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Filosofia

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Por:   •  8/3/2015  •  499 Palavras (2 Páginas)  •  231 Visualizações

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1- A queda do feudalismo e o surgimento do capitalismo

Com a gradativa queda do feudalismo, evidenciada principalmente a partir do século XIV, surgem novas camadas populacionais, as quais foram denominadas burgos; a estes caberia a ação transformadora que, mediante a decadência do feudalismo, propiciaria o nascimento do capitalismo.

Neste quadro histórico em que se observam tamanhas mudanças, o campo político também sofreu alterações significativas. Assim, os séculos XVII e XVIII foram marcadas pelas revoluções burguesas ocorridas na Inglaterra e França, respectivamente nos anos de 1688 e 1789, as quais vieram a consolidar o poder político da burguesia.

A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, enfatizou a necessidade de encontrar uma nova rota marítima que conduzisse às Índias. Esse fato deu início às grandes navegações, tendo como protagonistas Portugal e Espanha. Desse modo, a expansão comercial tornou-se evidente e favorecida, ainda, pelo fato de ser a Europa recortada por rotas fluviais e terrestres.

No campo financeiro, a ampliação das atividades, cada vez mais complexas, contribuiu grandemente para o desenvolvimento comercial. A ação dos cambistas, precursores dos banqueiros, contribuiu para o aperfeiçoamento dos instrumentos de crédito e o desenvolvimento do capitalismo comercial e financeiro.

Notamos, no entanto, que em meio ao desenvolvimento das atividades financeiras, o policentrismo constitui uma das marcas registradas da maioria das nações medievais. Em oposição ao regime feudal os burgueses colocam-se ao lado dos reis para satisfazer seus interesses; ora, é dessa união entre burgueses e reis que deu-se origem às monarquias nacionais, as quais, após gradativa legitimação, acabam por justificar o absolutismo real. Assim, as novas nações fortaecem o poder central e desvinculam-se da tutela da Igreja. Essas transformações ocorrem de maneira irregular, dependendo das circunstâncias regionais.

A história nos atesta que as nações que mais precocemente promoveram a centralização do poder real alcançaram maior desenvolvimento mercantil, dado que, a alinça feita com a burguesia mercantil facilitou a expansão marítima de várias monarquias. Porém, neste grupo não podemos incluir a Itália, tendo em vista que no século XVI está encontra-se ainda altamente fragmentada e policêntrica pois, somente no século XIX é que inicia-se seu processo de unificação. Esse dado contribuirá para que situemos mais adequadamente o pensamento de Maquiavel.

Veremos, a seguir, que a união entre burgueses e reis é também responsável pela crise na Igreja de então. Crise esta que deve ser esta que deve ser compreendida não apenas como resultado de discordâncias religiosas ou de denúncias de corrupção na Cúria. Assim, é de fundamental importância que acentuemos, pois, o fato que o surgimento da nova classe e os ideais de formação das nacionalidades eram totalmente contrários à ação da Igreja que, até então, representava a manutenção da ordem feudal. Desse modo, Maquiavel afirma ser o papado responsável pelas dificuldades de unificação da Itália. Contudo, o espírito renascentista inspirou fatos tais como o advento do Estado laico e a superação das lutas religiosas que, consequentemente, ao propiciar o ideal de tolerância fez com que fossem superadas as pretensões

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