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Filosofia

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Por:   •  4/12/2013  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  636 Visualizações

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Filosofia

A palavra filosofia é de origem grega. É composta por duas outras: philo e sophia. Philo deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem à palavra sophos, sábio.

Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber. Assim a filosofia indica um estado de espírito da pessoa que ama, isto é, daquela que deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita.

Considerados há muito tempo como antagônicos, mito e filosofia protagonizam atualmente uma reconciliação. Desde os primórdios, a Filosofia, busca do saber, é entendida como um discurso racional que surgiu para se contrapor ao modelo mítico desenvolvido na Grécia Antiga e que serviu como base de sua Paideia (educação). A palavra mito é grega e significa contar, narrar algo para alguém que reconhece o proferidor do discurso como autoridade sobre aquilo que foi dito.

Assim, Homero (Íliada e Odisseia) e Hesíodo (Teogonia e Dos trabalhos e dos Dias) são considerados os educadores da Hélade (como se chamava a Grécia) por excelência, bem como os rapsodos (uma espécie de ator, cantor, recitador) eram tidos como portadores de uma verdade fundamental sobre a origem do universo, das leis etc., por reproduzirem as narrativas contidas nas obras daqueles autores.

Foi somente a partir de determinadas condições (navegações, uso e invenção do calendário e da moeda, a criação da democracia que preconizava o uso da palavra, bem como a publicidade das leis etc.) que o modelo mítico foi sendo questionado e substituído por uma forma de pensar que exigia outros critérios para a confecção de argumentos. Surge a Filosofia como busca de um conhecimento racional, sistemático e com validade universal.

De Aristóteles a Descartes, a Filosofia ganhou uma conotação de ciência, de conhecimento seguro, infalível e essa noção perdurou até o século XIX, quando as bases do que chamamos Razão sofreu duras críticas com o desenvolvimento da técnica e do sistema capitalista de produção. A crença no domínio da natureza.

FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA

Pré-socráticos são os filósofos anteriores a Sócrates que viveram na Grécia por volta do século VI a.C., considerados os criadores da filosofia ocidental. Essa fase, que corresponde à época de formação da civilização helênica, se caracteriza pela preocupação com a natureza e o cosmo. Ela inaugura uma mentalidade baseada na razão e não mais no sobrenatural e na tradição mítica. As escolas jônica, eleática, atomista e pitagórica são as principais do período.

Os físicos da Jônia, como Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes e Heráclito, procuram explicar o mundo pelo desenvolvimento de uma natureza comum a todas as coisas e em eterno movimento. Heráclito afirma a estrutura contraditória e dinâmica do real. Para ele, tudo está em constante modificação. Daí sua frase "Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio", já que nem o rio nem quem nele se banha são os mesmos em dois momentos diferentes da existência. Os pensadores de Eléa, como Parmênides e Anaxágoras, ao contrário, dizem que o ser é unidade e imobilidade e que a mutação não passa de aparência. Para Parmênides, o ser é ainda completo, eterno e perfeito. Os atomistas, como Leucipo e Demócrito, sustentam que o Universo é constituído de átomos eternos, indivisíveis e infinitos reunidos aleatoriamente.

Pitágoras afirma que a verdadeira substância original é a alma imortal, que preexiste ao corpo e no qual se encarna como em uma prisão, como castigo pelas culpas da existência anterior. O pitagorismo representa a primeira tentativa de apreender o conteúdo inteligível das coisas, a essência, prenúncio do mundo das idéias de Platão.

FILOSOFIA CLÁSSICA

De 470 a.C. a 320 a.C., a filosofia da Grécia antiga teve nos sofistas e em Sócrates seus principais expoentes. Eles se distinguem pela preocupação metafísica, ou procura do ser, e pelo interesse político em criar a cidade harmoniosa e justa que tornasse possível a formação do homem e da vida de acordo com a sabedoria. Esse período corresponde ao apogeu da democracia e é marcado pela hegemonia política de Atenas.

Os sofistas, como Protágoras de Abdera e Górgias de Leontinos, são educadores pagos pelos alunos. Pretendem substituir a educação tradicional, destinada a preparar guerreiros e atletas, por uma nova pedagogia, preocupada em formar o cidadão da nova democracia ateniense. Com eles, a arte da retórica - falar bem e demaneira convincente a respeito de qualquer assunto - alcança grande desenvolvimento.

Conhecido somente pelo testemunho de Platão, já que não deixou nenhum documento escrito, Sócrates desloca a reflexão filosófica da natureza para o homem e define, pela primeira vez, o universal como objeto da ciência. Dedica-se à procura metódica da verdade identificada com o bem moral. Seu método se divide em duas partes. Pela ironia (do grego eironéia, perguntar) ele força seu interlocutor a reconhecer que ignora o que pensava saber. Descoberta a ignorância, tenta extrair do interlocutor a verdade contida em sua consciência (método denominado maiêutica).

Discípulo de Sócrates, Platão afirma que as idéias são o próprio objeto do conhecimento intelectual, a realidade metafísica. Para melhor expor sua teoria, utiliza-se de uma alegoria, o mito da caverna, no qual a caverna simboliza o mundo sensível, a prisão, os juízos de valor em que só se percebem as sombras das coisas. O exterior é o mundo das idéias, do conhecimento racional ou científico. Feito de corpo e alma, o homem pertenceria simultaneamente a esses dois mundos. A tarefa da filosofia seria libertar o homem da caverna, do mundo das aparências para o mundo real, das essências.

Aristóteles aperfeiçoa e sistematiza as descobertas de Platão e Sócrates. Desenvolve a lógica dedutiva clássica, que postula o encadeamento das proposições e das ligações dos conceitos mais gerais para os menos gerais. A lógica, segundo ele, é um instrumento para atingir o conhecimento científico, ou seja, aquilo que é metódico e sistemático. Ao contrário de Platão, afirma que a idéia não possui uma existência separada - ela só existe no ser real e concreto.

FILOSOFIA PÓS-SOCRÁTICA

De 320 a.C. até o início da Era Cristã, as correntes filosóficas do ceticismo, epicurismo e estoicismo traduzem a decadência

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