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História da Filosofia

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Por:   •  5/10/2013  •  Resenha  •  595 Palavras (3 Páginas)  •  364 Visualizações

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Durante a história da Filosofia, muitos foram os autores que trabalharam com a noção de Ideia como sendo a base do pensamento e do conhecimento. Assim, Platão pensava, como Parmênides, que a ideia era o ser em si, a coisa mesma que mantém identidade consigo mesma, não muda, não se altera e permanece no tempo como sendo sempre a mesma. Mais tarde, já na Renascença, Descartes compreendeu as ideias como fundamento inteligível que era a base de toda cognoscibilidade. Já Kant entendia por ideia tudo aquilo que a Razão poderia pensar, mas jamais conhecer, como Deus, Alma e Mundo. Hegel pensava a ideia como o infinito.

No entanto, para Karl Marx, ideias são valores que os homens criam segundo as suas condições materiais de existência. E esses valores são criados com um fim bem específico, que não é o de explicar a realidade, mas manter o status da propriedade privada e dos donos dos meios de produção. Daí deriva a noção de Ideologia.

Segundo essa forma de pensar, a realidade é constituída por uma luta de classes, causada pela divisão social do trabalho. As classes em conflito são as dos proprietários dos meios de produção e dos proletários, desprovidos de propriedade. Assim, para amenizar o conflito e manter o controle sobre a classe dominada, a classe dominante cria instâncias psicológicas, valores e ideias que procuram manter o seu objetivo. O capital, oriundo da propriedade privada, necessita de mão de obra para continuar existindo, logo, os discursos são moldados segundo a visão daqueles que percebem a necessidade de perpetuar o esquema de dominação. A ideologia é uma forma de mascarar ou ocultar as contradições sociais e a dominação, invertendo o modo de processar o pensamento sobre algumas realidades. Por exemplo, tem-se no senso comum a crença de que a mulher é o sexo frágil, assim se estabelece que sua estrutura física é mais sensitiva, intuitiva, do que a do homem e que portanto ela foi feita para a vida doméstica, os cuidados com o marido e os filhos. É um modo de explicar a feminilidade pela função social. Ora, tal discurso foi elaborado em época em que os homens em guerra precisam de filhos para suprir o pai, princípio de autoridade, bem como de mão de obra, como dito acima. Assim, a sexualidade é explicada a partir de uma finalidade historicamente determinada, por condições sociais bem localizadas no tempo e no espaço.

Outro exemplo é a noção de liberdade e cidadania quando se concede o direito ao voto a todos os habitantes. Ora, liberdade implica em responsabilidade, fiscalização, compromisso político, constante observância das regras sociais e não apenas o direito de sair bonito na boca de urna. Ocorre algo semelhante quando se confunde liberdade com consumo (basta ver as propagandas na TV em que a noção de liberdade está atrelada ao fato de se comprar um produto que irá proporcionar essa liberdade). E uma série de outras questões (homossexualismo como doença, virgindade e casamento como valores que asseguram a transmissão da propriedade, etc.).

A ideologia é, portanto, uma forma de produção do imaginário social que corresponde aos anseios da classe dominante como meio mais eficaz de controle social e de amenizar os conflitos de classe, seja invertendo a noção de causa e efeito, seja silenciando questões que por isso mesmo impedem a tomada de consciência do trabalhador de sua

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