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Filosofia Geral - Resenha de Aristóteles

Por:   •  3/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.076 Palavras (5 Páginas)  •  32 Visualizações

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2) Resenha do texto de Aristóteles

 

 Aristóteles foi um filósofo grego que viveu no século IV AC. Estudou por vinte anos na academia de Platão, e quando este morreu, deixou Atenas por 11 anos, período em que Aristóteles chegou a ser preceptor de Alexandre, até que este se tornasse rei.

 Apesar de todo o período em que estudou e aprendeu as teorias de Platão, as obras de Aristóteles se distanciaram bastante das teorias de seu mestre. Enquanto Platão usou a matemática como base de conhecimento, Aristóteles buscou explicação dos acontecimentos nos seres vivos.

 O campo de conhecimentos abordado por Aristóteles é muito abrangente. Englobou as mais variadas áreas de conhecimento, como a astronomia, física, biologia, botânica, política e a própria filosofia, contribuindo imensamente para esta quando estabeleceu novos métodos de investigação e produção de conhecimento.

 Era importante para Aristóteles mostrar que os problemas tratados por ele eram legítimos, e que as suas respostas eram melhores que as anteriores. Desse modo, Aristóteles referia-se às teorias de Platão, e não apenas mostrava a sua diferença, como também estabelecia a relação entre Platão e os pitagóricos. Chegou a dizer que, em certos aspectos, Platão apenas mudou o nome para melhor exemplificar certas teorias.

 Aristóteles considerava o conhecimento dos fenômenos da natureza importante, e ao contrario de Platão, não considerava que este estudo fosse incompatível com o conhecimento do próprio homem e da sociedade. Pelo contrario, achava que a investigação dessas duas classes não era muito diferente. Para que fosse aceito foi importante se estabelecer bases coerentes para a investigação e produção de conhecimento, a qual iniciava-se na proposição de princípios relacionados com a caracterização de objetos que podiam ser conhecidos, ou seja, qualquer fenômeno natural.

 Assim Aristóteles partiu do principio de definir o que poderia se entender por Ser. A principio, definiu o que poderia, e o que não poderia ser atribuído ou a

um Ser, e desse modo, chegou a estabelecer que todo ser é dotado de substância. Substancia é o Ser propriamente dito, e é composta pela essência, o universal, o gênero e o sujeito. Ao contrário de Platão, também afirmava que cada coisa possuía uma essência que estava nela própria. Aristóteles também desenvolveu as noções de ato e potência, e assim foi possível explicar o movimento, dizendo que este era a passagem da potência ao ato. Para isso também seria necessária alguma força que o provocasse, e então afirmou a existência de quatro tipos de causas: a eficiente, a formal, a material e a final.

 Essas mesmas concepções de ser, substância, e causa, estão presentes nas explicações astrológicas de Aristóteles. Para ele a Terra era o centro do universo, e este se dividia em diversas esferas em volta da Terra. A primeira esfera era a lunar, e na última estavam situadas as estrelas. Essas esferas eram únicas e finitas, mas, no entanto eternas. Para explicar isso, disse que o único movimento possível para essas esferas era o circular (em volta da terra), pois é o único movimento que não tem começo nem fim (portanto eterno), mas ao mesmo tempo finito (sempre percorre o mesmo caminho). O universo também seria formado por um elemento indestrutível, o éter, e por isso as esferas nunca poderiam se modificar. Abaixo do Plano lunar estaria o sublunar (o terrestre), que não é formado de éter, mas de quatro elementos, o fogo, a terra, a água e o ar, e por isso muito menos perfeito e inferior aos planos superiores.

 Na área da biologia, Aristóteles dividiu os seres da terra em animados (plantas e animais) e inanimados (minerais). A diferença entre animados e inanimados é que os seres vivos possuíam almas, em variados níveis de complexidade, sendo os mais complexos, como o homem, superiores, e os menos complexos, como os vegetais, inferiores. Também observou que as diferenças entre espécies próximas eram mínimas, como no caso de plantas comuns e certas algas, que possuíam um sentido a mais que os demais vegetais. Foi baseado em uma escala de sentidos que foi feita a divisão de complexidade dos seres. Enquanto alguns eram capazes apenas de se nutrir e reproduzir (plantas) outros são capazes de se movimentar, e até mesmo de pensar e imaginar (o homem). No entanto, considerou que as diferenças de cada espécie eram imutáveis, e que não existia possibilidade de transformação ou evolução.

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