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A Ética e responsabilidade de Hans Jonas

Por:   •  17/9/2018  •  Resenha  •  1.492 Palavras (6 Páginas)  •  339 Visualizações

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“Ética da responsabilidade em Hans Jonas”

O artigo é escrito por Paulo César Nodari, baseado nas ideias de Hans Jonas, sobre ética da responsabilidade. A pesquisa teve abordagem analítica e trata-se de investigar a responsabilidade solidária na época da ciência, principalmente em relação com o futuro da natureza humana e a vida do Planeta visando o que a ciência e a tecnologia oferecem de possibilidades. Hans Jonas faz analisar sobre os problemas da ética em razão da vulnerabilidade da natureza que é ocasionada pelo ser humano quando intervêm sobre o ecossistema e o qual é ressaltado pelo autor como um dos grandes problemas enfrentados pela ética da responsabilidade, pois o ser humano é responsável pela vida de todos os seres vivos no Planeta. A partir de sua obra, Jonas procura analisar como se dá a possibilidade de uma ética da responsabilidade de todos os seres humanos no que diz respeito à convivência de todos os seres vivos em uma época marcada pela ciência. Com base nisso, Jonas postula o princípio da responsabilidade como um princípio ético, no que para ele não é mais a partir da ética tradicional que devemos debater sobre a realidade em que se vive, mas sim o princípio da realidade debaterá criticamente sobre essa época tecnicizada e cientificizada.

O autor apresenta a partir das ideias de Jonas uma mudança que ocorreu em ralação ao cenário tecnológico moderno, essa realidade é situada com um risco eminente na qual muitas vezes seus efeitos são irreversíveis e as conseqüências são no futuro da humanidade. A situação do homem hoje é um problema ético para o ser humano enquanto tal, pois os problemas enfrentados no nosso tempo dizem respeito a humanidade como um todo, o que podemos dizer então, é que a ética hoje precisa levar em consideração a situação histórica caracterizada pela interdependência, no contexto de uma civilização técnico-científica. Hans Jonas destaca, que a dominação sobre a natureza é em função de querer melhorar as condições de vida do ser humano, para essa concepção, saber é sinônimo de poder cuja expressão suprema é a exploração técnica da natureza em função de sua subordinação aos fins humanos, o que paradoxalmente conduziu à sujeição completa a si mesmo sob o signo da catástrofe ecológica.

Para Jonas, vivemos hoje em uma crise, na qual soluções tradicionais para ele não tem eficácia, e o que importa nessa situação da crise da modernidade é pensar em uma ética de conservação, de proteção e cuidado e não uma ética do progresso e do desenvolvimento desenfreado trata-se então de uma critica ao progresso e seu “utopismo tecnológico”, com o intuito de garantir a sobrevivência da vida humana e assim salva-la de suas ameaças. Jonas destaca de um lado, que o poder tecnológico aumentou, e com isso as possibilidades da ação humana, na qual teve a necessidade de regrar, por meio de normas o uso desse potencial, e de outro lado, o tipo de racionalidade que conduz esse processo, se reduz ao controle dos fenômenos.

Em analise ao texto, percebe-se que na era da ciência e da tecnologia, a técnica deixou de ser mais um simples fenômeno isolado e se constitui como condição essencial a condição humana, está na interpretação humana em sua totalidade. A partir, é proposta uma nova fundamentação racional e filosófica da ética na época da ciência, capaz de assegurar aos homens a capacidade de governar os efeitos do poder que eles possuem, só uma ética capaz de fundamentar uma responsabilidade universal e solidária da humanidade será capaz de assumir esse desafio responsavelmente. A ética tradicional e seus imperativos de amar uns aos outros, a honestidade e a compaixão continuam válidas nos dias atuais, sem dúvida, mas, na época da ciência e da tecnologia, não são mais suficientes para normatizar e instruir o autocontrole do excessivo poder humano. Destaca-se nessa época marcada determinantemente pela ciência, o saber que nasce da técnica, provém do excesso de poder. O poder técnico que estende as conseqüências e os resultados da ação caracterizando, por sua vez, o poder ampliado da ação humana, constata os indícios da importância e da grandeza não mais delimitável no espaço e no tempo.

Pensando nessa questão de ética da responsabilidade que é apresentada pelo autor no texto, faço relações com o texto trabalhado semana passada na disciplina, onde no capítulo 8 é feito um debate sobre utilitarismo. O que relaciono é quando no texto, o utilitarismo, as ações justas, são as que produzem bem, ou seja, que está relacionado à felicidade. Para eles a felicidade é sempre desejável como fim, as outras coisas não importam, felicidade para eles quer dizer prazer, que envolve todos os sentidos mentais como sendo bons. Para os utilitaristas, as ações que geram felicidade para a maioria das pessoas são consideradas justas, mesmo se essas requererem mentir ou violar os direitos das pessoas. A relação com o texto de hoje se da na questão de que assim como os utilitaristas pensam nas questões que geram a maior felicidade para o maior número de pessoas, Hans Jonas também apresenta na sua ideia que o ser humano intervém sobre o ecossistema, o Planeta, se pensarmos, nessa questão o ser humano também pensa em sua felicidade, e no que acha que será melhor para a maioria das pessoas, não se importando nesse caso com o Planeta.

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