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Biografia De John Dewey

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Por:   •  6/12/2013  •  4.124 Palavras (17 Páginas)  •  2.625 Visualizações

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• 1. John Dewey – 1859-1952 “ Só a inteligência dá ao homem o poder de alterar sua existência”.

• 2. John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, no estado norte-americano de Vermont. Graduou-se pela Universidade do Vermont em 1879 e exerceu as funções de professor do secundário durante dois anos, tempo em que desenvolveu um profundo interesse por Filosofia. Em Setembro de 1882 deixou o ensino e retornou à universidade para estudar Filosofia, na Universidade Johns Hopkins, onde obteve o doutoramento.

• 3. Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos.

• 4. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade.

• 5. Dewey exerceu a função de professor de Filosofia na Universidade de Michigan, onde ensinou a partir de Setembro de 1884. Três anos mais tarde, publicava o seu primeiro livro, Psychology. Esse livro foi importante para o passo seguinte da carreira de Dewey: o cargo de professor de Filosofia Mental e Moral na Universidade de Minnesota, que assumiu em 1888.

• 6. Em 1889 tornou-se chefe do Departamento de Filosofia. Em 1894, no entanto, saiu de Michigan para a recém-criada Universidade de Chicago onde em breve passava a liderar o departamento de Filosofia e o departamento de Pedagogia, criado por sua sugestão. Depois de problemas graves na política interna do Departamento de Educação da Universidade de Chicago, Dewey abandonou a instituição para se ligar à Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde permaneceu até ao fim da sua carreira no ensino, em 1930

• 7. Continuou, no entanto, a ensinar como Professor Emérito até 1939, e continuou a escrever e a intervir socialmente até às vésperas da morte. Entre suas obras se destacam The School and Society (1899; "A Escola e a Sociedade") e Experience and Education (1938; "Experiência e Educação"). John Dewey, traçou os fundamentos do trabalho com projetos a partir de sua Teoria da Experiência.

• 8. John Dewey defendia que a escola tinha a missão de preparar para a vida. E nessa concepção a criança teria que ser capaz de projetar, procurar meios de realização para seus próprios empreendimentos e de realizá-los, verificando pela sua própria experiência. “ Este, ao colocar em prática suas experiências, introduziu o compromisso livre e a democracia, em que, propôs que a criança ao vir para a escola, vêm para resolver os problemas presentes e não pensar em uma escola para o futuro”.

• 9. O pensador que pôs a prática em foco. Defendia a democracia e a liberdade de pensamento como instrumentos para a maturação emocional e intelectual das crianças. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.

• 10. Dewey é o no me mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida c omo pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo – uma vez que, para essa escola de pensamento, as ideias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais.

• 11. Estímulo à cooperação. “ O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento”. A escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma isolada. A educação, na visão deweyana, é “uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade”.

• 12. Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo. O papel da escola, segundo ele, é reproduzir a comunidade em miniatura, apresentar o mundo de um modo simplificado e organizado e, aos poucos, conduzir as crianças ao sentido e à compreensão das coisas mais complexas. Em outras palavras, o objetivo da escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo.

• 13. Liberdade intelectual para os alunos. Filosofia deweyana- baseada na liberdade do aluno para elaborar as próprias certezas, os próprios conhecimentos, as próprias regras morais. Para Dewey, o professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Pode-se afirmar que as teorias mais modernas da didática, como o construtivismo e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, têm inspiração nas ideias do educador.

• 14. “ Idealizar e racionalizar o universo em geral é uma confissão de incapacidade de dominar os cursos das coisas que especificamente nos dizem respeito”, escreveu. Essa perspectiva levou Dewey a rejeitar a ideia de leis morais fixas e imutáveis. Defendia a utilização, diante dos problemas sociais, dos métodos e atitudes experimentais que foram bem-sucedidos nas ciências naturais. Ele próprio procurou aplicar essa abordagem em relação à investigação filosófica e à didática. A defesa irrestrita do experimentalismo.

• 15. Uma das principais lições deixadas por John Dewey é a de que, não havendo separação entre vida e educação, esta deve preparar para a vida, promovendo seu constante desenvolvimento. Como ele dizia, “as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo”. Então, qual é a diferença entre preparar para a vida e para passar de ano? Como educar alunos que têm realidades tão diferentes entre si e que, provavelmente, terão também futuros tão distintos?

• Biografia[editar]

• Graduou-se pela Universidade de Vermont em 1879 e exerceu as funções de professor do secundário durante dois anos, tempo em que desenvolveu um profundo interesse por Filosofia. Em setembro de 1882, deixou o ensino e retomou os estudos de Filosofia na Universidade Johns Hopkins, onde obteve o doutoramento.

• Dewey exerceu a função de professor de Filosofia na Universidade de Michigan, onde ensinou a partir de setembro de 1884. Três anos mais tarde (1887), publicava o seu primeiro livro, Psychology, onde propunha um sistema filosófico que conjugava o estudo científico da psicologia com a filosofia idealista alemã.

• Esse livro foi importante para o passo seguinte da carreira de Dewey: o cargo de professor de Filosofia Mental e Moral na Universidade de Minnesota, que assumiu em 1888. Porém, no ano seguinte, após a morte súbita do seu mentor, George Morris, regressou à Universidade de Michigan para se tornar chefe do Departamento de Filosofia. Em 1894, no entanto, saiu de Michigan para a recém-criada Universidade de Chicago onde logo passaria a liderar o departamento de Filosofia e o departamento de Pedagogia, criado por sua sugestão.

• No final da década de 1890, Dewey começou a afastar-se da sua anterior visão idealista neo-hegeliana e a adotar uma nova posição, que viria a ser conhecida mais tarde como pragmatismo.

• Depois de problemas graves na política interna do Departamento de Educação da Universidade de Chicago, Dewey abandonou a instituição para se ligar àUniversidade de Columbia, em Nova Iorque, onde permaneceu até ao fim da sua carreira no ensino, em 1930. Continuou, no entanto, a ensinar como Professor Emérito até 1939, e continuou a escrever e a intervir socialmente até às vésperas da morte.

• Entre suas obras se destacam The School and Society ( "A Escola e a Sociedade", 1899) ,Democracy and Education ( "Experiência e Educação", 1938) e Art as Experience (Arte como experiência, 1958).

• Outros dados[editar]

• John Dewey é reconhecido como um dos fundadores da escola filosófica de Pragmatismo (juntamente com Charles Sanders Peirce e William James), um pioneiro em psicologia funcional, e representante principal do movimento da educação progressiva norte-americana durante a primeira metade do século XX. Foi também editor, tendo contribuído para a Enciclopédia Unificada de Ciência, um projeto dos positivistas, organizado por Otto Neurath.

• Em 1907 participou da Comunidade Helicon Hall, em Englewood (Nova Jérsei).1 2

BIOGRAFIA: John Dewey (1859-1952)

John Dewey nasceu em 1859 nos Estados Unidos na cidade de Burlington no estado de Vermont.

A maior contribuição para sua educação veio de casa, onde sua mãe confiava tarefas aos filhos para despertar o senso de responsabilidade. Esse fato compensou sua educação na escola que foi marcada pelo desinteresse e desestímulo.

Em 1897 se graduou pela Universidade de Vermont, onde foi professor secundário por dois anos. Nesse período desenvolveu um grande interesse pela filosofia. Razão pela qual retornou aos estudos ingressando na Universidade John Hopkins em 1882 e obtendo o título de Doutor em Filosofia.

A partir de setembro de 1884 tornou-se professor de Filosofia na Universidade de Michigan e em 1887 publicou seu primeiro livro, Psychology, onde propunha um sistema filosófico que conjugava o estudo científico da psicologia com a filosofia idealista alemã.

Devido á aceitação desse livro, em 1888, Dewey passou a ocupar o cargo de professor de Filosofia Mental e Moral da Universidade de Minnesota, mas devido á morte de seu mentor, George Morris, retornou à Universidade de Michigan tornando-se chefe do Departamento de Filosofia.

Em 1894, saiu de Michigan para liderar os Departamentos de Filosofia e Pedagogia na recém-criada Universidade de Chicago.

No final da década de 1890, Dewey começou a afastar-se da sua anterior visão idealista neo-Hegeliana e a adotar uma nova posição, que veio a ser conhecida mais tarde como pragmatismo.

Dewey, depois de problemas graves na política interna do Departamento de Educação da Universidade de Chicago, deixou a instituição ligando-se à Universidade de Columbia permanecendo até o fim de sua carreira no ensino em 1930, passando a ensinar como Professor Emérito até 1939 e escrevendo e intervindo socialmente até as vésperas de sua morte.

Entre suas obras se destacam The School and Society (1899; "A Escola e a Sociedade") e Experience and Education (1938; "Experiência e Educação").

John Dewey é reconhecido como um dos fundadores da escola filosófica de Pragmatismo (juntamente com Charles Sanders Peirce e William James), – embora ele preferisse o nome instrumentalismo – um pioneiro em psicologia funcional, e representante principal do movimento da educação progressiva norte-americana durante a primeira metade do século XX. Foi também editor, contribuindo na Enciclopédia Unificada de Ciência, um projeto dos positivistas, organizado por Otto Neurath.

Dewey na obra Democracy and Education, assim como Vygotsky concebia o conhecimento e o seu desenvolvimento como um processo social integrando os conceitos de "sociedade" e indivíduo, ampliando assim a filosofia democrática contidas em Rousseau e Platão, onde o primeiro centrava sua visão no indivíduo e o segundo focava na influência da sociedade onde o indivíduo está inserido.

Para ele, o indivíduo somente passa a ser um conceito significante quando considerado parte inerente de sua sociedade – enquanto esta nenhum significado possui, se for considerada à parte, longe da participação de seus membros individuais.

Em Experience and Nature ("Experiência e Natureza"), defende que o empirismo subjetivo da pessoa é quem realmente introduz as novas idéias revolucionárias no conhecimento. De tal maneira, não considera o ensino como algo acabado, mas como habilidades que o estudante adquire e que pode ser integrado á sua vida como cidadão.

Dewey dirigiu juntamente com sua esposa Alice, na Universidade de Chicago um laboratório-escola, onde as crianças bem novas aprendiam conceitos de física e biologia presenciando os processos de preparo do lanche e das refeições, que eram feitos na própria classe.

Este elemento de ensino com a prática cotidiana foi sua grande contribuição para a Escola Filosófica do Pragmatismo, porém essa iniciativa fracassou diversas vezes em pouco tempo.

Suas idéias, embora bastante populares, nunca foram ampla e profundamente integradas nas escolas públicas norte-americanas, embora alguns dos valores e premissas tenham se difundido. Suas idéias de "Educação Progressiva" foram duramente perseguidas no período da Guerra Fria, quando a preocupação dominante era criar e manter uma elite intelectual científica e tecnológica, para fins militares. No período pós-guerra fria, entretanto, os preceitos da Educação Progressiva têm ressurgido na reforma de muitas escolas, e o sistema teórico de educação tem suas pesquisas evoluído.

John Dewey influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, onde integrava a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.

Dewey é considerado o responsável pela corrente filosófica conhecida como pragmatismo onde as idéias ensinadas na escola só têm importância se servirem para resolver problemas reais.

O que importa é o crescimento – físico, emocional e intelectual. O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando, na prática, tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Passam a ser valorizadas no currículo, atividades manuais e criativas e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional, mas também no interior das escolas, visto que é a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos.

John Dewey

O filósofo norte-americano defendia a democracia e a liberdade de pensamento como instrumentos para a manutenção emocional e intelectual das crianças

"A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento"

John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade. Foi professor secundário por três anos antes de cursar a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação, além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos.

Quantas vezes você já ouviu falar na necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos? De prepará-los para questionar a realidade? De unir teoria e prática? De problematizar? Se você se preocupa com essas questões, já esbarrou, mesmo sem saber, em algumas das concepções de John Dewey, filósofo norte-americano que influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.

Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo - uma vez que, para essa escola de pensamento, as idéias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e intelectual.

O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional mas também no interior das escolas.

Estímulo à cooperação

Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma escola-laboratório ligada à universidade onde lecionava para testar métodos pedagógicos. Ele insistia na necessidade de estreitar a relação entre teoria e prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só têm sentido no dia-a-dia. Outro ponto-chave de sua teoria é a crença de que o conhecimento é construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. "O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento", escreveu. Por isso, a escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma isolada.

Seu grande mérito foi ter sido um dos primeiros a chamar a atenção para a capacidade de pensar dos alunos. Dewey acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de pessoas se comunicando e trocando idéias, sentimentos e experiências sobre as situações práticas do dia-a-dia. Ao mesmo tempo, reconhecia que, à medida que as sociedades foram ficando complexas, a distância entre adultos e crianças se ampliou demais. Daí a necessidade da escola, um espaço onde as pessoas se encontram para educar e ser educadas. O papel dessa instituição, segundo ele, é reproduzir a comunidade em miniatura, apresentar o mundo de um modo simplificado e organizado e, aos poucos, conduzir as crianças ao sentido e à compreensão das coisas mais complexas. Em outras palavras, o objetivo da escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo.

"Afinal, as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo", ensinou, argumentando que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais. A Educação, na visão deweyana, é "uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo.

A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.

Liberdade intelectual para os alunos

A filosofia deweyana remete a uma prática docente baseada na liberdade do aluno para elaborar as próprias certezas, os próprios conhecimentos, as próprias regras morais. Isso não significa reduzir a importância do currículo ou dos saberes do educador. Para Dewey, o professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Em lugar de começar com definições ou conceitos já elaborados, deve usar procedimentos que façam o aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos para depois confrontar com o conhecimento sistematizado. Pode-se afirmar que as teorias mais modernas da didática, como o construtivismo e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares Nacionais, têm inspiração nas idéias do educador.

Para pensar

Uma das principais lições deixadas por John Dewey é a de que, não havendo separação entre vida e educação, esta deve preparar para a vida, promovendo seu constante desenvolvimento. Como ele dizia, "as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo". Então, qual é a diferença entre preparar para a vida e para passar de ano? Como educar alunos que têm realidades tão diferentes entre si e que, provavelmente, terão também futuros tão distintos?

http://www.curriculosemfronteiras.org/classicos/teiapple.pdf

A educação não é uma instrumentalização neutra. Pelo contrário, sob uma variedade de

formas, é inerentemente política. Partindo do vasto universo de conhecimento possível,

apensa determinados grupos de conhecimentos que são declarados legítimos para serem

ensinados. Perante as muitas diferentes formas de pedagogia que podem ser utilizadas, as John Dewey

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que dominam, tendem a silenciar as vozes e as experiências dos estudantes. As próprias

escolas encontram-se ligadas também à reprodução – e subversão – das relações existentes

de raça, género e classe. Pese embora hoje em dia tenhamos uma compreensão muito maior

e mais profunda das complexas relações entre educação e poder diferenciado, o facto é que

estas preocupações têm uma longa história. É quase impossível pensar nestes assuntos –

tanto ao nível da teoria, quanto da prática – sem nos apoiarmos no legado de John Dewey.

Este legado é contraditório, contudo extremamente importante como fundamento para uma

visão da educação que se encontra enraizada na expansão da democracia a todas as esferas

da vida social.

John Dewey (1859-1952) é geralmente reconhecido como o educador estadounidense

mais reputado do século XX. Numa carreira prolífica que trespassou sete décadas (a sua

obra completa engloba trinta e sete volumes), Dewey centrou-se num vasto leque de

preocupações, sobretudo e de uma forma notável, no domínio da filosofia, educação,

psicologia, sociologia e política. Tanto durante a sua vida quanto depois da sua morte, os

escritos e as posições públicas de Dewey têm sido sujeitas a uma interpretação e

reinterpretação por um sem número de estudiosos. Existe uma literatura suficientemente

volumosa sobre ele, ou escrita por ele mesmo, com avaliações profundamente distintas

sobre a natureza e impacto do seu trabalho.

Tem sido referido, literalmente, tanto como santo, quanto como pecador, respeitado

pelo seu compromisso com a educação progressista e políticas democráticas e ainda

vilipendiado pelo seu presumível papel na “fragilização” da escolarização estadounidense e

destruição das velhas tradições. Tem sido destacado por se alinhar com a causa da

democracia industrial e denunciado pela sua fraqueza no que diz respeito a uma visão

verdadeiramente radical. Actualmente, passados mais de 40 anos da sua morte, surge

novamente como tema de debate, sendo retratado, tanto como um predecessor da crítica

cultural pós-estrutural, quanto como o filósofo mais importante do pragmatismo

estadounidense. Ironicamente, e ao contrario das assunções feitas por alguns comentadores

do seu trabalho, as verdadeiras ideias de Dewey, na verdade, nunca permearam o sistema

educativo estadounidense não obstante o lugar central que ele ocupa no discurso académico

ao longo do século XX. Tal como ele próprio deixou escrito, pouco antes de sua morte em

1953, “há muito mais conversa sobre a educação progressista do que propriamente a sua

implementação”.

Dewey nasce em 1859 em Burlington, Vermont. Burlington, durante a sua juventude,

encontrava-se num processo de transformação de uma comunidade homogénea e íntima,

típica de uma cidade pequena, para uma cidade socialmente diversificada e dinâmica, que

se viria a tornar no centro comercial e cultural do estado. Na verdade, os Estados Unidos

durante os finais do século XIX e princípios do século XX, rapidamente se envolvia num

processo de transformação de uma sociedade agrícola relativamente simples para uma

nação urbano-industrial muito mais complexa. As formas pelas quais se poderia manter

uma comunidade democrática genuína e coesa no seio das transformações económicas e

culturais da nova ordem industrial, foram preocupações cruc

John Dewey

Filósofo e psicólogo norte-americano

20-10-1859, Burlington, Vermont

1-6-1952, Nova York

Do Klick Educação

Dewey, professor de 1904 a 1931 na Universidade de Colúmbia em Nova York, é um dos representantes mais significativos do pragmatismo norte-americano. Partindo das ciências naturais, do materialismo, do behaviorismo e da experiência prática, concebeu o pensamento como um instrumento para o intercâmbio, definindo, por isso, sua filosofia como instrumentalista. O crescimento e o desenvolvimento são os termos-chave de seu pensamento filosófico, cujo objetivo primordial é a solução das tensões e a melhoria das relações sociais. Dewey defendeu uma humanização da sociedade capitalista, e sua obra pedagógicaDemocracia e Educação (1916) foi determinante para o que neste século se evoluiu no sistema educativo norte-americano. Como psicólogo, sustentou a idéia de que todas as formas de relação conduziam basicamente a uma adaptação ao meio (funcionalismo).

Biografia de JOHN DEWEY ( 1859-1952 ) I

John Dewey nasceu em Burlington, Vermont a 20 de Outubro de 1859 e faleceu a 01 de Junho de 1952 em Nova York.

Ambos os pais de John Dewey provinham de famílias de agricultores, mas o seu pai adquiriu uma mercearia que perdeu durante a Guerra Civil Americana. Após, desmobilizado, o pai de Dewey adquiriu uma tabacaria.

John Dewey viveu em Burlington até 1875,com exceção de um curto período de tempo, entre 1864 e 1867, em que viveu no estado da Virgínia, onde se situava o aquartelamento do seu pai. Entre 1882 e 1884 Dewey realizou um doutoramento em Filosofia, na Universidade Johns Hopkins. A sua tese de Doutoramento, intitulada "A Psicologia de Kant" nunca foi publicada, e o seu paradeiro é atualmente desconhecido. Filósofo, Psicólogo e Pedagogo Liberal norte-americano, exerceu grande influência sobre toda a pedagogia contemporânea. Ele foi defensor da Escola Ativa, que propunha a aprendizagem através da atividade pessoal do aluno. Sua filosofia da educação foi determinante para que a Escola Nova se propagasse por quase todo o mundo.

Dewey praticou uma crítica contundente à obediência e submissão até então cultivadas nas escolas. Eles as considerava verdadeiros obstáculos à educação. Através dos princípios da iniciativa, originalidade e cooperação, pretendida liberar as potencialidades do indivíduo rumo a uma ordem social que, em ez de ser mudada, deveria ser progressivamente aperfeiçoada.

Alguns aspectos de sua teoria são similares à pedagogia do trabalho, com apresentação de discurso bastante genérico, não questionando as raízes das desigualdades sociais. Ele dava prioridade ao aspecto psicológico da educação, em prejuízo da análise da organização capitalista da sociedade, como fator essencial para a determinação da estrutura educacional.

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