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Espartanos de esparta

Por:   •  21/11/2015  •  Resenha  •  1.924 Palavras (8 Páginas)  •  317 Visualizações

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                        Grécia entre Guerras:

        Das Guerras Médicas ao Período Helenístico

        “O Período Clássico, que abrange os séculos V e IV a.C., é considerado a fase áurea da civilização grega pelas grandes realizações que nele se registraram no campo político, artístico e intelectual. Nesse período, a Grécia enfrentou o Império Persa e o derrotou. Ao mesmo tempo, nele se assistiu ao acirramento das rivalidades entre as cidades-estados, o que levaria ao enfraquecimento político do mundo grego e, posteriormente, à perda de sua independência. Foi o momento do apogeu e da decadência da Grécia. No entanto, as conquistas desse período, no campo das artes e do pensamento, atravessaram os séculos e permanecem vivas até hoje.”

BIASOLI, Vitor. O mundo grego. São Paulo : FTD, 1995. p. 18.

        No século V a.C., período de sua maior expansão cultural e política, Atenas se envolveu em inúmeros conflitos contra os persas, os quais procuravam efetivar suas conquistas sobre as colônias gregas do litoral da Ásia Menor. Posteriormente, buscando impor a sua superioridade política, envolveu-se em guerras contra Esparta. O desgaste produzido por esses conflitos comprometeu a estabilidade econômica e política das cidades-estados gregas, tornando-as vulneráveis ao domínio externo dos macedônicos.

Guerras Médicas: Gregos X Persas

        Os gregos chamavam os persas de medos, por isso as guerras que ocorreram entre eles ficaram conhecidas como “Guerras Médicas”.

        Durante o século V a.C., tanto a Grécia como a Pérsia se encontravam em um período de plena expansão: os persas ampliando sem cessar o seu império, a Grécia vivendo o seu apogeu cultural. As colônias gregas instaladas na Ásia Menor, com o desenvolvimento do comércio marítimo, viviam um período de prosperidade. Nessa época (546 a.C.), Ciro, rei dos persas, conquistou a região da Lídia (Ásia Menor) anexando, então, ao seu império toda a costa asiática do Mediterrâneo. Os gregos que viviam na região viram-se, a partir daquele momento, obrigados a pagar impostos aos persas e a submeter-se às suas leis. Os atenienses, solidários com os seus compatriotas da Ásia Menor, aliaram-se a eles, contra o imperialismo persa.

        A partir de 520 a.C., Dario I assumiu o comando político do Império Persa. Durante o seu reinado, ocorreram sucessivas batalhas contra os gregos e o expansionismo territorial persa atingiu as mais vastas proporções.

        O primeiro confronto entre persas e gregos ocorreu na Batalha de Maratona (490 a.C.). Lutando praticamente sozinhos contra o exército oponente, os atenienses conquistaram uma importante vitória e libertaram toda a Grécia do domínio persa. Dez anos mais tarde, Xerxes, filho de Dario I, investiu novamente contra a Grécia, iniciando, assim, a Segunda Guerra Médica, em torno de 480 a.C. Durante esse período, as cidades-estados gregas tiveram de esquecer, momentaneamente, suas rivalidades somando forças para defender sua liberdade e independência. Sob a liderança de Atenas, os gregos derrotaram os persas na Batalha Naval de Salamina.

        Em 448 a.C. foi firmado um tratado de paz na cidade de Susa (Pérsia), pelo qual os persas reconheceram a hegemonia grega no Mar Egeu, e retiraram-se da Grécia, bem como de suas colônias na Ásia Menor. Com esse acordo, pôs-se fim às Guerras Médicas.

        O historiador Marvin Perry dá o seguinte parecer sobre esse episódio da história grega: “As guerras persas foram decisivas para a história do Ocidente. Tivessem os gregos sido derrotados, é muito provável que a sua vitalidade cultural e política fosse esmagada. Entretanto, a confiança e o orgulho provenientes dessas vitórias levaram Atenas a sua Idade de Ouro”.

PERRY, Marvin. Op. Cit. P. 54.

        Após as Guerras Médicas, mais de 150 cidades-estados, sob a liderança de Atenas, organizaram-se emu ma confederação conhecida como Liga de Delos. Essas cidades-estados se comprometeram a dar apoio a Atenas com recursos financeiros e autorizá-la a dispor de sua frota naval e de seus exércitos, em caso de novas investidas persas sobre o território grego. Como não houve outros conflitos, o governo ateniense acabou se servindo do dinheiro da Liga para embelezar a cidade e se transformar num grande império marítimo comercial. Com isso, tornou-se rica e, conseqüentemente, a cidade-estado mais poderosa da Grécia.

        A partir desse período, a democracia se consolidou em Atenas, mas a sua postura política em relação às demais cidades-estados da Liga de Delos passou a ser imperialista. Atenas proibiu as outras cidades de abandonarem a Liga e enviou guarnições militares para impor o seu domínio. As contribuições financeiras, antes espontânea, foram transformadas em imposto. Com essa atitude, cresceu o ódio das cidades-estados que estavam subjugadas a Atenas.

Guerra Interna: Atenas X Esparta

A Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.)

        Esparta, que não fazia parte da Liga de Delos, viu-se ameaçada diante do crescente poder imperialista de Atenas e, para garantir a sua independência, aliou-se às outras cidades-estados, formando, então, a Liga do Peloponeso. O confronto entre Esparta e Atenas foi inevitável.

        A guerra entre as duas cidades teve como causa principal as questões de ordem econômica e política, porém não devemos esquecer a rivalidade já existente entre as duas principais cidades-estados da Grécia. Atenas era democrática, progressista, urbana, imperialista e avançada intelectual e artisticamente. Esparta era aristocrática, conservadora, agrária e provinciana. Os atenienses consideravam os espartanos povos bárbaros. Os espartanos desconfiavam do imperialismo ateniense e não viam com bons olhos suas expansão econômica e política. Além disso, Esparta acusava Atenas de instigar os hilotas (servos e escravos públicos em Esparta) à rebelião.

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