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Estudo dirigido: Ceticismo antigo vs Ceticismo Cartesiano

Por:   •  18/12/2017  •  Ensaio  •  1.711 Palavras (7 Páginas)  •  274 Visualizações

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Aluno: José Alves

Estudante do 4º Período de Farmácia - IFRJ

Disciplina: Filosofia 4

Professor: Rômulo Baptista

Ceticismo Antigo

“Sképsis” - Investigação

Em um contexto de escolas helenísticas, o ceticismo não é exatamente uma das mesmas. Esta filosofia estabelece o conhecimento como provisório, e a verdade como inalcançável mas que deve ser buscada. Sendo assim, nada pode ser afirmado e, segundo Timon, Pirron possuía três questões, estas que estruturam seu edifício de pensamento.

1 Pergunta: Qual a natureza das coisas?

Nem a razão nem os sentidos nos permitem conhecer as coisas tais como elas são, e todas as tentativas resultam em fracasso.

Obs* Falta de critérios para o entendimento das coisas.

2 Pergunta: Qual atitude diante disto devemos ter? Como agir em relação a realidade que nos cerca.

Já que não podemos conhecer a natureza das coisas, devemos evitar assumir posições acerca dessa.

3 Pergunta: Qual a consequência?

O distanciamento.

Logo, distante de qualquer afirmação e ou certeza alcançamos a ataraxia da alma - tranquilidade. Além disso o viver bem cético antigo estaria construído na suspensão do juízo - epoché.

Em suma, não podemos definir o certo, errado, justo ou injusto e devemos aceitar este fato para uma vida feliz.

Meditações

René Descartes - Dúvida hiperbólica.

A filosofia moderna de Descartes tem como objetivo o pensar em uma filosofia que seja segura de conhecimento. Além disso é iniciada a partir de um contexto de homem amedrontado, ressaltando uma dramaticidade pela falta de lugar existencial e a salvação da alma.

Na sua primeira meditação Descartes demonstra a preocupação do seu conhecimento associado com a firmeza das ciências. Além disso a necessidade de desfazer os antigos conceitos e fundamentos é colocada como antecedente ao estabelecimento da verdade. Isto é, a destruição dos princípios sobre quais todas as suas opiniões estão apoiadas -- alicerces (três: imaginação - sonhos , sensibilidade - sentidos - e a razão; entendimento de estrito senso). A partir daí teremos a invalidez dos sentidos associada a dúvida sistemática, tratando como falso o que é duvidoso, e como sempre enganador o que alguma vez enganou.

Obs* Ordem crescente da desconstrução e dúvida.

O erro pontual dos sentidos é insuficiente para colocar em dúvida todas as percepções, como o fato de estar em um lugar, ter a suas mãos.

Obs* Descartes traz a loucura no P.4 para a exclusão, como apartado da realidade. Ponto que é contraposto por Jacques Derrida, que associa os sonhos como algo muito mais poderoso para a dúvida. Dualidade colocada em questão por Foucault. -- Lembrar do famoso maníaco ateniense, que supunha que todos os navios entrados no Pireu eram de sua propriedade, mas não passava ele de um pobretão

Entretanto, para negar onde estou: Como podemos distinguir a Vigília do Sono. Pois podemos lembrar de sonhos que nos enganem a ponto de nos sentirmos em uma realidade. Notamos então o princípio da falta de critério para o entendimento.

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Notas:

Imaginar que o duvidador, cético cartesiano em diálogo a algum empirista - Aqueles que acham que você pode conhecer através dos sentidos.

Diálogo: Empirista as coisas são como os que parecem

Cético: Torre redonda mas de perto quadrada, de longe um gato próximo ao cachorro

Empirista: São os que parecem dadas as condições exteriores adequadas

Cético: mas e o Daltonismo? (loucura - doença dos sentidos)

Empirista: São como o que parecem dadas as condições exteriores e interiores adequadas.

Cético: Mas mesmo nas melhores condições, você ainda pode estar sonhando.

*Vale ressaltar que analogamente a imaginação, assim como a pintura precisam trabalhar em algo real para criar coisas abstratas e novas.

Obs* mesmo o mais abstrato constituindo o fantástico usa as cores reais.

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Entretanto o resíduo do argumento do sono pode ser visto como a matemática e sua extensão. Logo o argumento do sono tem também o seu limite relacionado a fatores essencialmentes matemáticos, como números e o tempo, pois contrários aos objetos sensíveis escapam as razões naturais de duvidar, e sim questões metafísicas. Ou seja, o argumento do sonho não consegue colocar em dúvida a aritmética e a geometria.

Todavia, existem as questões espirituais, pois Deus a princípio bom não me enganaria, mas eu me engano. Tal ponto constitue um dilema: Se tem um Deus pode ser maligno e se não tem sou influenciado por coisas imperfeitas, em um outro eu posso estar enganado sempre. No caso da existência de um Deus, não podemos afirmar que ele não me permita errar e deve ser suposto que isso depende da sua bondade e a maneira como mesmo entenda. Sendo assim, o mesmo pode ser bom, na sua concepção, sendo enganador nos introduzindo noções elementares erradas por um motivo julgado como causa maior, de sua única propriedade. E caso suponhamos que não há um verdadeiro Deus, haverá certo gênio maligno, poderoso e enganador. Descartes então, por motivações não explicitadas, aceita a existência de um Deus sendo ele com motivos próprios para permitir o meu engano.

Sendo assim, nada resta, o edifício está desconstruído. Entretanto, resta o poder de suspender o juízo - a epoché, conceito presente nos antigos.

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Notas 2:

Dúvida

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