A Filosofia da Educação em Rousseau

Andson dos Reis Broni

Bio 23.1

Filosofia da Educação em Rousseau

A obra de Emílio ou da Educação, escrita por Jean-Jacques Rousseau, é considerada um clássico quando se trata de teorias educacionais. Publicado pela primeira vez em 1762, o livro apresenta as visões do autor sobre como educar uma criança de acordo com os princípios do Iluminismo e da pedagogia natural.

Rousseau defende a ideia de que a educação deve ser baseada na natureza e na liberdade individual da criança. Ele argumenta que as crianças devem ser criadas longe da sociedade corrupta e da influência prejudicial dos adultos, para que possam desenvolver-se de maneira plena e verdadeira. Assim, Rousseau defende a necessidade de um ambiente educacional que permita à criança explorar a natureza, descobrir suas próprias capacidades e interesses e tomar suas próprias decisões.

No entanto, algumas críticas podem ser feitas à teoria de Rousseau. Primeiramente, sua visão de que a educação deve ser separada do contato com a sociedade pode ser considerada utópica e irrealista. As crianças não podem ser completamente isoladas do mundo em que vivem, e é importante que elas aprendam a se relacionar e lidar com as demandas da sociedade.

Além disso, a teoria de Rousseau ignora o fato de que a educação não se limita apenas à transmissão de conhecimentos, mas também envolve o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e éticas. Sem o contato com outras crianças e adultos, as crianças podem ter dificuldades para desenvolver essas habilidades essenciais para uma participação plena na sociedade.

Outro aspecto problemático da teoria de Rousseau é a falta de uma estrutura educacional clara. Ele valoriza a liberdade da criança, mas não oferece diretrizes práticas para os educadores implementarem suas ideias. Sem uma estrutura educacional sólida, os educadores podem se sentir perdidos e incapazes de ensinar efetivamente.

Emílio, encontrando-se em sua confluência com a formação política proposta por Rousseau no Do Contrato Social. Nossa discussão gira em torno da correlação dessas duas obras, impasse instaurado por Rousseau na sua concepção naturalística de homem e sociedade. Tentaremos buscar essa possibilidade em uma concepção de cidadania que emerge na obra intelectual. Os críticos mais ferrenhos de sua obra, sempre procuram descaracterizar o percurso considerando o processo educativo nos moldes propostos por Rousseau.

Assim a ideia central da educação rousseaunista é a "conformidade com a natureza" Emílio não permitiria que o mesmo fizesse o contraponto moral, necessário para combater os males sociais.

Ora, o que Andrade Filho esqueceu de considerar é que esse refúgio, "Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens". Como diz a Enciclopédia Histórica do Pensamento vista o homem natural. Este, porém, não pode ser confundido com o homem da natureza, cuja história hipotética Rousseau desenvolve no discurso sobre a Desigualdade.

O homem permanece a essência do homem civil, mesmo quando este é ofuscado pela corrupção. O até os 15 anos. "O homem nasce bom, a sociedade o corrompe", diz Rousseau; mas a isso, como propõe o Emílio". Esta afirmação pode parecer fácil de ser percebida em se tratando de um processo de análise global da obra de Rousseau. A questão maior seria a de identificar este que não apresentaria alternativa em relação à civilização. 

E em seguida complementa em que nós achamos submersos abafariam nele a natureza e nada poriam no lugar dela". Esse trecho deixa a impressão de que o processo civilizador, seria o eterno utilizando-se desse mesmo processo buscava-se preservar a humanidade do homem de assistência; nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo o que não temos ao nascer, e de que precisamos adultos, é nos dado pela educação.

Essa educação nos vem da natureza ou dos homens ou das coisas-espécies de mestres. Ele lembra que somos senhores apenas da educação dos homens e ainda com restrições. relação senão consigo mesmo ou com seu semelhante. O homem civil não passa de uma o corpo social". liberalismo do séc. XVIII, irá diferenciar, ou seja, esse homem individual, traria em caracterizaria uma primeira noção de cidadania. Não seria um individualismo no sentido vontade social. 

Neste contexto ao realizar a crítica do individualismo na sociedade civil, Rousseau "Quereis ter uma ideia de educação pública, lede a República de Platão". Com esta afirmação e determinação Rousseau concluirá que pátria, não pode haver cidadãos". Quando Rousseau identificar o conceito de instituição pública como derivado de uma sólida francês.

Emílio não teria consciência moral se permanecesse no estado de natureza, isolado dos seus pares. Apesar de suas reservas contra a sociedade, Rousseau discípulo. E quando dizemos social, admitimos a ensinabilidade, que por sua vez pressupõe a faculdade de aprendizagem do educando". estaria na formação educativa engendrada no Emílio.

Agora entendemos a afirmação de que não existiria mais a instituição pública, uma vez que para Rousseau, ela necessariamente passaria por uma definição de educação cívica. Essa educação cívica, seria um dos substratos necessários à formação do cidadão. Como objetivo sacramentar o pacto social". SALINAS FORTES, 1996, P. 92.
O que Salinas Fortes identifica em Rousseau é que a ideia de uma religião civil, seria para a cidadania. 

Esse radicalismo de Rousseau, permitiu, contudo, que o próprio conceito de pedagogia ganhasse um sentido político, até então desconsiderados bases da educação nacional democrática", máximo do ser humano reconhecendo o valor do indivíduo como objeto supremo.
Esse homem que Rousseau pretende terá a plenitude, a partir do momento que ele iniciar processo de reconstrução individual e social. vida no meio das florestas. Embora privada, no estado social, de muitas vantagens da dos horizontes intelectuais, enobrecimento dos sentidos e elevação total da alma.