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A natureza da filosofia e seu ensino

Tese: A natureza da filosofia e seu ensino. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/11/2013  •  Tese  •  3.198 Palavras (13 Páginas)  •  354 Visualizações

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RESUMO

Pensar a educação sem discutir seu papel socializador e seus aspectos representativos da cultura torna-se algo inevitável.

A análise dos fundamentos filosóficos na educação aqui presente busca expressar um contexto de observações e conclusões de um determinado ângulo, não tendo elucidado as questões que permeiam o meio educativo.

Os espaços educacionais carecem por vezes de reflexões e de incentivo em relação ao pensamento filosófico. Enquanto isso não acontece, vive-se a cultura da identidade sem identidade, isto é, copia-se tudo e torna-se idêntico devido à globalização causada pelo capitalismo, suprimindo a origem histórica de um povo.

A natureza da filosofia e seu ensino é algo complexo porque não tem uma fórmula exata nem definida, deixando tanto professor como o aluno num campo de sombras e indefinições.

A pouca valorização da filosofia pelos próprios profissionais, o preconceito com que os alunos a tratam e a preguiça mental do aluno, a falta de elabora cão no Projeto Pedagógico, a má formação dos profissionais e a falta de material didático são algumas das muitas causas dessa avalanche de letrados incompletos, pois a cada ano o sistema educacional lança no mercado de trabalho e meio profissional mais e mais indivíduos que sequer questionam o porquê dele estar ali.

Essa realidade diferenciada é uma constante no meio educacional brasileiro e questionada por muitos pensadores voltados à educação.

Alguns questionamentos de Bordieu e Paulo Freire são o alicerce desse texto que em suas expressões tenta também conciliar as reflexões do grupo que ainda acredita que a melhor forma de se formar é trabalhar o pensamento e a crítica no ser, fazendo dele um elemento pensante, livre de cópias e reprises.

INTRODUÇÃO

Espera-se que as perspectivas educacionais para o futuro da educação não se condicione à meros discursos formulados em rede nacional de televisão ou que preencham editais de revistas voltadas ao assunto.

Os avanços tecnológicos tornam tudo mais rápido e prático, contudo, mascaram uma realidade que ainda permanece, mesmo com vistas para novos horizontes.

Este trabalho não aponta soluções, mas apresenta realidades vividas por grande parte da sociedade que se torna cada vez mais adepta de uma cultura alienante e fragmentadora, que no intuito de educar, continua privilegiando uma parte da população e excluindo a outra, pois a maior parte das escolas continua repetindo formulas pedagógicas ultrapassadas.

A NATUREZA DA FILOSOFIA E SEU ENSINO

Existe uma grande dificuldade na exata definição da palavra filosofia. Isso se deve às novas concepções e métodos de abordagem utilizados no modelo de seu ensino. São muitas as discussões sobre essa definição e sobre seu real objetivo.

Esse problema deve ser analisado e visto com toda a seriedade que merece, pois não há como se definir algo sem que se tenha um pouco de conhecimento dele, assim como não se pode dar uma resposta adequada a uma pergunta, quando não partimos da compreensão dada de pergunta e resposta. A melhor maneira seria não definir a filosofia, pois tal atitude de definição já implica nalguma filosofia.

A abordagem do tema é um tanto quanto complexo devido à visão que a sociedade geralmente tem de mundo. Normalmente se tem o hábito de um olhar curto, tipificado e individualizado, onde o que importa é a concepção que o “eu” tem e não a concepção que se seria se o olhar fosse de “nós”. O olhar diferenciado, de estranhamento a que aqui se refere seria o olhar sociológico. Evidentemente, isso implicaria numa outra abordagem, carecendo então, dispor de um caminho mais sutil e apropriado.

De concepção equivocada, a filosofia é conhecida pela sua dificuldade compreensiva, isto é, na maioria das definições, senão todas, não se consegue cobrir com segurança tudo aquilo que se aplica à filosofia.

A necessidade dessa compreensão deve permear o conhecimento filosófico como conhecimento das causas primeiras, como ciência, que nos diz que a coisa conhecida não é só aquilo que se apresenta diante dos olhos. Deve-se entender o mundo fora do senso comum, que dá respostas rasas, sem estabilidade, sem segurança.

A filosofia é importante porque ainda que coincida com o chamado bom senso ou senso comum, se diferencia dele pela certeza das coisas, pela certeza absoluta. Ela transcende a experiência e não vai parar até esgotar os questionamentos e resolver o enigma do universo apontando sempre a essência profunda das coisas e não os fenômenos. Ela se distingue do saber cientifico porque este não atinge as causas primeiras. A filosofia é diferente de toda a ciência natural particular.

Relacionada à sociedade, a filosofia é humana, prática e tenta resolver o problema da vida que é sua finalidade ultima, contudo, é também teórica e especulativa, evidenciando que “o problema da vida não tem uma solução a não ser através de um sistema de realidade”.

A filosofia é uma sólida construção da razão humana, partindo do terreno firme da experiência para dar a sua justificativa. De forma abstrata, ela poderia ser realizada de forma

sã e eficiente, pela razão humana em função do enigma do mundo, contudo, faz-se necessário saber que o processo filosófico da abordagem ao progresso humano se dá de forma gradual, respeitando tempo e espaço, apresentando e debatendo temas, buscando soluções e permitindo continuamente sua reestruturação e elaboração, não se prendendo a um único entendimento, isto é, o processo filosófico de compreensão do sistema do mundo e da vida é apreendido com o caminhar da história respeitando todos os valores humanos.

O grande problema na compreensão da filosofia vem com a forma arbitraria com que seu ensino é visto. Muitas vezes acaba sendo de má qualidade pela incompreensão da própria filosofia e do conhecimento em geral. Filosofia é diferente de outras disciplinas apenas em grau e não em espécie.

Ensinar filosofia é ensinar a pensar de forma crítica sobre problemas, teorias e argumentos. Assim, o estudante de filosofia precisa ter instrumentos críticos e informações adequadas, contudo, devido a filosofia não ter corpo imenso de conhecimentos como acontece nas outras disciplinas, tanto

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