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AS TENDÊNCIAS PARA O NOVO MUNDO PÓS-PANDEMIA

Por:   •  30/7/2022  •  Ensaio  •  2.396 Palavras (10 Páginas)  •  70 Visualizações

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TENDÊNCIAS PARA O NOVO MUNDO PÓS-PANDEMIA

INTRODUÇÃO

O mundo já não é mais o mesmo e a realidade é que ele sempre está passando por processos de mudanças e inovação, seja devido a evolução natural ou pelo modo como a sua população, que é extremamente diversa, adapta-se aos diferentes panoramas que surgem em decorrência da forma como a vida se desenvolve ao longo do tempo.

Inúmeros acontecimentos históricos permeiam o desenrolar da história da humanidade, que perpassa desde períodos nos quais ainda era limitado o domínio sobre as matérias-primas, por diferentes contextos sociopolíticos, bem como pela ocorrência de catástrofes naturais e a propagação de doenças em nível mundial, o que muitas vezes limitou a vida humana em muitas regiões e afetou, até mesmo, continentes inteiros.

Apesar de estes tipos de situações terem seus registros bem documentados, muito ainda precisa ser esclarecido, sobretudo no que diz respeito aos fatores que desencadearam, de fato, cada uma das mudanças e acontecimentos que foram vivenciados pelos seres humanos em diferentes períodos da história.

Acerca da ocorrência de epidemias que ganharam dimensão global, tornando-se pandemias que afetaram uma grande quantidade de países e até mesmo continentes muito distantes um do outro, não se trata de uma novidade o que ocorre a partir da eclosão da pandemia de COVID-19, iniciada, provavelmente, ainda no final do ano de 2019 na China. Em todo o mundo, situações como esta já foram vivenciadas anteriormente e acredita-se que, para além do que existe oficialmente registrado, este tipo de situação assola a humanidade desde o início de sua existência.

O surgimento da COVID-19 trouxe consigo uma crise mundial com reflexos não apenas na saúde, mas na vida humana como um todo. Nesse sentido, pode-se afirmar que, no período pós pandemia, é pouco provável que as coisas voltem a ser o que eram antes, pois as mudanças ocasionadas pela situação de emergência de saúde pública influenciaram a vida como um todo, desde as medidas de proteção individual, até o modo como nos relacionamos com os demais, que passou a exigir distância no trato social e maior cuidado ao estar em locais públicos, o que culminou numa mudança de comportamento e percepção do mundo ao redor de cada indivíduo.

O novo mundo pós-pandemia

Se por um lado as significativas mudanças evidenciadas no cotidiano contribuíram em parte para o controle da doença e menor mortalidade em decorrência dela, por outro também propiciou aprendizados únicos e, aqueles que se permitiram desfrutar da sensibilidade de assimilá-los certamente traçaram novos objetivos ou deram rumos diferentes para a vida a partir disso.

Diversos foram os setores da vida que necessitaram ser reinventados. No trabalho, por exemplo, as medidas impostas pelas restrições sanitárias e o distanciamento social fizeram com que todo o funcionamento do comércio, indústria, serviço e outros setores passasse a ser executado de maneira mais cautelosa e rodeado de cuidados específicos para a proteção dos trabalhadores e da população em geral (CARLOS, 2020).

Isto também passou a repercutir no modo de consumo, ou seja, transformou-nos enquanto consumidores, uma vez que inicialmente a situação alarmante provocou a escassez e limitação de insumos, principalmente aqueles voltados para a proteção individual, como máscaras, luvas e álcool em gel. Além disso, com a necessidade do isolamento social imposto pela restrição de contato social, rapidamente as sessões de alimentos e produtos de higiene e limpeza nos supermercados se esvaziaram, causando grande pânico e um abrupto desabastecimento.

Também, a liderança e o planejamento foram aspectos que precisaram ser reinventados diante de uma situação totalmente inesperada, que colocou líderes de diferentes frentes diante de um panorama de inúmeras incertezas, tanto acerca do potencial de gravidade da COVID-19 inicialmente, quanto do desenrolar da pandemia. Inicialmente, esperava-se que fosse rapidamente controlada e superada, no entanto, a doença se tornou altamente transmissível, sobretudo por meio da chamada transmissão comunitária – de pessoa para pessoa – o que passou a reforçar a necessidade do isolamento e do distanciamento social.

E, tratando-se de negócios, desafios enormes foram e tem sido esperados na forma de lidar com a demanda de clientes, o desemprego, a incerteza e com processos internos, pois os reflexos do período de pandemia ainda poderão ser percebido durante um tempo substancial.

Logo, a convivência em sociedade como um todo foi afetada pela nova realidade que se instaurou sem nenhum planejamento prévio, exigindo de homens e mulheres de todos os continentes mundiais um novo comportamento e uma nova forma de olhar para o mundo, com maior cautela nas atitudes até então simples do dia a dia e entendimento quanto a necessidade de um longo período de restrições. E, para além do cotidiano, o crítico momento também tem repercutido em áreas muito mais profundas da sociedade (BLANCO; SACRAMENTO, 2020).

Muito se falou e ainda se fala no chamado “novo normal”, que diz respeito justamente a esta nova realidade, ou seja, aos novos hábitos, atitudes e comportamentos que serão tidos como “normais”. Não a toa, muitas pessoas esperaram ansiosas pelo fim da quarentena imposta pela pandemia esmerando a volta da vida ao que, até então, era tido como normal, no entanto, o fim do período de isolamento social as colocou diante de novos e desconhecidos desafios.

Assim, o que parece ser difícil, mas necessário, é compreender que o primeiro passo para este momento requer tomar ciência de que, passada a crise, nada voltará a ser como antes e, ao compreender este sensível ponto, podemos nos preparar melhor para o que vem a seguir. Acredita-se que este cenário de crise imposto pela pandemia do novo coronavírus tem tido um efeito de “acelerador de futuros”, pois diante das mudanças abruptas e grandiosamente impactantes decorrentes dela, entende-se que esta funcionou como uma aceleração de mudanças que já eram necessárias. E, diante de um cenário completamente diferente do que já vimos, aderimos rapidamente as novas formas de fazer as coisas.

Como mencionado, isto ocorre em diversos âmbitos, desde o trabalho remoto, educação a distância e responsabilidade social das empresas, até questões mais profundas como sustentabilidade, minimalismo, solidariedade e empatia. Pode-se dizer que a crise nos possibilitou repensar nossos próprios valores, levando-nos a revisitar e revisar nossas crenças mais profundas. Há exemplo do que ocorre quando retiramos um curativo de uma ferida, podemos

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