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A TEORIA DA COGNIÇÃO INCORPORADA E SITUADA COMO FUNDAMENTO PARA A NOÇÃO CONTEMPORÂNEA DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Por:   •  5/3/2021  •  Artigo  •  8.428 Palavras (34 Páginas)  •  120 Visualizações

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     PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ[pic 1]

       PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO

COORDENAÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

PIBIC

RELATÓRIO FINAL

TEORIA DA COGNIÇÃO INCORPORADA E SITUADA

COMO FUNDAMENTO PARA A NOÇÃO

CONTEMPORÂNEA DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Kleber Baez Birolo Candiotto

CURITIBA

Julho de 2020

Silvio Neuhaus

Kleber Baez Birolo Candiotto

Bacharelado em Filosofia – PUC PR

PIBIC –Fundação Araucária

TEORIA DA COGNIÇÃO INCORPORADA E SITUADA

COMO FUNDAMENTO PARA A NOÇÃO

CONTEMPORÂNEA DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Relatório Final apresentado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sob orientação do(a) Profº Kleber Baez Birolo Candiotto.

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        1

2.        OBJETIVOS        3

2.1 Objetivos específicos        3

3.        REVISÃO DE LITERATURA        4

4.        MATERIAIS E MÉTODO        17

5.        RESULTADOS        18

6.        DISCUSSÃO        21

7.        CONSIDERAÇÕES FINAIS        23

REFERÊNCIAS        24

RESUMO

A bancada de teste proposta por Turing no seu Jogo da Imitação trouxe resultados que influenciam, desde a década de 50, os mais renomados filósofos e cientistas como Daniel Dennett, John Searle e Richards Dawkins da recente Ciência Cognitiva, que buscam a compreensão da mente humana e sua replicação em uma Inteligência Artificial.  A estruturação de tal Inteligência Artificial ganhou grande destaque nas últimas décadas e trouxe para a sociedade tecnológica da atualidade inúmeros benefícios que foram evidenciados com aumento da tecnologia em nossas vidas nos possibilitando uma melhor qualidade de vida. A principal definição de Inteligência Artificial formulada por Ben Coppin fixa os parâmetros essenciais para a distinção entre Inteligência Artificial e uma Inteligência Humana. No entanto, a definição e aprendizagem das máquinas proposta por Coppin só foi possível devido ao abandono da teoria dualista e o surgimento de uma nova representação da mente. Essa nova forma de idealizar a mente humana foi proposta inicialmente Daniel Dennett e posteriormente por Jerry Fodor e foi essencial para o surgimento de uma nova ciência. A ciência cognitiva busca a compreensão da interface mente – cérebro e foi muito beneficiada com o funcionalismo de Fodor. O conceito de memes de Dawkins também contribui significativamente para as ciências cognitivas e a evolução cultural da humanidade. Portanto, a ciência cognitiva que se estabeleceu percorre os fundamentos da lógica, da matemática, da psicologia, da biologia, da computação e de outras áreas do conhecimento humano a fim esclarecer qual o papel desempenhado pela mente humana e sua importância para a aplicação e a aprendizagem da Inteligência Artificial. A Inteligência Artificial é recebida na sociedade contemporânea com grande entusiasmo e cuidado, pois essa só deve ser implementada depois de haver uma minuciosa abordagem ética e filosófica sobre a forma como ela aprende e compreende o mundo. Todavia, os conceitos filosóficos e cognitivos debatidos exaustivamente entre os filósofos e cientistas estão a cada dia mais bem definidos, trazendo possibilidades urgentes para a implantação da Inteligência Artificial.

Palavras-chave: Inteligência Artificial. Interface mente–cérebro. Múltipla Instanciação. Daniel Dennett. John Searle

  1. INTRODUÇÃO

Uma das principais áreas de pesquisa da atualidade e cada vez mais necessária para o entendimento de nossas capacidades de aprendizado é a Inteligência Artificial. Para compreender melhor o que é Inteligência Artificial e como essa é capaz de aprender, se faz necessário o estudo das mais diversas áreas do saber, portanto, é de extrema importância percorrer os fundamentos da filosofia, da linguística, da psicologia, da computação, da biologia entre outras para melhor evidenciar a existência da Inteligência Artificial e como ela pode, de fato, aprender e compreender o mundo em que vivemos.

Para entendermos como funciona o processo de aprendizagem da Inteligência Artificial é necessário comparar a representação do conhecimento proposta por Ben Coppin com a teoria representacional da mente proposta por Jerry Fodor, pois essas duas, de certo modo, se complementam e são essenciais para que ocorra uma espécie de fusão entre a linguagem dos algoritmos computacionais e a linguagem do pensamento. Coppin (2017) afirma que a resolução de problemas pela Inteligência Artificial só é possível se existir uma forma de representar tais problemas. Jerry Fodor (1975), por usa vez, sustenta que as representações dos processos cognitivos, na verdade, são representações mentais fornecidas através de cálculos (computations).

Uma das teorias principais teorias que se distingue do materialismo e do dualismo cartesiano é o funcionalismo filosófico proposto por Jerry Fodor, que possui grande importância para o aprendizado e instanciação da Inteligência Artificial. A teoria funcionalista tem adquirido grande destaque para o estudo da Inteligência Artificial, principalmente com o advento das ciências cognitivas que alavancaram as pesquisas da interface mente-cérebro. Os modelos filosóficos computacionais, como o mentalês de Fodor, adquiriram importância para o campo das ciências cognitivas e o estudo da Inteligência Artificial.

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