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Introdução á Filosofia

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Por:   •  16/5/2013  •  1.453 Palavras (6 Páginas)  •  488 Visualizações

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compreender a vida.

A filosofia incomoda porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Questiona as práticas política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Não há área em que ela não se meta, não indague, não perturbe. E, nesse sentido, a filosofia é perigosa, subversiva, pois vira a ordem estabelecida de cabeça para baixo.

Podemos, agora, perceber a razão da condenação de Sócrates na Antiguidade ou da proibição da leitura de Karl Marx no Brasil pós-64. Ambos foram (e são, ainda) subversivos, perigosos, pois, ao indagar sobre a realidade de sua época, fizeram surgir novas possibilidades de comportamento e de relação social. Do ponto de vista do poder estabelecido, mereceram a morte e/ou o banimento de suas obras.

ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA FILOSOFIA

A palavra Filosofia vem do grego e em sua etimologia, aborda o significado sintético: philos ou philia que quer dizer amor ou amizade; e sophia, que significa sabedoria; ou seja, literalmente significa amor ou amizade pela sabedoria.

O primeiro filósofo foi Tales de Mileto.

Os períodos da filosofia grega:

Os quatro grandes períodos da Filosofia grega, nos quais seu conteúdo muda e se enriquece, são:

1. Período pré-socrático ou cosmológico: do final do século VII ao final do século V a.C., quando a Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações na Natureza.

2. Período socrático ou antropológico: do final do século V e todo o século IV a.C., quando a Filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas, e busca compreender qual o lugar do homem no mundo. (Sócrates contra os sofistas).

Sócrates contra os sofistas

Sócrates rebelou-se contra os sofistas, dizendo que eles não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer ideia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valerem tanto quanto a verdade. Discordando dos antigos poetas, filósofos e dos sofistas, Sócrates, propunha que, antes de conhecer a natureza e antes de querer persuadir os outros, cada um deveria primeiro conhecer-se a si mesmo. Sócrates andava pelas ruas e praças de Atenas, pelo mercado e pela assembleia indagando a cada um: “Você sabe o que é isso que você está dizendo?”, “Você sabe o que é isso que você acredita?”, “Você acredita que a justiça é importante, mas o que é a justiça?”, “Você diz que ama as coisas e as pessoas belas, mas o que é a beleza?”, “Você crê que seus amigos são a melhor coisa que você tem, mas o que é a amizade?”. Sócrates fazia perguntas sobre as ideias, sobre os valores nos quais os gregos acreditavam e que julgavam conhecer. Suas perguntas deixavam os interlocutores embaraçados, irritados, curiosos, pois, quando tentam responder ao célebre “o que é?”, descobriam que nunca tinham pensando em suas crenças, seus valores e em suas ideias.

“Só sei que nada sei”

As pessoas esperavam que Sócrates respondesse por elas ou para elas. Mas ele, dizia: “Eu também não sei, por isso estou perguntando”. Donde a famosa expressão atribuída a ele quando respondeu à pergunta da sibila no templo de Apolo: “Só sei que nada sei”. A consciência da própria ignorância é o começo da filosofia. Sócrates procurava a essência real e verdadeira das coisas, da ideia, do valor. Como a essência não é dada pela percepção sensorial, do pensamento, procurá-la é procurar o que o pensamento conhece da realidade e verdade de uma coisa, de uma ideia, de um valor.

Para os poderosos de Atenas, Sócrates tornara-se um perigo, pois fazia a juventude pensar. Por isso, eles o acusaram de desrespeitar os deuses, corromper os jovens e

violar as leis. Levado à assembleia, Sócrates não se defendeu e foi condenado a tomar um veneno, a cicuta. Por que Sócrates não se defendeu? “Porque”, dizia ele, “se eu me defender, estarei aceitando as acusações, e eu não as aceito. Se eu me defender, o que os juízes vão exigir de mim? Que eu pare de filosofar. Mas eu prefiro a morte a ter renunciar à filosofia”. O julgamento e a morte de Sócrates são narrados por Platão na obra Apologia de Sócrates, isto é, a defesa de Sócrates, feita por seus discípulos contra Atenas.

3. Período sistemático: do final do século IV ao final do século III a.C., quando a Filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado pela cosmologia e pelas investigações sobre a ação humana na ética, na política e nas técnicas. A filosofia se interessa em mostrar que tudo pode ser objeto do conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e da ciência. Além disso, os filósofos procuram encontrar o fundamento último de todas as coisas ou da realidade inteira, e essa investigação, séculos mais tarde, será designado com o nome de metafísica.

4. Período helenístico ou greco-romano: do final do século III a.C. até o século VI depois de Cristo. Nesse longo período, que já alcança Roma e o pensamento dos primeiros Padres da Igreja, a Filosofia se ocupa, sobretudo com as questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a Natureza e de ambos com Deus.

Principais

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