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A Resenha de Filosofia e Ética

Por:   •  7/12/2018  •  Resenha  •  5.355 Palavras (22 Páginas)  •  187 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. In:______. Ética e Sociedade. 7. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009. p. 234 - 264.

1        CREDENCIAIS DO AUTOR

José Renato Nalini é um escritor brasileiro nascido no dia 24 de dezembro de 1945, na cidade de Jundiaí no estado de São Paulo, além de escritor é também professor, jurista, magistrado e político. Se graduou em bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1971 pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), anos depois, 1999, obteve o título de mestre e doutor em direito constitucional em1999 e 2000, respectivamente, pela Universidade de São Paulo, onde participa com membro de bancas de avaliação de candidatos a mestrado e doutorado, e desde a sua primeira formação leciona em faculdades de direito.

Entre os anos de 1973 a 1976 atuou como promotor de justiça no Ministério Público de São Paulo nas cidades de Itu, São Paulo, Votuporanga e Ubatuba, através de concurso público, onde participou da primeira equipe de promotores de repressão a violência do estado. Também por concurso público, ingressou na Magistratura em 1976, pelo qual tornou-se juiz de 5 cidades e da Corregedoria do estado. Após alguns anos exercendo suas funções, passou a ser juiz de segunda instância, no Tribunal de Justiça, e em 1993, por merecimento decorrente do seu ótimo desempenho, foi promovido a Juiz do Tribunal de Alçada Criminal (atualmente extinto) do estado de São Paulo. Em 2004 tornou-se desembargador, de 2012 a 2013 exerceu a função de corregedor-geral da justiça, entre 2014 e 2015 presidente, todas essas funções foram exercidas no Tribunal de Justiça de São Paulo, e de 2016 a 2017 foi nomeado pelo governador Geraldo Alckmin como Secretário de Educação do estado de São Paulo. Atualmente é palestrante, professor universitário, conferencista e reitor da Universidade Corporativa da Associação de Registradores de Imóveis de São Paulo.

Além dessa, foi autor de muitas obras históricas, algumas delas sobre ética, e coordenou vária obras coletivas, dentre elas:

  • Ética ambiental. 2. ed. Campinas: Millennium, 2003.
  • Ética e justiça. São Paulo: Oliveira Mendes, 1998.
  • Filosofia e ética jurídica. São Paulo: RT, 2008.
  • O futuro das profissões jurídicas. São Paulo: Oliveira Mendes, 1998.
  • O juiz e o acesso à justiça. 2. ed. São Paulo: RT, 1999.
  • Por que filosofia? São Paulo: RT, 2008.
  • A rebelião da toga. Campinas: Millennium, 2006.

2        RESUMO DA OBRA

        O livro é dividido em 15 capítulos onde cada um deles trata da ética em um âmbito distinto. O capítulo estudado foi o sexto, que trata da ética na sociedade. Este é também dividido, em 6 seções principais: deveres éticos na sociedade, a ética e o Estado, ética e política, a ética e a religião, a ética e a mídia, a ética e a publicidade.

Deveres éticos na sociedade

        O autor inicia discorrendo sobre a sociedade, o que ela é e como se forma. Segundo ele, “sociedade é uma união moral estável de uma pluralidade de pessoas propostas a atingir finalidades comuns, mediante utilização de meios próprios”. É uma associação de indivíduos que não têm pretensão de se separarem, surge de maneira natural, mas permanecem por terem objetivos comuns e por juntarem suas forças para realizá-los.

        O Brasil, por ser um país de diversidade, é bastante enigmático. É um país no qual se encontra todos os tipos de pessoas, hábitos, culturas e padrões, e uma sociedade bastante consumista. De um lado uma pequena parcela detém as fortunas, do outro os indivíduos vivem na extrema pobreza, a escassez da educação, de valores e amor ao próximo, faz com que as pessoas, em sua maioria, não pensem naqueles que residem em condições precárias. As pessoas só se preocupam com si próprio, em "estar na moda", seguir os padrões apresentados pelas mídias sociais, ter o que mostram na televisão, valorizam mais o corpo, a estética, reina o hiperindividualismo, talvez pela falta de controle com os outros âmbitos da vida, como desemprego e o desapego as crenças, o único que ainda se pode controlar é o próprio corpo.

        As pessoas passaram a se apegar aos prazeres sensoriais, a valorização do corpo, a busca do corpo perfeito que se dá a partir da observação de pessoas bem sucedidas, consideradas perfeitas, logo, o que elas vestem, fazem, como se comportam e deixam seus corpos, viram exemplos a serem seguidos, custe o que custar. A sociedade brasileira, por exemplo, é campeã nessa busca pela perfeição, principalmente as mulheres, e para conseguir isso recorrem a cirurgias plásticas para ter o considerado corpo perfeito, deixando o país no ranking de pessoas que fazem mais cirurgias estéticas, superando países com renda per capita maior.

O autor nomeia a sociedade voltada para o consumo, como hedonista, pois admiram o prazer sensorial, que não é errado, mas se transforma em erro quando as pessoas deixam de serem elas mesmas para viver a vida de outras, sempre se espelhando no que alguém fazem e como vivem, colocando os prazeres como centro da vida, deixando de ser um ser humano e se comportando como animal. Esquece de cuidar de sua alma, de cultivar sua cultura e vive apenas como massa de manobra dos detentores do poder midiático, que propagam a mesmice. Onde os mais pobres, são mais influenciados, e que isso é um problema da não utilização de toda a inteligência que os humanos possuem, deixam de pensar, e aceitam as futilidades noticiadas e propagadas.

Através disso, Nalini analisa um problema mundial causado por hábitos retrógados praticados pelos humanos, a fome, com a seguinte indagação: “existe ética em uma nação cujo povo passa fome?”. Mesmo com textos jurídicos e declarações, como os Direitos do Homem, pessoas continuam passando fome. Pois, atualmente, apesar de vivermos em uma sociedade globalizada e com alto grau de tecnologias e meios de comunicações, o mundo ainda é "dividido" entre ricos e pobres, entre aqueles que vivem na abundância e outros na pobreza. Explica que o problema, como autores Malthus acreditava, não está na falta de alimento e sim na má distribuição deles. O mundo é farto em alimentos que se fosse dividido igualmente acabaria com a fome, com a desigualdade. Os ricos concentram a maioria das riquezas e não têm interesse em dividir com aqueles que nada tem, ostentação seus alimentos, deixam apodrecer, enquanto outros morrem desnutridos.

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