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Análise de Julian Assange e Ezensberger

Por:   •  8/12/2015  •  Artigo  •  525 Palavras (3 Páginas)  •  219 Visualizações

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Bianca Raposo Rossi – 41423145
APM    TC.III  

O teórico alemão Hans Magnus Enzensberger, fundador da escola Nova Esquerda Alemã, analisa o uso dos meios de comunicação eletrônicos e o seu potencial emancipador. Ele critica o uso repressivo dos meios de comunicação por parte do socialismo e capitalismo, o qual o receptor se mantém passivo e defende que diante das novas alternativas comunicacionais, todo receptor é potencialmente um emissor ou produtor de conteúdo. Ele acredita na interação entre os receptores e produtores, na mobilização das massas, na descentralização e na necessidade da participação de múltiplas pessoas na criação de conteúdos eletroeletrônicos.

        O novo modelo proposto por Enzensberger se assemelha muito à Internet, onde todos os conectados são potencialmente produtores de conteúdo, pois todos têm o poder de criar, repassar, criticar ou reinterpretar qualquer mensagem no ciberespaço, ou seja, os receptores são interativos e/ou produtores. A informação não está mais no controle de um grupo ou é apenas destinada a um certo grupo, nesse novo modelo todos tem acesso a ela.

        O filosofo norte-americano David Weinberg segue a mesma linha de pensamento de Enzensberger, ele acredita que “a era digital está quebrando a noção do conhecimento monopolizado por especialistas. Através do diálogo global, (...) os jovens estão conseguindo interpretar e discutir esse conhecimento”, muito diferente da cultura dominada pela comunicação de massa, onde um falava e muitos ouviam, onde não havia interação entre o produtor e os receptores, onde o receptor não tinha voz (não tinha onde se expressar também) e a informação/mensagem era manipulada, ou seja, o receptor não tinha um discernimento crítico, pois a mensagem/informação só era propagada por um modo de vista.

        O jornalista e ciberativista australiano Julian Assange, fundou em 2006 o WikiLeaks, um website de denúncias e vazamento de informações. Assange, assim como Weinberg e Enzensberger acredita que a internet tem o poder emancipador, ele defende a transparência das informações e a informação a todos, não somente nas mãos de poucos e a liberdade da rede, em contrapartida da vigilância.

        Essa maior liberdade adquirida com a internet, confirma dois pontos mencionados por Mark Bauerlein: o quanto estamos desesperados por nos conectar uns com os outros, o quanto curtimos a companhia alheia; e o tanto que estamos entusiasmados com a possibilidade de criar coisas. O fato de a internet dar a possibilidade de expressar todo e qualquer pensamento humano, faz com que pessoas que pensam da mesma forma sobre determinado assunto possam trocar informações de qualquer parte do mundo, sendo muitas vezes pensamentos negativos, nomeado por Weinberg de echochamber.

Em contrapartida, a internet/rede se transformou em uma “extensão” da sociedade, as características humanas são facilmente encontradas pela rede, pois encontramos desde de boas ações, vendas de objetos e entretenimento até as ações mais deploráveis do ser humano, como venda das chamadas Real Dolls na deep web, dando assim, credibilidade à frase dita por Bauerlein “até podemos ficar chocados ao ver tanta coisa, mas não deveríamos. Porque simplesmente é assim que somos”.

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