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Corrupção: Natureza Humana ou Condição Social? (Humberto Dantas e Sérgio Praça) RESUMO

Por:   •  2/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  885 Palavras (4 Páginas)  •  178 Visualizações

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Atualmente, em um contexto nacional, a corrupção é um problema social instaurado em nosso país. Quando se abre o jornal, ou liga-se a televisão, no Brasil, é raro não nos defrontarmos com escândalos no mundo político. São os mais escandalosos casos: apropriação de recursos públicos, uso indevido da máquina administrativa, lavagem de dinheiro, obtenção de vantagens em negociações e tantas outras mazelas configuram uma sensação de mal-estar coletivo, pois pra todos os lados, observa-se atitudes corruptas devastando uma sociedade, onde cada vez mais percebe-se corruptos e corrompidos. Criam-se, dessa forma, um clamor moral e um clima de associação entre política e corrupção, pois por todos os lados vê-se prática corruptas em maior ou menor grau, o que acaba incorporando ao cidadão um entendimento de que todo político comete atos ilícitos.

Esse contexto gera um cenário pessimista, onde se observa instabilidade, barreiras a projetos de políticas públicas, e cada vez mais desigualdade social. Contudo, apesar dessa sucessão de escândalos no Brasil, existe uma sensação de impotência por parte da sociedade; a corrupção é tolerada e os cidadãos ficam apenas aguardando qual será o próximo escândalo que circulará nos jornais.

Vários estudiosos já se propuseram a estudar sobre a corrupção, como é o caso do antropólogo Roberto Damatta, que em seu estudo associa os atos ilícitos a cultura brasileira, o que já vem sendo incorporado, e inclusive tido como “ o jeitinho brasileiro” , de se resolver os assuntos obtendo vantagem, ou subornando terceiros em prol de benefícios. Essa sensação de mal-estar coletivo com a corrupção cria uma ideia de que existe uma natural desonestidade do brasileiro. O que torna-se ainda pior, quanto ao âmbito político, onde o senso comum já tem como uma espécie de caso perdido.

Não há, no âmbito do pensamento social e político brasileiro, uma teoria da corrupção no Brasil. Contudo, na filosofia, há tempos esse tema vem sendo abordado. Maquiavel acreditava que na política, o que importa é o resultado, e que nesse âmbito, não se poderia buscar valores morais ou princípios, pois os envolvidos agiriam de acordo com as circunstâncias. Além disso, existe um conhecido pensamento maquiavélico, que diz que “os fins justificam os meios”. O que vale a pena na política em seu pensamento, é a estabilidade e a manutenção do Estado. Assim, o homem não precisaria exatamente ser, mas sim demonstrar que era bom, leal e responsável. Uma vez que por natureza, este estaria tendenciado a maldade e ao erro. Dessa forma, para ele não importava como aconteceu, mas sim o resultado. Porém, o que observa-se na atualidade, é que além da maioria dos políticos quererem apenas demonstrar, e não ser, e não ter honestidade, eles não agem em prol do Estado, mas sim em benefício próprio.

Para Aristóteles, aqueles que assumissem o governo deveriam ter condutas morais perfeitas, e se prestarem a fazer acontecer os desejos da sociedade, e para ser governante, deveria ser principalmente dotado de discernimento. Já Hobbes, afirmava que “O home é o lobo do homem”, sendo capaz de atentar uns contra os outros, acreditando ainda que os homens são ruins por natureza, se importando apenas com o desejo de poder e de demonstrar honra, além de ceder rapidamente as paixões e a interesses pessoais. Carregando características de orgulho,

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