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Um olhar para futuras gerações Hans Jonas

Por:   •  31/10/2016  •  Artigo  •  3.870 Palavras (16 Páginas)  •  427 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O texto de Hans Jonas aborda a temática do meio ambiente a partir da concepção ética, com base na condição humana, visando àquilo que é bom para o homem, mostrando a responsabilidade, abrangendo todo o planeta: como os animais, pessoas, natureza e com a continuidade da espécie humana e de todas outras que habitam este planeta. Trás problemas causados pelo o homem a natureza, desse modo ele mostra a preocupação com o planeta terra, pois segundo Jonas os homens anteriores à tecnologia lidava com o meio ambiente de forma equilibrada tendo a conciência de que precisavam de um planeta saudável para conseguir viver bem.

Uma ética relacionada ao agir humano, às suas ações e as consequências delas, sempre preocupado com a vida humana Jonas acreditava que o que podemos fazer não pode comprometer a nossa vida futura e assim também não afetar a humanidade nas gerações seguintes. O bem pode ser ético ou está nas ações, o bem ético é prático sem teorias e sem reflexão e já o agir é imediato se refletir sobre o futuro.

O autor considera o bem e o mal como sendo ações incompletas, mas que o homem deve se preocupar e para descobrimos se a ação é boa ou má devemos esperar os resultados do contexto. O agir bem da ética está condiconado ao relacionamento do homem com homem, sendo assim o homem é principal obejto ético. E como a relação do homem com a natureza é imutável, o bem humano é definido com clareza e sem dificuldade, a ação humana é consistente e volutária, livre, racional e intencional.

O PRINCÍPIO RESPONSABILIDADE: ENSAIO DE UMA ÉTICA PARA A CIVILIZAÇÃO TECNOLÓGICA

Hans Jonas inicia a construção de sua ética fazendo uma crítica às éticas anteriores. Segundo ele, os pressupostos dessas éticas perderam sua validade, pois a natureza do agir humano foi modificada, devido à incorporação da técnica moderna. O homem nunca esteve desprovido de técnica, entretanto, há uma diferença entre a técnica anteriormente existente, e a técnica moderna. Logo, se a natureza do agir humano foi modificada, a ética tem de ser modificada, pois esta diz respeito ao agir humano. Portanto, se o agir humano foi ampliado pela técnica, os domínios da ética deverão ser ampliados de forma proporcional.

A responsabilidade como um princípio ético vem focar uma ética para o futuro, que vibializa nossas relações com o eu, com o meu próximo e com o futuro. Para manter essas relações autênticas no presente e no futuro precisamos cuidar da natureza, do meio ambiente, para que futuramente não aja uma tragédia ambiental e assim possa existir vida como nos dias de hoje. Hans crítica à técnica nessa dimensão, quando a técnica começa ameaçar o futuro da humanidade. Não podemos deixar de lado o contexto que esse filósofo viveu, um período marcado por guerras, onde ele viu que a ação do homem pode passar dos limites e se nós não tomarmos conciência e não colocarmos um freio nas nossas ações à humanidade poderá ter um futuro catastróficoe o esse mesmo futuro não existirá.

Jonas recorre ao canto coral de Antígona,para mostrar que desde a antiguidade o homem agia na natureza através da técnica. O homem também era colocado como sendo o ser mais alto na hierarquia dos seres existentes, pois ele é dotado de capacidade de agir e monopolizar a natureza, usando a técnica sobre ele em proveito próprio. O homem é capaz de agir modificando as circunstâncias em seu benefício. Ele é construtor de sua própria vida social, embora essa vida por vezes agrida a natureza e os outros seres. O homem constrói cidades para se abrigar da força da natureza e para civilizar-se. É dito que: “A violação da natureza e a civilização do homem caminham de mãos dadas” (Jonas, p.32). Esse domínio que o homem tem sobre a natureza o levou a destruí-la e assim também esquecer que faz parte da mesma, mas ele via essa intervenção na natureza de modo não muito significativo como se fosse incapaz de gerar algum desequilíbrio ele só usava para necessidades pequenas, realmente básicas.

O homem constrói a cidade como forma de se proteger da natureza e de se tornar social, entretanto, ele acaba agredindo-a, pois começa a achar-se soberano entre as espécies que abitam a terra. Apesar de tudo, no canto coral de Antígona e mostrado, de forma subentendida, a pequenez do homem em relação aos elementos naturais. Pois apesar dele agir tais elementos, estes não se esgotam. Tão pouco, têm seu ciclo perene alterado, pois apesar do homem arar o solo e se alimentar de peixes do oceano, as forças geradoras da natureza não se esgotam. Entretanto, tudo isto só foi válido antes de nossos tempos. Pois a capacidade e abrangência das ações humanas foram ampliadas, ao ponto de poder interferir nos ciclos da natureza e agredi-la. O canto coral de Antígona reflete apenas a capacidade que o homem tinha anteriormente, nessa época suas ações não interferiam no nos ciclos naturais. No entanto, isto se modificou, e como foi dito a natureza do agir humano se modificou, tornando-se capaz de colocar o planeta em risco.

A técnica que o homem possuia ainda não era preocupante a ponto de prejudicar o equilíbrio natural, porém a civilização cresceu e aquele ato do ínicio começou a ter consequências graves. Era como se a natureza, não fosse responsabilidade do homem, ela por si só se cuidava.A ética tinha haver com o presente, à ética tradiconal está condiconada ao agir humano o homem ao criar a sua cidade (artefato) se caracteriza ser social que seria a capacidade de viver em uma sociedade. O homem era responsável pela sua cidade, a que construiu a partir de outra cidade essa responsabilidade não existe mais. Antes disso não se tinha uma preocupação com a natureza porque se a preservava, não a destruia mesmo sem ter a concepção da importância da natureza.

É feita uma crítica às éticas tradiconais porque o agir bem, da ética tradicional, ligava-se a outro o homem era o principal objeto ético, tratava-se de uma relação do homem para com o seu semelhante, uma ética antropocêntrica. A condição humana, resultante da natureza do homem e das coisas, permanecia fundamentalmente imutável para sempre, baseando-se nesse pressuposto as éticas tradicionais, podiamdeterminar com clareza e sem dificuldade o bem humano. O alcance da ação humana e de sua consequente responsabilidade era delimitado. E a relação do homem com a natureza era exclusae a ética tradicional é conceituada por Hans Jonas como sendo uma ética incompleta. Também apresentava que o bem e o mal, com o qual o homem tem que se preocupar, ficaria evidente nassuas ações. A ética era bem

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