dito que não há como criar um outro "eu" verdadeiro no mundo real, e de fato não há, mas podemos criar um "eu", o único problema é que este não fica separado do "eu" verdadeiro, é apenas um ser que está no lugar do verdadeiro, mas este não foi apagado. Talvez todos nós, por mais que tentemos encontrar o nosso "ser" verdadeiro, não iremos conseguir, por isso digo que quase tudo e quase todos não passam de aparências. A realidade não é fácil de ser alcançada, nem mesmo com muita experiência e muitos anos de vida.

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