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ETICA E MORAL

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Por:   •  28/11/2014  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  338 Visualizações

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2.1 A retórica dos sofistas e as perguntas de Sócrates

No século XII a.c. a civilização micênica foi destruída, e como resultado, o comercio e a escrita desapareceram.

Somente no século VIII a.c., na transição dos tempos homéricos para o período arcaico, é que o antigo mundo rural e aristocrático, assentado em tribos e clãs familiares irá ceder espaço para as primeiras aglomerações urbanas.

Entretanto os comerciantes passam a defender seus interesses que, muitas vezes, se opõem aos da aristocracia. Após algumas importantes reformas políticas será finalmente implantada a democracia.

Sócrates é o primeiro filósofo a eleger problemas éticos e políticos como tema central de seus questionamentos. Nesse exercício, irá divergir dos sofistas que ensinavam a arte da retórica, ou seja, ensinavam o orador a expor seu ponto de vista com coerência e brilhantismo a fim de convencer seus interlocutores de que realmente tinha razão.

Sócrates, por sua vez, faz exatamente o contrario: desenvolve um método de destruição das certezas e das convicções. Sua famosa frase “SÓ SEI QUE NADA SEI” é o ponto de partida para a procura, e para pesquisa. Sua habilidade questionadora nada mais é do que uma imensa capacidade de colocar em xeque as crenças e os dogmas, as opiniões e o senso comum de seus interlocutores.

Sua postura de incansável perguntador rendeu-lhe, porém, diversos inimigos: os poderosos, afinal, não gostavam nem um pouco de se verem expostos em sua ignorância. Curiosamente a execução de Sócrates, quando ele contava 70 anos, coincide com a decadência da democracia ateniense, enfraquecida por intrigas, conspirações, corrupção e por uma crise de valores políticos e morais.

2.2 A retórica dos sofistas e as perguntas de Sócrates

Platão (428-347 a.c.) era um jovem de 29 anos quando Sócrates foi executado. Fiel a Sócrates, Platão compra a briga com os sofistas. Desiludido porém, com a democracia, afasta-se da participação política e elabora aquilo que viria a ser considerada a primeira grande sistematização do pensamento filosófico.

Platão contudo, dá um passo além de seu mestre e ousa elaborar um “saber positivo”, capaz de garantir a certeza do conhecimento e, consequentemente, de orientar a ação ética e politica.

A admirável novidade expressada pelo pensamento de Platão é que ele não adota como ponto de partida do seu sistema filosófico nenhuma revelação externa, nenhuma autoridade divina nem algo que seja sobrenatural.

A filosofia se converte, assim, numa analise critica dos fundamentos, do discurso legitimador do conhecimento como “posse de uma representação correta do real”.

Com a filosofia é certo, Platão enfatiza a teoria, mas não deixa que ela se transforme num fim em si mesmo, colocando-a à serviço de uma aplicação pratica, baseada em princípios que vão além do imediato, da opinião. O filosofo, portanto, é, para Platão, aquele que sai da caverna, mas não esquece o compromisso de retornar para alterar as relações humanas. Platão, finalmente, manifesta-se contrario à democracia.

Na sociedade imaginada por Platão, a família e a propriedade deveriam ser eliminadas e a educação ficaria

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